sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

DISCURSO DA PARANINFA PROFESSORA DRA IRENE MARIA BRZEZINSKI DIANIN

Ontem, 20 de fevereiro de 2020, tive o prazer de participar da solenidade de Formatura  das Turmas 2019 dos Cursos de Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Engenharia de Produção Agroindustrial e Turismo e Meio Ambiente da UNESPAR Campus de Campo Mourão.

A solenidade foi conduzida pelo Diretor do Campus professor doutor João Marcos Borges Avelar e contou com a presença da Chefe de Gabinete da Unespar professora doutora Edineia Fátima Navarro Chilante (representando o reitor professor Antonio Carlos Aleixo) os coordenadores de cursos, o prefeito Tauillo Tezelli, vereador professor Cicero de Souza, o deputado federal Rubens Bueno e representantes dos deputados Ênio Verri (federal) e Douglas Fabrício (estadual).

A Paraninfa dos formandos foi a professora doutora Irene Maria Brzezinski Dianin, minha colega de trabalho de muitos anos a qual aqui faço uma homenagem publicando na íntegra seu discurso, que impressionou à todos e todas pelo formato adequado e de vasto conteúdo.      

Meus queridos Bacharéis:

É para mim uma grande honra receber esta homenagem como Paraninfa nesta solenidade tão marcante para nossas vidas, e principalmente para a vida dos Senhores Bacharéis e de vossas famílias.

Iniciei minhas atividades na UNESPAR de Campo Mourão em 1984, portanto vão-se aí 35 anos de labor nessa instituição de ensino superior pública, gratuita, de qualidade e multi campi. Estamos em Apucarana, Campo Mourão, Curitiba I, Curitiba II, Paranaguá, Paranavaí e União da Vitória. Ainda, como unidade especial, vinculada academicamente à UNESPAR, contamos com a Escola Superior de Segurança Pública da Academia Policial Militar do Guatupê, em Curitiba.

Abrangemos, em média, 150 municípios, alcançando 4,5 milhões de pessoas; somos aproximadamente 1.100 servidores; atendemos mais de 12 mil alunos nos 72 Cursos de Graduação oferecidos; temos 21 Programas de Pós Graduação, sendo 11 Especializações e 10 Mestrados em diversas áreas do conhecimento.

No ranking estadual, somos a terceira Universidade do Estado.

A UNESPAR assim, é referência de qualidade para ensino, pesquisa e extensão em nível superior. É difusora de conhecimento científico nas diferentes áreas do saber.

Seu primeiro Reitor é nosso, trata-se do Professor Antonio Carlos Aleixo, lotado nesta UNESPAR Campus de Campo Mourão.

É a esse universo que os Senhores também pertencem. Ostentem o título de bacharel com honra e galhardia, pois os Senhores são fruto dessa árvore do conhecimento, dessa gigante impar do saber.
Nesse momento peço aos Senhores Bacharéis que se recordem de si mesmos, da emoção quando souberam que passaram no vestibular, do início da trajetória acadêmica.

Quem eram aquelas pessoas? Que sonhos acalentavam os Senhores, recém chegados à Academia? 

Quais suas projeções para o futuro?

Recordam-se?

Sentem-se diferentes hoje?

Claro que sim, e esta solenidade representa a vitória de uma jornada abraçada com fé, coragem, determinação, sacrifício, tenacidade e perseverança.

Esta solenidade marca, não o fim de uma etapa de vida, mas firma o compromisso de que os Senhores seguirão sempre no caminho do conhecimento, a partir de agora distribuindo vosso aprendizado, adquirindo novos, repartindo vosso discernimento com a lucidez e a clareza que somente o conhecimento proporciona.

Os Senhores sabem-se vitoriosos e tornados Bacharéis são privilegiados, devendo agora, de tantos outros modos, disseminar o conhecimento adquirido, jamais esquecendo de honrar, sempre, a Academia da qual partem hoje para novas realizações.

O caminho continua e a jornada não será fácil, aliás a marcha até aqui não foi simples nem despreocupada. Os Senhores e suas famílias sabem o quanto foi difícil chegar até aqui.

