Uma parcela dos bolsonaristas,
aquela composta por pessoas insensíveis com as milhares de mortes pela Covid ocorridas
diariamente, e politizando a situação, está tentando defender o irresponsável Bolsonaro, pela
omissão das ações favoráveis ao combate à Covid, e pior ainda, pelo incentivo
dele próprio na disseminação do vírus, os argumentos são mentirosos e tentam
convencer os desavisados.
De tantas mentiras que
se acompanha diariamente, vai aqui duas. A primeira, de que o STF impede o
presidente de agir na pandemia e a segunda, de que o presidente mandou os
recursos para os Estados e municípios em grande quantidade e colocando em
dúvida se estão sendo utilizados adequadamente.
Primeiramente, o que
levou governadores a entrarem no STF exigindo o direito de tomarem medidas para
o combater a pandemia?
A resposta é simples, ou
seja, gestores públicos responsáveis procuraram o STF, na época, diante do
possível colapso do sistema de saúde (já está acontecendo) e funerário (poderá
acontecer) preocupados com o aumento extraordinário da disseminação do vírus e
da quantidade de mortes. E também porque estavam assistindo desesperadamente o presidente
da república chamando a pandemia de “gripezinha”, chamando quem estivesse com
medo, de “maricas”, “que a doença só
mataria os velhos e doentes que já iriam morrer mesmo” e pior ainda, de que ao ouvir um médico gaúcho e ex-ministro
de seu governo falar, a tal pandemia iria matar menos do que a gripe H1N1, ou
seja, pouco mais de 2.000 pessoas no
total (hoje esse número já é maior por dia).
Os que recorreram ao
STF também acompanharam o “MITO” andar sem máscara e promover aglomerações,
ouviram ele usar o argumento de que deveria acontecer o “efeito rebanho”, ou
seja, quando 70% da população estiver contaminada o vírus perderia a força, e
no raciocínio criminoso, não importava quantos morressem por falta de leitos, o
importante era de que, quem fosse corajoso iria de peito aberto trabalhar
porque a economia não poderia parar. Esquecendo-se de que sem saúde plena não
se trabalha e a economia não segue, nem aqui e nenhuma parte do mundo.
Os que recorreram ao STF
também acompanharam o irresponsável, falando que a máscara não era totalmente
confiável, e viram ele receitar remédios não comprovados cientificamente, que não
eram e não são usados em nenhum outro lugar do mundo. Depois acompanharam ele
tirando sarro do governador Doria (O GOVERNO DELE JAMAIS IRIA COMPRAR) e colocando em dúvida uma vacina produzida em
parte, no Butantan (fundado em 1901) e dizendo que a pessoa poderia virar
jacaré, ou começar a falar fino (insinuações homofóbicas típicas desse
sujeito). E recusou 70 milhões de doses da Pfizer arranjando argumentos
canalhas, só para não adquirir a vacina.
Os que recorreram ao
STF também viram o presidente , filhos e dois ministros irresponsáveis iguais a
ele, falarem mal da China por questões ideológicas. E como diz aquele ditado
popular “o peixe morre pela boca”. Mais
tarde, tiveram que se humilhar e comprar as vacinas do “Doria”, tiveram que se
humilhar para China quando descobriram que o tal de IFA – Insumo Farmacêutico Ativo,
vem de lá e é componente básico para todas as vacinas do mundo.
Todos os governantes
sérios do mundo se anteciparam para fechar contrato e comprar vacinas e o
Brasil, na contramão do processo, agora está (quando encontra) pagando mais caro,
coisas do fabuloso “MITO”.
Mas voltando-se para os
que recorreram ao STF, de acordo com a notícia https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/03/05/stf-estende-autorizacao-para-governadores-e-prefeitos-combaterem-a-pandemia.ghtml,
no corpo da matéria está estampado que “O Supremo Tribunal Federal formou maioria para ESTENDER
a autorização para que governadores e prefeitos adotem medidas de combate ao
coronavírus enquanto durar a pandemia. Entre essas medidas, o fechamento de
comércio e a proibição de circulação de pessoas, por exemplo.
O STF também
autorizou os governos estaduais e municipais a decidirem sobre a importação e a
distribuição de medicamentos e insumos da área de saúde considerados essenciais
para o combate à pandemia. Mas os ministros do STF já enfatizaram que o governo
federal também tem responsabilidade de enfrentar a pandemia e que essa é uma
obrigação que nenhuma autoridade do país pode recusar”.
