CONSIDERAÇÕES SOBRE O LIVRO "SINGELA POESIA" DA ESCRITORA ALINE AMBRÓSIO

 

O Blog do Maybuk, por meio de seu editor, professor Sérgio Luiz Maybuk, sempre que possível faz considerações de alguma obra de autores que moram em Campo Mourão-PR ou região, já foi publicado por aqui várias  considerações de membros de AME – Associação Mourãoense de Escritores, futuramente após leitura será feito um texto do já consagrado autor Max Moreno.

Na sequência considerações sobre o primeiro livro da escritora Aline Ambrósio “Singela Poesia”.

Aqui não é uma análise literária adequada para tal, não tenho formação específica, apenas sou um leitor que gosta de ler e gosta de observar detalhes. Um/a outro/a leitor/a lendo o livro poderá encontrar detalhes e conclusões totalmente diferentes, ainda mais se tratando de poesias que é fruto de sentimento e sensibilidade.

Alguém que escreve poesias é como um pintor de obra de arte, um escultor, um compositor, que são movidos pela emoção, inspiração e que tais sentimentos ou como estes estão vivendo em determinado momento, podem impactar em suas obras.

As poesias da escritora Aline Ambrósio por exemplo, podem ter sido inspiradas de momentos em que ela viveu ou simplesmente ter captado por situação que ouviu falar.

Um detalhe que chamou a atenção na obra é a quantidade de poesias escritas por ano desde 1996 até 2023 totalizando 110 poesias, embora com diferentes quantidades e grandes variações em determinados períodos.

Ela começou a escrever aos 16 anos em 1996 quando escreveu 5 poesias, em 1997 escreveu 12, em 1998 escreveu 14, em 1999 escreveu 14, em 2000 escreveu 14 e em 2001 caiu para 2 poesias. Já no ano seguinte 2002 subiu para 17. E depois por algum motivo o desejo de escrever, a motivação, inspiração parecem ter minguado.

Em 2003 foram apenas 3 poesias, em 2004 foram 2 poesias, aí ocorreu um detalhe importante, se passaram 3 anos e em 2007 apenas uma, passaram-se novamente 3 anos e em 2010 foram 5. E aí voltou uma sequência mas com quantidades ínfimas, ou seja, em 2011 foram 3, em 2012 foi apenas uma, em 2013 foram 4, em 2014 foi apenas uma, em 2015 apenas uma, em 2016 apenas uma, aí novamente uma “quebra” de 3 anos e em 2019 foram 2, em 2020 foram 2, outra “quebra” de três anos e em 2023 foram 4 poesias.

Possivelmente de agora em diante depois do “carimbo” de escritora rodeada de pessoas que gostam dela, ela se tornará viciada em escrita para a “felicidade geral da nação”.

Percebe-se que ela escreve bem, tem um estilo de escrita leve e gostoso de se ler, possivelmente porque ela “joga” o coração nas poesias.

Outra observação é que sentimentos e detalhes ligados a relacionamentos pessoais, paixão e amor estão em praticamente 100% das poesias, em uma poesia por exemplo, parecia que iria fugir do tema ao tratar de lembranças de criança e ao finalizá-la escreveu que no momento adulto, faltava o amor.

Dentre outras particularidades entre todas as poesias algumas palavras ou sensações de destacaram.

Amargura/desilusão/tristeza aparecem ao menos 15 vezes. Sonho/imaginação de amor ao menos 14 vezes. Felicidade/paixão ao menos 14 vezes. Amor/desejo ao menos 25 vezes. Esperança/vontade de acertar ao menos 12 vezes. Insegurança/frustração ao menos 5 vezes. Lembranças/saudades ao menos 13 vezes. E amor proibido/não correspondido ao menos umas 7 vezes.

Finalmente é importante destacar que a autora é no mínimo corajosa, intensa e sensível que estão retratados nos poemas. E que ela deve experimentar outros estilos de poesias, com certeza ficarão ótimos, e estando no AME Associação Mourãoense de Escritores, pela maravilhosa “pressão” da equipe editorial, ela também se enveredará para outras formas de escritas, motivação e incentivos não faltarão por lá.

Recomenda-se que quem não adquiriu o livro, procure a autora pois a leitura será um prazer e quem já leu que faça, mesmo que mentalmente, suas considerações e se possível também comente com a autora. Quem escreve necessita do retorno dos leitores, a crítica aprofundada, os elogios etc são fundamentais.