Desejo que os Senhores não esqueçam das dificuldades e das alegrias do caminho trilhado, a partir daquele jovem de outrora, iniciante nas ciências do Curso escolhido e até este mesmo jovem que agora me ouve, pleno de conhecimento, completo em seus saberes acadêmicos, instruído, preparado no lapidar dos anos do Curso.

Hoje os Senhores passam de Formandos a Formados, de Acadêmicos a Bacharéis.

Com o passar do tempo a ciência que os Senhores acumulam não será suficiente, pois o conhecimento, quando sentido, degustado, experimentado, vicia, nos faz desejar mais e mais as luzes da ciência, nos faz vislumbrar possibilidades, nos faz abraçar sempre um novo conhecer e assim vossas vidas e as vidas daqueles ao vosso redor, ganharão outras luzes.

Enfim, o acúmulo de conhecimento se transformará em vasta experiência, e nessa hora os Senhores se sentirão plenos com o domínio do aprendizado e com a pratica da ciência aprendida. Eis aí a bagagem que constituirá vossa vivencia

Para esse futuro brilhante que vos espera, vos deixo o ensinamento de Rui Barbosa, em sua Oração aos Moços:
O saber não está na ciência alheia, que se absorve, mas, principalmente, nas ideias próprias, que se geram dos conhecimentos absorvidos, mediante a transmutação, por que passam, no espírito que os assimila. Um sabedor não é armário de sabedoria armazenada, mas transformador reflexivo de aquisições digeridas.

Saibam Senhores Bacharéis que a ciência adquirida na Academia, somente pode chamar-se conhecimento, quando repartida, quando multiplicada, quando distribuída.

Conhecer por conhecer não é importante: o que importa é compartilhar o conhecimento.

A Academia, ao titulá-los Bacharéis, avaliza vossa futura conduta profissional. Certifica-os de que estão academicamente preparados. Pensem nisso com alegria mas também com o peso da responsabilidade que ora lhes é outorgada.

Meus colegas Bacharéis, sigam em frente, transmutem o conhecimento, adquiram mais, repartam mais, desempenhem seus papéis, experimentem o que a vida lhes reserva.

E que Deus vos continue abençoando. Obrigada.

A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E A FATURA QUE VAI CHEGAR

A PRECARI

Hoje conversando com meu cabelereiro/barbeiro do qual sou cliente há mais de 20 anos , tive uma pequena aula da realidade econômica de sua categoria de trabalho.

Começamos a dialogar sobre a brutal paradeira econômica aqui da cidade e de outros lugares.

Disse a ele que vi a reportagem de que aumentou o número de vendedores ambulantes no Rio de Janeiro, por causa do desemprego brutal e ao mesmo tempo diminuiu quem compra deles. A decepção estava no pré-carnaval, porque os foliões estão levando bebida de casa em caixas de isopor nas costas porque sai mais barato.

Ele me falou do aumento de gente aqui na cidade, nas ruas vendendo algum tipo de comida para sobreviver.

Falei para ele sobre os trabalhadores de Uber. A viagem mínima custa 6 reais. Entre a parte do aplicativo e os demais custos, dificilmente fica livre para o motorista 3 reais. Quem tem carrro sabe o custo do referido bem, principalmente agora com o combustível nas alturas e o presidente ainda confiando na política de preços do Guedes.

Só para registro, a mesma viagem mínima de taxi  dependendo do horário , fica em torno de 10 ou 12 reais e salvo engano, mesmo com esse valor não acredito que um taxista tenha enriquecido com a profissão. Com a entrada do Uber, diminuiu drasticamente as corridas para os taxistas e assim
 as duas categorias têm seu trabalho precarizado e em nenhuma delas há proteção social, estão total mente desamparados.

Meio constrangido eu perguntei a ele se a crise atingiu sua categoria. Ele disse que perdeu 30% da clientela, em função de que muitas pessoas desempregadas, para sobreviverem, fizeram cursos de cabeleireiros e estão atendendo nos bairros a preços quase de graça.