É interessante
ressaltar também , que a Constituição Brasileira garante o ir e vir das pessoas
desde que estas não coloquem em risco a vida de outros. O cidadão não pode sair
por aí atirando nas pessoas, agredindo fisicamente as pessoas e principalmente
não pode sair por aí colocando a vida de outras pessoas em risco. O Brasil e o
mundo vivem um tempo de guerra.
Quem deveria
centralizar as ações, com responsabilidade, sem gracinhas, contra o vírus e não
a favor, deveria ser o governo federal. É vergonhoso que até hoje não há um gabinete
ou comitê da crise comandado pelo presidente da república.
É possível ver
prefeitos da mesma região, se reunindo e debatendo juntos, governadores da mesma
região, debatendo juntos. O pior Ministro da Saúde que o Brasil já teve, o tal
de Pazzuelo (conhecido pelo atrapalhado Sargento Garcia numa alusão ao filme
Zorro), seguidor fiel do “MITO”, só resolveu se mexer para comprar vacina
depois que o governador de São Paulo roubou a cena e começou o processo. Mas
justiça seja feita, em alguns momentos ele até que tentou, no caso da vacina
uma vez, mas foi vergonhosamente desautorizado pelo “grande líder brasileiro”
Quem assiste
aos pronunciamentos dos grandes e decentes líderes pelo mundo fica pensativo.
Quando um brasileiro ou uma brasileira decente, assiste um pronunciamento da chanceler
da Alemanha Angela Merkel sobre a
pandemia, vê a preocupação com cada habitante vivo e demonstrando a dor de cada
vida perdida e quando ela fala sobre envio de recursos, não mente e não faz chantagem. Aí quando
lembra da atitude de seu “líder” brasileiro, tem vontade de chorar ou em alguns
casos, vomitar.
O segundo
grande engodo elaborado a mando do Bolsonaro, e repassado cegamente pelos seus
seguidores é sobre os recursos enviados para a pandemia, distribuídos por ele
aos Estados e municípios. A divulgação dos dados foi tão ridícula e distorcida
que 18 governadores reagiram duramente, inclusive vários deles apoiadores do presidente,
a impressão que se teve é de que talvez algum puxa saco, para agradar o chefe
fez por conta. É possível ver o manifesto pela reportagem https://www.saibamais.jor.br/bolsonaro-distorce-dados-sobre-verba-federal-enviada-a-estados-na-pandemia-e-governadores-reagem/
. Essencialmente, o dito cujo diz que repassou R$ 840.000.000,00, mas na lista
de recursos há transferências obrigatórias e impostos pagos pela população que
seriam enviados aos Estados e municípios com o sem pandemia, qualquer pessoa
que entenda de tributação sabe que os munícipios e Estados recolhem, enviam
para o governo federal e depois é retornado proporcionalmente. Do tal valor
alardeado mais de 80% do valor já seria enviado normalmente em qualquer período.
“Um dos governadores disse que o governo federal tortura
os números.”
“Para os chefes dos executivos estaduais, a União tem
usado a comunicação oficial, custeada por dinheiro público, para produzir
informação distorcida, gerar interpretações equivocadas e atacar governos
locais:
–
Em meio a uma pandemia de proporção talvez inédita na história, agravada por
uma contundente crise econômica e social, o Governo Federal parece priorizar a
criação de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o enfraquecimento
da cooperação federativa essencial aos interesses da população”, diz a nota.
No meio da divulgação dos valores estão aqueles do auxílio emergencial
(que naturalmente não era para gastar em saúde e foram pagos diretamente aos
beneficiados). Auxílio emergencial, aquele que o presidente e seu Ministro da
Economia queria pagar R$ 200,00 (qualquer
pessoa honesta e informada) sabe disso, e que graças aos partidos de oposição
esse valor passou a ser R$ 600,00 na ocasião.
Agora vão pagar somente R$ 250,00 na próxima leva, com botijão de gás a
quase R$ 100,00 e produtos alimentícios nas alturas.
O governadores ressaltaram na nota que todos os recursos destinados são
auditados permanentemente por controles externos. Portanto
pode ter um outro gestor que desvie, mas um presidente jogar sua incompetência
e sua insensibilidade em cima de prefeitos e governadores é algo desprezível.
Finalmente, o Blog do
Maybuk alerta que em tempos de Fake News, estratégia amplamente utilizada para
eleger o “MITO” é preciso ficar atento ao que se ouve e ao que se lê. Nunca
confie em ninguém, vá atrás da informação, dois ou três clics no google você
desmascara qualquer pessoa.