O Blog do Maybuk foi criado em 2008 e nesse período já publicou muita coisa e dentre elas eventos interessantes, especialmente lançamentos de livros e quando o tempo permite análise de livros de autores de Campo Mourão e região.
Segue um relato do editor do Blog, professor Sérgio Luiz Maybuk que no momento é servidor público há 30 anos da Unespar campus Campo Mourão.
No dia 24 de outubro de 2025 no aconchegante auditório do SESC de Campo Mourão , aconteceu o lançamento de mais um livro da Giselta Veiga da AML Academia Mourãoense de Letras e AME - Associação Mourãoense de Escritores.
A obra se chama “A arte de amadurecer - vivendo a melhor idade”. Uma obra imprescindível para quem é já é idoso/a, quem já está quase chegando lá (meu caso), para quem é adolescente ou jovem para saber entender e respeitar idosos já chamados de “terceira idade”, agora de “melhor idade” e segundo ouvi certa vez da boca da extraordinária Dercy Gonçalves no Teatro Municipal de Campo Mourão, “que terceira idade porra? Eu sou primeira idade, cheguei antes de vocês todos aqui. Rsrs.
Aliás, adolescentes e jovens devem saber que se tudo der certo, vão envelhecer. Depois que eu tratar do lançamento do livro volto a tratar da obra em si.
Eu cheguei no SESC de carona com dois grandes amigos, o casal Adalberto e Nivalda (identifico os dois mais tarde) e de cara tive três encontros agradáveis, o primeiro, a mocinha/idosa Janina Isabel Krul, agente universitária nossa aposentada que deve ter uns clones por aí, encontro ela com aquele sorriso e bom humor em tudo quanto é canto. O segundo a própria Giselta autora do livro e toda linda e poderosa recebendo os/as convidados/as. O terceiro aquele moço com aquele sorriso enorme que já foi dizendo lembra de mim? Fui seu aluno quando deu aula no curso de Turismo e meio ambiente , sou o Rodrigo (Basso) e estou aqui no SESC desde os 22 anos. A criatura já passou dos 40 anos e é uma atração ali, vai ser citado aqui mais umas três ou quatro vezes.
O auditório do SESC é aconchegante por natureza, mas ao som do Leonardo Zaramella e Luiza Zaramella, filho e mãe (que já foi vocalista de banda) e é personsaem do livro, o ambiente fica simplesmente delicioso. Eles cantam músicas de vários estilos e envolvem a plateia.
Eu na condição de vice-presidente da AME, fui lá marcar presença (nossa presidenta Zilma não pode ir por motivo de força maior). Mas nossa Associação fez bonito, além de mim e a escritora que estava lançando o livro marcaram presença Ana Ceola Ribeiro, Aracelis Aragão, Cleire Matilde Toledo Arcain, Cristina schreiner da Motta, Dalva Helena de Medeiros, Dolores Calegari, Ester de Abreu Piacentini, Jefferson Nery Correia , Maria Góis, Maria Umbelina Geraldo, Mariangella Pellizzer, Nivalda Sguissardi , Silvana Viecele e Silvia Novaes e o provável novo associado Adalberto Dias de Souza.
O Cerimonialista foi o querido Rodrigo Basso meu ex-aluno que também é cantor, inclusive em determinado momento fez trio com os Zaramellas, cantando Romaria composição do Renato Teixeira e imortalizada pela Elis Regina.
Fizeram parte da autoridades e se manifestaram:
Fábio Sexugi - presidente da AML e que sempre muito competente e querido, teceu muitos elogios à companheira de AML exaltando-a como grande escritora.
Thiana Costa - diretora do SESC que destacou o papel da entidade SESC e disse que teve a emoção de ler um a um, os capítulos do livro na medida que eram escritos no word e já foi ficando encantada.
Roberto Cardoso - Secretário de Cultura do município de Campo Mourão, ressaltou que foi convidado pessoalmente pela autora e informou aos presentes que em Campo Mourão são em média dois livros por mês lançados em Campo Mourão, citando inclusive o escritor Oswaldo Broza ali presente, que tinha lançado um livro recentemente (história compartilhadas - um livro de crônicas que inclusive tem uma escrita por mim, oriunda deste Blog e que tratava de um outro livro dele e que me pediu autorização para publicar no último livro).
Finalmente foi a vez da Giselta Veiga (Muito emocionada e feliz), agradeceu todos que ajudaram, ressaltou que teve ideia do livro, ao observar cenas em que filhos não deixam os pais responderem perguntas e estes se sentem invisíveis, destacou que foi muito bem recebida pelo SESC quando falou do projeto e toda intensa, linda por dentro e por fora , apresentou vários dos personagens do livro ali presentes. Fez questão de dizer que faz várias atividades no SESC e uma delas é cantar comandada pelo Rodrigo Basso. Depois arrancou lágrimas do moço homenageando-o com uma linda poesia escrita para ele e declamada pela Silvia Novaes (AML e AME) com sua bela voz e entonação.
Agora vou tratar um pouco da obra de 241 páginas e que numa das fotos desta publicação há a ficha técnica para se saber que ajudou a “lapidar” a jóia.