Enquanto ele cobra 20 reais o corte, tem gente cobrando 12 ou 10. Precarização pura.

Ele me disse que dos 20 reais, entre a comissão do salão para o dono e mais os produtos que usa que fica por sua conta, sobram 10 reais. Quando consegue cortar dez cabelos por dia fica feliz e leva 100 para casa. E completou: e os dias que não tem cliente?

Eu ainda falei que ele tem que  torcer para não ficar doente. Ele disse que raramente vai a uma lanchonete por fica  quase impossível, sai muito caro com a família. Uma praia ou uma viagem, impossível. E lembrando que se ninguém vai às lanchonetes, é mais desemprego surgindo.

Ultimamente estou analisando os tipos de precarização no trabalho, especialmente depois das criminosas reformas trabalhista  e previdenciária e o tal trabalho intermitente.

 Fiquei pensando no sujeito precarizado que no bairro está cortando o cabelo a 12 (o mais abastado). Se o custo total do trabalho for 50%, ele receberá 6 reais por corte. Se ele tiver a felicidade de cortar 10 por dia vezes 25 dias, será um "empreendedor" ganhando em torno de 1 salário mínimo e meio, sem nenhuma proteção social, sem direito a férias e estará impedido de ficar doente.

E esses carinhas ainda estão precariamente trabalhando, mas e  os outros milhões de desempregados?

Meus amigos e minhas amigas, nessa batida, não adianta fazer arminha com as mãos, não adianta tentar jogar a culpa em quem saiu do governo há quase quatro anos, porque quando a fome bate a fatura aparece e alguém tem que pagar.  Lamento e fico muito triste mas não vai demorar.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

COOPERATIVA DO LIVRO EM CAMPO MOURÃO-PR















Em Campo Mourão numa parceria com estudantes da Unespar Campus de Campo Mourão e o Sindicato dos Bancários de Campo Mourão e região, há um projeto encantador chamado "Cooperativa do Livro", coordenação conjunta da professora de história Nair Sutil, o estudante da Unespar Joab Jacometti e a bancária Nivalda Sguissardi.

A comunidade pode doar seus livros para o projeto.

A comunidade pode emprestar livros sem prazo para devolução.

Há um local fixo numa Sala do Sindicato dos Bancários e há uma ação maravilhosa que é a biblioteca itinerante. Há publicações do projeto no Instagram "cooperativadolivro". Em determinados domingos ela se desloca. 

Já esteve nos bairros, já esteve no Parque do Lago e no último Domingo de manhã esteve  na Praça Central de Campo Mourão-Pr. 

Cada pessoa que se aproxima é recepcionada por alguém e acaba recebendo todas as informações sobre o projeto.

Eu testemunhei a reação das pessoas no último domingo e publico aqui algumas fotos. Livros encantam, atraem as crianças e os adultos. 

Colaboradores aparecem todos os domingos e é um ambiente muito agradável.

O projeto só que cresce.

Enquanto em determinado local, no topo do poder atual, se desmanchou metade de um biblioteca para abrigar um local para alguém da família. Por aqui se leva livros para todos os cantos. 

É uma questão de interesse. Alguns costumam ler bastante e têm veneração pelo livro, outros não têm capacidade de ler uma linha e  infelizmente têm aversão por ele.

É uma questão de escolha saber o lado melhor da trincheira.  

  

ENCONTRO DA AME - FEVEREIRO DE 2020













O  Blog do Maybuk desde que seu editor associou-se à Associação Mourãoense dos Escritores - AME, publica todas as reuniões da associação, que é aberta ao público e todos estão convidados a participar. 

No texto a seguir há um relato de praticamente tudo o que aconteceu no encontro do último sábado. Eu acrescentaria apenas, que também houve leitura de poesias alegres lidas pelas associadas e escritoras Silvania e Silvia. E uma triste mas de importante memória, lida pela associada Doroth Carneiro.

Eu considerei um gesto lindo ela pedir permissão para ler uma poesia escrita pelo primo Walter Calabresi em homenagem ao Tio falecido (conhecido dos mourãoenses) Deocleciano Domingues Carneiro.

