quinta-feira, 25 de abril de 2019

BATE- PAPO COM A CENTENÁRIA DELÉZIA SLOMP


Hoje 25/04/2019, participei de um momento histórico muito interessante, realizado no SENAC e promovido pela Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios de Campo Mourão-PR e região, presidida pela Ester de Abreu Piacentini que conduziu os trabalhos, auxiliada pela Adriane Cilião (empreendedora do Supera – Ginástica para o cérebro e  Rosilene Ribeiro Colchon (Sebrae) que contribuíram muito fazendo a entrevista com a homenageada.  

Foi um bate-papo com a centenária Delézia Slomp como homenageada em “Mulheres que fizeram história”.

Eu fui particularmente convidado pela amiga da AME Cristina Schreiner Mota e lá encontrei também da nossa associação a Dalva Helena de Medeiros com o esposo Gerson e com a simpática mãe dela,  a Giselta Silva, família Carneiro, Silvia Fernandes e minha querida amiga Janina Isabel Krul.

O evento era para ser somente alegria, mas  infelizmente pela insensibilidade do governo federal com a educação profissional, os representantes do SENAC e SESC de Campo Mourão, explicaram toda a importância das duas instituições, especialmente para jovens e pediram apoio contra o corte de 30% da verba que deverá acontecer pelo Ministério da Economia.  Aliás, na condição de professor universitário, pelo que estou acompanhando, a insensibilidade e a irresponsabilidade também atingem a educação básica e a superior.

Quando começou a entrevista com a senhora Delézia era atenção total de todos, porque cada palavra dela seria um  prêmio para nós. A grande apresentadora Hebe Camargo dizia que alguém que chegasse aos 80 anos poderia dizer qualquer coisa, imagine alguém de 100 anos.

De cara percebeu-se uma vitalidade e lucidez incríveis.

Não dá para relatar aqui tudo o que ela disse em quase duas horas de prosa, mas vou destacar algumas partes.

Ela contou como se tivesse acontecido ontem, que o esposo trabalhou em algumas empresas, fazendo loteamento e praticamente criando cidades e um dia disse que pela experiência, queria ajudar a construir uma. Quando alguém desejava vender um pedaço de terra barato em Campo Mourão , ele comprava porque sabia que um dia iria valorizar, especialmente pelo grande entroncamento rodoviário.

Dito e feito, o casal trabalhou muito no loteamento inicial da cidade.

Ela falou que foi uma das primeiras mulheres a dirigir na cidade e o incentivo veio de uma visita nos EUA onde quase todas as mulheres dirigiam. Ela já tinha um fusca mas ficava guardado, chegando de volta  abriu a garagem e não parou mais, pois até pouco tempo ela ainda dirigia na cidade.

Contou que na atual Avenida Capitão Índio Bandeira, só existiam doze famílias no início.

Destacou que criou cinco filhos enfrentando a poeira intensa da cidade. Disse que às vezes chegava uma visita e se batesse um vento não dava para ver a pessoa na porta. Sozinha lavava os guarda-pó das crianças que eram brancos, imaginem só. Eram um no corpo, outro no tanque e outro no varal para cada criança.

Salientou que conhece os cinco continentes e para a primeira viagem, o marido recomendou, aprenda inglês e ela aprendeu sozinha. Relatou  várias experiências de viagem e a mais importante foi o lançamento do foguete para a lua que ela testemunhou de perto, estava lá no dia.

Disse que o mundo todo é encantador e recomendou aos e às presentes que viajem muito se puderem. 

Agradeceu  pela família constituída, filhos, netos, bisnetos, todos bem sucedidos.     

Falou muito em Deus, mas ressaltou que nada cai do céu. Tem que lutar sempre, ninguém dá nada prá gente, mas alguns podem tirar. Demonstrou estar com a alma leve sempre sorrindo, disse que levanta bem cedo, mas precisa da ajuda de alguém, para ir logo tomar o café com leite e o iogurte caseiro (talvez esteja nele a vitalidade rsrs).

Relatou que ela e seu marido trouxeram algumas indústrias para a cidade, que fizeram doações de terreno para as igrejas de todas as denominações que foram surgindo. Ela não lembrou, mas o senhor João Teodoro que foi mantenedor da Santa Casa, testemunhou que a família também doou o terreno para a instituição e que numa visão de futuro, o seu Paulino (o esposo) disse que um dia poderia servir para uma escola de medicina. Hoje 2019, o hospital irá servir para o curso de medicina local.   

Destacou que ninguém deve se guiar pela inveja. Quando um vizinho estiver bem reze para ele continuar assim. Salientou que cada um deve se contentar com o que tem, agradecer que aos poucos as coisas melhoram e a pessoa vai crescendo. E que a “barriga” cheia de dinheiro não é tudo. Não demonstrou arrependimento de nada e nem mágoa. Contou um episódio sobre uma terra que foi tirada dela por “documentos falsos”, mas quando passa por lá, pede para Deus abençoar  o morador atual.     

