Nunca devemos parar de defender o que se consideramos mais justo ou menos perverso na aplicação dos estudos econômicos. Se eles não servem para melhorar as condições socioeconômicas da maioria da população, não servem para nada.
Nos últimos tempos fomos bombardeados , especialmente pelos comentaristas da rede globo, globo news e tudo quanto é news das outras emissoras, defendendo "com sangue nos olhos" o Estado Mínimo.
Atacaram covardemente as universidades públicas, os pesquisadores, todos os servidores públicos (câncer da sociedade) em todas as esferas, ajudaram a cambalear o SUS influenciando governantes com redução de verbas.
Isso tudo numa manobra macabra e covarde permitiu que derrubassem a Dilma e colocassem no lugar ,o canalha golpista Temer para com a ajuda da imensa maioria do Congresso Nacional, cometessem dois grandes crimes na sociedade brasileira. A reforma criminosa trabalhista e a maldita PEC do congelamento dos gastos por 20 anos, absurdo que não ocorreu em nenhum lugar do planeta.
O mesmo movimento levou ao poder o "MITO", o homem mais insano e despreparado que poderia assumir uma presidência da república e que se vangloriava que não entendia de economia. Seu primeiro ano de governo foi catastrófico e o mais terrível foi aprovar a reforma da previdência, que matará sem nenhuma dúvida, milhares de idosos do Brasil bem mais que nossos queridos idosos morrerão agora com coronavírus, embora também isso seja absurdamente intolerável.
Deitávamos e levantávamos acompanhando o humor do "mercado" que sabe-se que existe em algum lugar mas ninguém vê e com raríssimas exceções , contribui mais para encher os bolsos dos especuladores lesa pátrias do que contribuir com a produção. Geralmente não ajuda a produzir uma máscara daquelas tão usadas nos últimos dias, mas contribui para matar aos poucos de fome e de vida miserável parcela significativa da população brasileira e mundial.
Ninguém tinha tempo para nada, muitas famílias já nem se conversavam mais.
De repente explode na China um vírus e começa a desabar o mundo e o cheiro de morte por todos os lados e aos poucos as pessoas tiveram que a contragosto se encurralarem nas casas e sem carinho, sem beijos e abraços. Existe uma dor parecida que avós não poderem beijar seus netos?
Aí a economia real apareceu e alguns grandes empresários inescrupulosos começaram desesperadamente a gravar vídeos sem escrúpulos e humanidade zero, só pensando nos seus bolsos sujos, contrariando o fechamento das atividades por um ou dois meses apenas, para que a curva dos internamentos não se tornassem montanhas, e jogando toda sua desgraça de perder uns trocos nas costas dos trabalhadores e negando a responsabilidade do remendo econômico e emergencial do seu presidente da república que ajudaram a financiar a campanha.
Um dos primeiros casos do coronavírus no Brasil aconteceu em Brasília (olha só). Uma senhora de classe média, com seu plano de saúde dirigiu-se a uma clínica particular e tal "empresa" se recusou a atender e mandou a pobre senhora para o SUS, pois alegaram não terem estrutura para atender. Vejam só, o SUS tão criticado mas que é o único sistema universal de saúde do mundo.
A coisa ficou feia, o desespero chegou e correram atrás dos pesquisadores, "queremos a cura, vacina, testes imediatos, precisamos descobrir logo se estamos infectados". E onde encontram-se os tais pesquisadores? A imensa maioria nas universidades públicas que não sobrevivem com "Estado mínimo". Nunca vi tanto especialista em saúde das universidades públicas dando entrevistas.
Agora nesse exato momento estamos num impasse. Se a sociedade brasileira aceita os delírios do "MITO" e não se isola, como todas as melhores experiências do mundo estão comprovando e tenta-se salvar a economia, se chega inevitavelmente a um genocídio. É só acompanhar as notícias da Itália e Espanha, 500, 600 mortes por dia é um número bom para vocês? Ahh no Brasil não chegará a tanto de ontem para hoje o número de morte cresceu 35%, é exponencial.
Se não se aceita os delírios do "MITO", tem solução, fica-se em casa, diminui-se a curva, diminui-se as mortes e o governo federal ajuda a não quebrar a economia. Ele já fez salvamento de bancos tanto na época do PROER -Programa de estímulo à reestruturação e ao fortalecimento do sistema financeiro em 1995 na época na maldita era FHC e em 2008 naquela grande crise.
O governo federal em períodos emergenciais tem obrigação de agir. Tem que distribuir dinheiro mensal por três meses para quem não tem ou ficará sem renda. Autônomos, MEIs, famílias em estados de vulnerabilidade e liberar empréstimo à juro zero para pequenas empresas. Três meses apenas.
Isso é Keynesianismo (John Maynard Keynes). Além de movimentar a economia, causa efeito multiplicador dentro dela e ainda devolve em impostos para o governo, boa parte do que se injetou.
Nunca vi na rede globo tanto economista neoliberal (grande parte ex-ministros da fazenda ou ex- presidentes do Banco Central) adeptos do Estado Mínimo defenderem medidas Keynesianas e não pode ser antecipação de dinheiro que o sujeito já iria receber, tem que ser dinheiro novo. E o argumento de todos é simples: é uma crise de saúde pública que pode quebrar uma economia se o governo federal não agir rápido.
Os EUA aprovaram pacote de 6% do PIB (dinheiro a ser enviado em cheques para as famílias de baixa renda e classe média baixa, na ordem de 1.200 dólares por família e salvo engano mais 500 dólares por criança na casa. E ajuda às empresas.
Na Alemanha o investimento será de 12% do PIB.
No Reino Unido 2.500 libras (15.000 reais) por mês por autônomo e pagamento de 80% do salário dos trabalhadores.
Na França 50 bilhões de dólares.
Todos esses países capitalistas e liberais.
O governo do "MITO" até ontem iria investir 2% do PIB de antecipação de dinheiro, quase nenhum dinheiro novo. E uma migalha de 200 reais para alguns. Proposta do ultra liberal, me perdoem a má palavra o "Guedes". Agora à noite o "Presidente da república em exercício Rodrigo Maia, em acordo com os líderes e mais o "MITO" definiram 600 reais por cabeça e ainda não sei bem para quem.
Não sei quantos seres humanos morrerão no mundo e aqui no Brasil. Sem direito à velório por exigência correta da saúde pública. Não sei quando a economia mundial vai se reerguer. Só sei que cada vez que alguém abrir a boca para falar em Estado mínimo, a sua consciência vai disparar uma palavra maldita "coronavírus".