Lágrimas
Muitas lágrimas
derramei pela sua partida e muitas mais
ainda derramarei, mas muitas ainda virão,
essas não de tristeza, 
e sim, 
pela sua vida, 
pela sua alegria,
pela sua energia, sim, 
certamente derramarei.



TEXTO E FOTOS DA ASSOCIADA DALVA HELENA DE MEDEIROS



A primeira reunião do ano de 2020 da AME, aconteceu neste sábado, dia 15-02, com a participação da maioria dos seus associados.

 A Presidenta Silvania Carvalho coordenou os trabalhos fazendo informes e planejando conjuntamente as atividades para o ano que se inicia. 

Convidou a todos a participarem da nova coletânea de poesias e prosas e orientou os presentes a prepararem seus textos para publicação. 

Manifestaram-se ainda, primeiro, Dalva Helena de Medeiros, informando sobre o lançamento da reedição do livro Síntese Existencial de Constantino Medeiros e solicitou a parceria da AME, a qual foi aceita por todos os presentes.

Posteriormente manifestou-se, Prescila Francioli, divulgando seu novo livro, destinado ao público infantil o qual foi contemplado pela lei de Incentivo à Cultura e deverá ter seu lançamento até junho. 

A presidenta Silvania também anunciou que lançará novo livro de poesias no mês de março.

Nivalda Sguissardi, divulgou o Projeto Cooperativa do Livro, o qual estará presente na Feira Criativa no domingo, 16-02, o projeto objetiva o incentivo à leitura e circulação gratuita de livros. 

Definiu-se ainda, em conjunto, a criação de um novo projeto de livro para AME, de fotos e poesias com a temática Campo Mourão.

Silvania apresentou um vidro no qual os associados poderão registrar fatos relevantes em uma tira de papel e guardar no recipiente até o final do ano, para leitura no dia da confraternização anual, de modo que não se percam informações importantes. 

O fato mais significativo da reunião foi o lançamento do livro: Histórias da América do Sul Pré-histórica de autoria do associado Otmar Soares. 

Após mais algumas manifestações, houve a tradicional confraternização com comes e bebes e boa conversa.

sábado, 8 de fevereiro de 2020

A CENSURA EM RONDÔNIA E A SAUDADE DOS POLÍTICOS DE 1989

Estamos vivendo um momento de censura no país desde que o Bolsonaro assumiu o governo, foram várias ações covardes de perseguições contra artistas, intelectuais, pesquisadores, jornalistas. Isso infelizmente foi fazendo escola e tivemos nessa semana a ação de alguém do governo de Rondônia, com mesmo pensamento do governador coronel Marcos Rocha do PSL, de retirar livros de bibliotecas de alguns dos maiores escritores do Brasil, porque tinham “expressões inadequadas para crianças” e depois da repercussão negativa até da Academia Brasileira de Letras voltaram atrás.

Provavelmente que teve essa ideia de asno, não é capaz de produzir uma página de um escrito qualquer. Não tenho a menor dúvida, de que o estrago que está sendo feito às crianças e a geração futura com as ações do governo federal e de gente do mesmo naipe que pensa igual a ele, em alguns governos estaduais tipo esse de Rondônia, serão infinitamente maiores do que uma ou outra expressão “inadequada” que um certo Machado de Assis possa ter escrito.

Analisando o momento sombrio em que estamos vivendo no Brasil, resolvi assistir os memoráveis debates da eleição presidencial de 1989 que estão disponíveis no youtube. Me veio uma saudade danada daquele período em que estávamos nos livrando da horrorosa e criminosa ditadura militar.

Naquela época tínhamos candidatos de direita e esquerda concorrendo,  mas nenhum deles era tão medíocre intectualmente e politicamente, como o que temos hoje na presidência da república e em alguns cargos de Ministérios e de alguns governos estaduais e seus comandados , tipo esse de Rondônia.