Salientou que adora ficar perto das pessoas, sempre gostou, e que é necessário visitar os doentes, emocionada ressaltou que cada pessoa ali na sala era um pedaço de Deus e convidou para irem à sua casa, tomar um café, levar e ganhar um sorriso.

Tudo ficou perfeito quando  duas filhas presentes relataram coisas importantes sobre a mãe.

Tenho certeza que todos saíram do evento mais leves, porque riram muito, admiraram muito, se emocionaram muito e se questionaram sobre suas próprias caminhadas.      



sábado, 20 de abril de 2019

UM GOSTOSO CAFÉ COM O ESCRITOR MIGUEL SANCHES NETO





Hoje (20/04/19) tive o prazer em participar de um delicioso café da manhã, com alguns amigos da literatura.

Aproveitamos a presença do reitor da UEPG Miguel Sanches Neto que é de Peabiru-Pr. 

Ele também é um escritor e já proferiu palestra aqui em Campo Mourão-Pr.   Possui várias obras publicadas e foi muito interessante ouvir como ele foi se encantando com a literatura.

Todos na mesa de alguma forma ensinaram e aprenderam no encontro riquíssimo.

Além do escritor, estavam presentes o reitor da Unespar professor Antonio Carlos Aleixo, o professor, vereador pelo PT de Peabiru e presidente da AML Fabio Sexugi, o diretor de cultura de Peabiru Arléto Rocha, Cristina Schereiner Mota (AML e AME) , professor Sérgio Luiz Maybuk (Unespar e AME), professor e vereador pelo PT de Campo Mourão Cícero Pereira de Souza e o Servidor da Justiça Federal de Campo Mourão e ex-professor do Integrado Edson Gripa.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

DERAM UM GOLPE QUE DEU NISSO

Quando a Dilma foi golpeada por um golpe canalha, ouvi uma meia dúzia de foguetes estourarem. Deram o golpe e deu nisso. 
Um desemprego brutal, miséria, quebradeira, iniciada com o Temer e com certeza aprofundada com o novo "governo", não porque estou torcendo mas a prática é infinitamente mais neoliberal que do governo temeroso. Não há como dar outra coisa.
A golpeada e ex-torturada pela insana ditadura Dilma Rousseff escreveu um muito interessante explicando como tudo aconteceu. CLIQUE AQUI para ler.

domingo, 14 de abril de 2019

MAIS UM ATO DE UM GOVERNO CANALHA

 
Quando um governo é canalha com os trabalhadores, não há limites.
Uma parte dos eleitores do Bolsonaro é movida pelo ódio, adora fazer arminha e ataca independente dos meios, inclusive com fake news que é algo criminoso. Com essa parte, é impossível qualquer diálogo porque quando o argumento acaba partem  para a agressão verbal e até mesmo física.
Há outra parte dos eleitores do Bolsonaro que é composta de trabalhadores e trabalhadoras que  por falta de tempo, não  fizeram  uma análise mais aprofundada. Com essa parte precisamos esclarecer e debater.
Tal grupo  acabou influenciado, pela grande imprensa ou em vários casos por padres e pastores que  usaram a bíblia para justificar, não sei como, a votar num cara defensor das armas, homofobico, preconceituoso e truculento especialmente com as mulheres.
A cada dia chega mais uma cacetada ,e a mais cruel é a extinção da aposentadoria por meio de uma reforma  criminosa nas condições em que estão sendo apresentadas.
Agora, com uma leitura mais atenta, descobriu-se que estão burlando a Constituição mais uma vez. Querem acabar com o direito do cidadão requerer na justiça o direito a algum medicamento que não tenha condições de pagar. Uma brutalidade.
CLIQUE AQUI para ler.

sábado, 13 de abril de 2019

EVENTO COM EMIR SADER EM CAMPO MOURÃO-PR







Tive o prazer em participar de um importante evento, promovido pelo Sindicato dos Bancários de Campo Mourão e região e outras regionais, que contou com a presença do grande sociólogo brasileiro Emir Sader, professor aposentado da UERJ. Organizado aqui, pela Nivalda, Nice e o Marcelo.

Foi um grande aprendizado para todos os presentes.

Companheiros e companheiras de luta estavam presentes. Nas fotos Edson, Alessandra, Amauri, Vilma e Edir. 

  

sábado, 6 de abril de 2019

SARAU DA AME MARÇO 2019 E POETAS EM CASA














































O Blog do Maybuk tem entre os seus propósitos há mais de 10 anos divulgar a arte, a cultura, as letras.

