O Blog do Maybuk tem entre os seus propósitos há mais de 10 anos divulgar a arte, a cultura, as letras.
Nem todos os eventos divulgados aqui, o Editor se faz presente. Para a presente publicação que (Sarau da Ame mês de abril/19) o texto a seguir é da ex-Presidente da AME - Maria de Fátima Saraiva Ferreira:
Sarau Literário em comemoração ao Aniversário de vinte e três anos da Associação Mourãoense de Escritores – AME
A noite de 26 de abril, de 2019, foi mágica. E mais uma vez, coordenada por Luciana Demetke, a Biblioteca Professor Egydio Martello foi o palco, o templo de acolhimento à Cultura Mourãoense.
O evento foi todo pensando à Associação Mourãoense de Escritores – AME. Hoje, uma ‘jovem mulher’ composta por dezenas de membros. Membros resistentes, persistentes que a cada Encontro ou Evento Literário ‘ressegnificam’ ou intensicam o sentido do Verbo AMAR... Amor à Literatura.
Quando se organiza um sarau, é sabido que todas as artes são bem vindas e que o intuito de tal evento é disseminar artes variadas.
A poesia é a arte literária precursora da AME. Mas a associação não se restringe apenas à arte poética. E o Sarau Literário da noite de 26 de abril, evidenciou o quanto a AME é acolhedora e busca nas outras artes mais autenticidade e mais proximidade consigo mesma.
Uma plateia variada, composta por amigos da década de noventa, por professores que sempre serão disseminadores do saber, pelo representante do nosso município, Tauillo Tezelli... Tantas pessoas especiais. Uma plateia rica na peculiaridade de cada um dos presentes, só poderia ser contemplada com apresentações igualmente variadas.
A noite parecia uma menina seduzida pelo encantamento do que era diferente. A arte somou-se a música na linda voz da moça morena... O tempo passa e ainda temos tanto de nossos pais. “Somos como nossos pais”. E a dança flamenca que mais parecia uma aula de hipnotismo. O contraste do vermelho e do preto nas vestes das duas dançarinas dava à noite o desvendar da real beleza.
Um sarau é sempre encantador ao tempo que é revelador. E sabe aquela escritora que escreve com tanta sensibilidade sobre a vida acadêmica... Sobre uma amizade virtual? E foi na voz de outra encantadora escritora, que ficou claro que ambas já nasceram poetizas.
E não para por aí. O sarau tem formas de letras... Cheirinho de flores. E por que não falar da Mulher, a mais encantadora das flores, especificado as principais flores? A analogia não poderia ser tão apropriada. “Mulher é flor que se regue”.
Há “amizade ponto com” como também casuais, olhos nos olhos, puxões de orelhas... Ou até mesmo aquela que carece do calor de um abraço... Mas há também aquela amizade que o sentimento é tão grande que as palavras são intensificadas na forma de um cordel. Quem será que não ficou tocado com o talento da moça do cabelo encaracolado? Ou se perguntando quem é a musa inspiradora do nosso poeta? De onde vem à inspiração do nosso poeta do improviso? A memória detalhada da nossa escritora tão cheia de ganhos? E o artista que encena, canta, poetiza... É altruísta, político... Como comporta tantos em um?
Quanto às crianças... Elas estavam no sarau... Porque ser criança também é emanar talento. E quantas à procura do ‘seu herói’ e deram um show. Pareciam ‘gente grande’. São mais, são grandiosas... Aplausos.
Mas tinha um moço camuflando seu estupendo talento na plateia. Assistindo a tudo com um sorriso escancarado. Esse daria para jurar que só estava ali para curtir. Que nada. Ele queria nos contar que houve ‘uns tempos aí’ que Jesus não foi crucificado. Revelou-nos um Herói, Jesus com um lado excêntrico e humorado.
Um sarau é sempre motivado ou movido por: dança, grito, sussurro, silêncio, desabafo, afago, descobertas, agradecimento, recepção, quietude, explosão... Após um sarau há sempre muito que dizer, porque há um verdadeiro revelar de emoções... De sentimentos... E tudo parece se tornar antagônico e intenso.
Pensar nos momentos em que estivemos na Biblioteca por uma mesma razão, pela Literatura, pela AME, é pertinente mencionar fragmentos da Letra “Encontro e Despedidas”, de Maria Rita, que diz tanto a muitos e não necessariamente às migrações, mas a emoção do ser, do estar, do sentir...
Importante destacar aqueles e aquelas que fizeram intervenão:
Mirelly Olinda de Lima (cantora)
Valdirene Knieling
Jordana Reis (dançarinas de flamenco)
Ana Paula Soares
Cícero Pereira
Vinícius Romano
Ester Piacentini
Giselta Veiga
Silvia Novaes
Isabelle Carvalho
Grupo AMEM Mirim (sem os nomes das crianças)
Cristina Shreiner
João Lara
Maurício Carneiro
Oswaldoir Capeloto
“Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar”...
Enfim, do vivenciar... Do ‘juntos’... Segundo Kadu, do “momento em que o relógio marcou o momento ‘xis’ das nossas vidas”.
Gratidão à AME, à Biblioteca!