Naquele debate, percebia-se conteúdo, capacidade de raciocínio, ironias, bom humor, nada do que se vê atualmente em falas no estilo robô e  carregadas de ódio e preconceitos mil.

É preciso fazer um registro na capacidade da jovem jornalista Marília Gabriela intermediando todas aquelas “feras” no primeiro debate presidencial no pós-ditatura criminosa.

Naquele debate, por coincidência também o eleito foi fujão e covarde (Fernando Collor) que não quis participar no primeiro turno, depois diminuiu a covardia e contou com a ajuda da Globo naquela edição vergonhosa e conseguiu se eleger e não terminou o mandato. 

Aqui no Brasil a tal facada e a tal cirurgia,  foi motivo da não participação de debates do candidato eleito , mas não impediu o mesmo de falar asneiras em eventos públicos e também nas inacreditáveis transmissões pela internet, que inacreditavelmente tem gente com estômago para assistir. Resultado, suas intenções não foram confrontadas à tempo cara a cara e hoje o Brasil paga muito caro por isso.

Naqueles debates tinha gente bem articulada na fala, mas que no futuro não lograram êxito politicamente tipo Guilherme Afif Domingos, Aureliano Chaves, Afonso Camargo Netto (paranaense) e Roberto Freire que começou na extrema esquerda pelo PCB e foi “endireitando e endireitando”, perdeu a essência e hoje é um homem público medíocre.  

Quanto a Paulo Maluf e Ronaldo Caiado, me embrulha o estômago suas posições políticas e ideológicas, mas é inegável a capacidade dos mesmos na oratória. O primeiro está em prisão domiciliar atualmente e sumiu do processo e o segundo ainda tem seus seguidores e é governador de Goiás.

Saudades mesmo, tenho do Mário Covas, homem público decente e elogiado até pelos opositores e do grande Leonel Brizola (meu primeiro voto para presidente da república), no segundo turno votei no Lula e de lá para cá sempre nele até o mesmo ser impedido de concorrer. 

O Brizola foi um dos maiores estadistas do país, acabou com o analfabetismo no Rio Grande do Sul quando governador  e conseguiu a façanha de se eleger governador em outro Estado, o Rio de Janeiro, com características totalmente diferentes do primeiro. Suas corajosas intervenções contra a globo eram memoráveis e aquele seu direito de resposta ganho, lido em rede nacional na voz maravilhosa do Cid Moreira, contra seu próprio patrão, foi memorável.

Sobre essa impensável conquista de direito de resposta, segundo o saudoso Paulo Henrique Amorim (que faz muita falta), no seu livro, o Quarto Poder, o bom e velho Brizola teria dito numa grande gargalhada “acertamos um tiro no cú do mosquito”. Em tempo de pessoas “puritanas” (ao menos no público porque no privado ...) publicar uma frase dessas é meio arriscada, mas penso que não sei condenado ao fogo do inferno por isso, rsrs.

Sobre o Collor fez aquele governo horroroso, sofreu o impeachment e por incrível que parece foi substituído por um político decente, o saudoso Itamar Franco. Mais tarde quando recuperou os direitos políticos se elegeu Senador e continua até hoje, mas sem nenhuma expressão nacional.

O outro era um jovem torneiro mecânico de apenas 44 anos, deputado federal na época. Luiz Inácio Lula da Silva. Disputou mais três eleições e se elegeu presidente da república, se reelegeu, terminou o mandato com 87% de aprovação, ganhou vários títulos de doutor honoris causa de várias universidades do Brasil e de outros países e em breve vai receber mais um prêmio pela prefeitura de Paris. Depois teve uma condenação sem provas, esta aí o Intercept para  mostrar o servicinho do Dallagnol e o ex-heroi nacional Moro.

Ficou preso mais de um ano, como estratégia do Moro (ganhou um Ministério por isso), para que não pudesse disputar a eleição presidencial. Saiu da cadeia mais forte do nunca, esbelto, sorridente, namorando, dando entrevistas em tudo quanto é canto e na semana que vem, se não derrubarem o avião, vai ser recebido pelo Papa Francisco.