FOTO: SEU JULIO E DONA INÊS 50 ANOS DEPOIS
FOTO: SÉRGIO LUIZ PRIMEIRO FILHO NASCIDO EM 1968 AO LADO DA MÃE
FOTO: DA ESQUERDA PARA DIREITA ROSE MARI FILHA NASCIDA EM 1969;
ROSANE FILHA NASCIDA EM 1975;
GIORDANO BRUNO NETO NASCIDO EM 1998
BEATRIZ NETA NASCIDA 2004
DONA INÊS MÃE E AVÓ
Era uma vez uma linda história que começava.
Em Prudentópolis-Pr, nasceu o menino Francisco Maybuk
Em Água Doce Distrito de Pitanga-Pr, nasceu a menina Salomeia Iareski,
Eles cresceram, se conheceram, casaram e tiveram dois filhos e um deles era o menino Julio nascido em 1941.
Em Balsa Nova-Pr, nasceu o menino Antonio Michalski.
Em Rebouças-Pr, nasceu a menina Maria Tereza Solda
Eles cresceram, se conheceram, casaram e tiveram vários filhos e dentre eles tinha uma menina chamada Inês nascida em 1945.
Havia duas comunidades que faziam divisa, se não estou enganado, Macacos que é Distrito de Roncador-Pr e Água Doce Distrito de Pitanga-Pr.
Quis o destino que o agora rapaz Julio e a agora moça Inês, que nasceram em plena guerra mundial, se encontrassem e casassem e formassem uma bela família.
Talvez, por causa do nascimento em plena segunda guerra mundial , nasceram deles, três filhos rebeldes rsrs, que nunca têm medo de expressar suas opiniões, que são intensos naquilo que fazem, e que vieram para causar, afinal, até a bíblia atesta que as pessoas devem ser frios ou quentes, jamais mornos.
O Sérgio Luiz nasceu em 1968 em Campo Mourão-Pr, a Rose Mari em 1969 em Pitanga-Pr e a Rosane em 1975 em RoncadorPr. Depois ainda apareceram os netos Giordano Bruno nascido em 1998 em Ubiratã-Pr e Beatriz nascida em 2004 em Curitiba-Pr, para encantarem a família e virarem a cabeça dos avós, afinal de contas alguém disse que neto é filho com açúcar.
E a vida do casal teve suas alegrias e suas tristezas. Muita luta para sobreviver.
O seu Julio lutou como um leão para dar conforto à família. Dona Inês sempre foi uma guerreira trabalhando, cuidando da casa e dos filhos e depois dos netos em certas ocasiões.
O seu Júlio teve várias atividades econômicas, teve bar, fez roça, foi taxista, foi caminhoneiro .
A dona Inês costurava para fora e cuidava do lar com maestria.
O seu Julio batalhou muito para ter a primeira casa própria, antes disso, teve que se mudar umas vinte vezes de casa alugada. Depois fez a primeira casa, linda, bem pintada, cheirosa. Os filhos Sérgio Luiz e Rose Mari devem se lembrar de rolarem no chão antes da mudança chegar naquele piso de madeira com sinteco. Depois o seu Julio vendeu aquela casa, construiu outra depois vendeu e construiu a atual, que não é uma mansão, mas é confortável e tem um jardim belíssimo, com flores e agora armação para trepadeira que brevemente vai encher os olhos dos passantes. Tudo obra do seu Julio, homem honesto que gosta de conversar e adora trabalhar a terra.
O seu Julio tinha que arranjar dinheiro para tudo, além da alimentação, tinha os remédios, os pedidos que eram tantos dos filhos, que hoje depois de adultos devem se perguntar se algumas coisas que pediam não eram exagero e não tinham noção de que o recurso era curto.
Mas tinha também as cobranças, os filhos tinham que cortar lenha para o fogão, varrer a casa, lavar a louça (com pouquíssima idade os dois mais velhos já ficavam em cima de uma cadeira perto da pia). A mais nova já veio numa fase melhor mas também teve suas ocupações.
Além da exigência dos afazeres domésticos, tinha a cobrança permanente das tais notas boas no colégio. Hoje os filhos agradecem, com certeza.
A dona Inês é aquela figura fantástica que todo mundo gosta, muitas pessoas de Roncador-Pr que moram lá ou hoje estão em outras localidades, poderão testemunhar, que aquele pão maravilhoso que ela faz é motivo de se empanturrar e lembrar-se do nutricionista rsrs.
Além dos pães, da comida, do café (opa café é especialidade do seu Julio) ela por ser costureira fez muita coisa para ganhar dinheiro, mas também para atender as maluquices dos filhos. Por exemplo, era para pregar número de camisa naquele monte de camisas do time do Sérgio Luiz (hoje as camisas de futebol já vem com número, naquele tempo não). Outro exemplo eram as tais roupas para as quadrilhas de festa junina ou aquelas tantas fantasias de carnaval que enchiam a casa dos Maybuk de moços e moças vindos de todo o lado.
Com certeza muita coisa está presente no casal que hoje completa 50 anos de união. Uma história de amor, de cumplicidade, de brigas (faz parte do processo rsrs), de aturação mútua rsrs, de companheirismo, de religiosidade, de preocupação permanente com os filhos.
Quando o seu Julio chega em casa e vai para um cômodo e outro e não encontra a dona Inês já bate o desespero. Quando a dona Inês viaja, logo fica dizendo como está o Julio lá em Roncador-Pr?
Enfim, depois de cinquenta anos de convivência não dá para negar que um vive para o outro.
Os filhos e netos devem estar orgulhosos e agradecendo à Deus por fazerem parte da família Maybuk.