O Prefácio foi muito bem escrito pelo escritor Fabio Costa presidente da AML - Academia Mourãoense de Letras e que teve a responsabilidade de ter que ressaltar algumas partes do livro. Creio que foi uma missão dificílima pois como separar algo e destacar de uma obra tão densa, tão bem escrita e tão importante para o tema da melhor idade?
O livro é muito bom de ler e interessante e com um detalhe. Após cada novo relato sobre a história de alguma personagem no livro, Giselta, nos presenteia com uma bela poesia resumindo o fato relatado. Ela resume as vezes quatro ou cinco páginas e como se fosse tirar um foto, coloca a poesia ali sobre o tema lido. Não é para qualquer pessoa.
Cada leitor ou leitora vai pegar o livro e antes de ler vai ver um Sumário elaborado pela Giselta , Agradecimento, Prefácio, Introdução, Invisível para o mundo ...
Eu fiz meu próprio Sumário considerando que o livro apresenta Frases ou Situações de impacto, Temas ou Situações Felizes ou Tristes que aparecem na bela obra de acordo com as personagens apresentadas. É um turbilhão de emoções. Mas não está necessariamente na mesma ordem da leitura, cada um e cada uma que leia e encontre no delicioso labirinto em que parte eu faço a observação.
Todos os relatos são verdadeiros, os nomes são fictícios como a autora explicou lá no lançamento, ela só não disse que em certo momento, salvo engano da minha parte, ela , que já não era ela, se passou por outra rsrs.
E aí vai meu Sumário embaralhado:
O SESC é muito importante para os idosos e no livro há uma citação “O SESC transforma vidas e inspira novas histórias”.
A cobra venenosa e o milagre.
A morta que voltou a viver.
Adoção.
Alimentação saudável.
Amor e gratidão.
Cantar.
Cura do câncer.
Fazer musculação.
Lanches divididos.
Milagre.
Lutas, conquistas e ironia.
Namoro ou Paixão na melhor idade.
Sabedoria.
Ser atrevida.
Ternura.
Abandono de mulher.
Câncer.
Depressão.
Epilepsia.
Falecimento de filha.
Medo de assombração.
O triste acidente aéreo.
Preconceito racial.
Suicídio.
A importância da oração do Pai nosso.
A sabedoria da mãe com filhos de pensamentos de direita e de esquerda.
A vida é dura para quem é mole.
Andar ou acompanhar pessoas de alto-astral.
Arrependimento do que não fez.
Autoestima e amor próprio.
Busca pela independência financeira.
Consciência de que não dá para morar sozinho/a sempre.
Cursar universidade depois dos 50 anos.
Desapegar, deixar ir.
Diagnóstico de doença pode unir famílias.
Doação de sangue.
Época de “esposas/propriedades”.
Engravidar solteira “naquela época” e não ser expulsa de casa.
Falta de adolescência por causa de casamento precoce.
Fazer as pazes com o espelho.
Fazer poupança para moradia com idosos e não ser fardo para os filhos ou ser invisível.
Geração “ageless”.
Jamais embrutecer.
Mãe de autista no limite.
Melhor idade, para quem?
Missão de se adaptar a cada dia que passa no envelhecimento.
Mulher “foda”.
Música e artesanato.
Não guardar rancor e mágoas.
Não se incomodar com julgamentos alheios.
Namoro cada um na sua casa.
No SESC o Rodrigo Basso faz toda a diferença em nossas vidas.
O difícil papel de ser mãe.
O domínio na cantoria.
O perdão na hora da morte.
O trauma do esmalte vermelho.
Os pais foram o que sabiam ser.
Pais enérgicos.
Para amadurecer, é importante ter estímulos.
Passado triste inclusive ter sido violentada.
Passado triste e problemas emocionais.
Perda auditiva.
Piauí que poucos conhecem.
Plantas e ervas medicinais.
Preparar-se para a morte é sempre estar em paz com as pessoas.
Reinvertar-se é preciso.
Ultrapassar um carro e parar para aguardar pode dar casamento.
Uma feminista nos anos 1940.
Vida após divórcio na melhor idade.
Viver sem se preocupar em agradar os outros.
Deu para perceber que a cabeça vai bagunçar um pouco com todos os títulos do Sumário Maybuk.
O livro nos traz esperança, nos faz sorrir, nos faz rir, nos deixa pensativos e inevitavelmente de vez em quando arranca alguma lágrima de tristeza. Creio que depois da leitura do livro toda a pessoa que ler, vai olhar para um idoso e uma idosa e cravar “essa pessoa tem uma história para contar”, “essa pessoa pode ter sofrido muito”, “essa pessoa foi muito feliz”, “essa pode estar infelizmente guardando alguma mágoa ou rancor”, “essa pessoa poder estar guardando ali naquele coração uma paixão não correspondida, talvez uma paixão proibida correspondida em segredo”, “essa pessoa viveu e vive na plenitude e está vivendo feliz e prontinha para encarar o outro lado do rio, se assim Deus resolver chamar”.
Boa Leitura.




























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