Nem todos os eventos divulgados aqui, o Editor se faz presente. Para a presente publicação que reúne dois eventos de uma vez (Sarau da Ame mês de março/19 e  Poetas em Casa) o texto a seguir é da atual Presidente da AME - Maria de Fátima Saraiva Ferreira:
  
SARAU DA AME




No Terceiro Sábado do mês, 16/03/19, a Associação Mourãoense de Escritores – AME, esteve presente na Biblioteca Professor Egydio Martello, coordenada por Luciana Demetke. E mais um Encontro AME tornou à tarde excepcional.

O Encontro contou com a presença de pessoas muito especiais. Os membros assíduos, novos membros, membros afastados e simpatizantes que se associaram, tornando a tarde, um misto poético imensurável.

Pessoas presentes
Mauricio Carneiro
Doroty Carneiro
Isabelle Carneiro
Luciana Demetke
João Maria Assunção
Fátima Saraiva
Fátima Braga
Áurea Nespolo
Silvia Fernandes
Giselta Silva
Ester de Abreu
Sônia Ubelina
José Luís da Silva
Leônia M. Oliveira
Luiz Augusto Mazzuchetti
João de Lara
Ana Ceola
Nivalda Sguissardi
Maria Aparecida Gastaldo
Francisco Otmar Soares

Leônia Oliveira convidou a AME e simpatizantes para o lançamento de sua obra ‘As Epistolas de Ana’. O evento será nas dependências da nossa sede, no dia 25/05/2019, às 19h30min. A escritora tornou-se membro da AME.

Além de Leônia Oliveira, no dia 16/03, Ester de Abreu e Giselta Silva também se tornaram oficialmente, AME.

No dia 22/03, João Assunção, membro afastado, se associou.

No dia 25/03, Ana Paula Soares, tornou-se a mais recente associada...

É a nossa família AME crescendo.

Embora, pareça repetitivo dizer, os Encontros da AME são sempre acrescentadores. Descobrimo-nos poetas e, sobretudo, mais humanos.

E quando um professor poeta nos presenteia com suas poesias tão espontâneas e tão carregadas de sentimentos, só nos resta deixar a emoção nos calar ou tão logo se manifestar em: O que é isso? Uau! ‘Bravo! Que lindo!

Também teve aquele momento em que não poderíamos deixar de falar... de agradecer. Já estamos concluindo o que poderíamos chamar de etapa. Fatima Braga e eu, estamos prestes a contribuir com novos gestores. Falta pouco agora. Dia 26/04, teremos Eleição e acompanharemos de perto essa nova fase da AME.

Entre risos, falas, poesias e aplausos, aquela ‘lacuninha’ que não é preenchida... Impossibilitada de ser ocupada... Quando um dos nossos membros não pode estar presente, não há outro que o substitui. Na AME e para a AME, todos os membros é único mesmo sendo a soma de todos.

No dia, 22/03/19, no ‘Poetas em Casa’, Fátima Braga e Fátima Saraiva, (eu), fomos recepcionadas por Luciana Demetke, por membros da AME, convidados e pelo ‘Grupo Casamigas’.
O evento ‘Poetas em Casa’, mediado pela Biblioteca Professor Egydio Martello, tem o propósito de apresentar à sociedade gente da ‘nossa casa’, da nossa cidade.
Foi com muito carinho que fomos recebidas pelos presentes... Amigas virtuais, amiga do tempo de faculdade, amigos AME, amigos Biblioteca... A todos, GRATIDÃO!
Teve Maria Pasquini, declamando Fátima Saraiva e Luciana Demetke emocionando com Fátima Braga... Simplesmente, lindo!
Gratidão pela oportunidade das pessoas nos perceberem como poeta.
Deixo aqui uma das minhas poesias que escrevi após o primeiro ‘Poetas em Casa’ que estive presente como ouvinte... E claro, como fã de Sílvia Fernandes, Silvania Carvalho e Rosnei Carter. 


“Poetas em Casa”

Poucas vezes, sente-se realmente em casa.

Vai ver, é porque a casa não é tão casa... Não é tão dele.

Mas há um lugar onde o poeta se encontra... Encaixa-se perfeitamente... Se sente à vontade... Fala, observa, se cala, aguça a percepção e deixa o coração se expressar com total liberdade.

É um lugar onde o poeta despe-se completamente do comum e dá vida às inúmeras personalidades.

Há um lugar, onde o poeta é cem por cento poeta... Onde ele encontra outros iguais a ele e os percebem tão peculiares.

Há um lugar feito para o poeta, onde há tantas vidas inseridas. Algumas reais. Outras, fictícias... Onde a realidade se transforma e a imaginação voa como águia... É na BIBLIOTECA que realmente o poeta se sente em casa.

27/03/17 – Maria de Fátima Saraiva Ferreira.