quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

SOU O QUE SOU - ESCRITO POR ANNA BEATRIZ DAL PASQUALE DE SOUZA



O editor do Blog do Maybuk professor Sérgio Luiz Maybuk assistiu no dia 06 de dezembro de 2022, o II Sarau Cultural, Poesia e Arte  no Colégio Municipal Urupês , organizado pelas professoras Márcia de Fátima Dal Pasquale e Lourdes Gaio Zavarise.

Na ocasião a ex-estudante do Colégio Ana Beatriz Dal Pasquale de Souza apresentou um "RAP" ou no texto considerado uma poesia. Ela tem 13 anos e atualmente estuda o sétimo ano no Colégio Marechal Rondon em  Campo Mourão-PR

Com a autorização da mãe da escritora sra. Francielle Dal Pasquale Silva de Souza o Blog publica na íntegra:

Sou o que sou

 

Acordo calado

     Clima acinzentado

   Eu sou o culpado

    E tenho que pagar.

 

Pela ganância

 Que me destrói

  E pela vingança

Que me corrói.

 

Ser ou não ser

Eis a questão

Sou o que sou

   Um mero ladrão.

 

     Eu roubo nas noites

 Desejos e sonhos

Eu sou perigoso

Pequeno demais.

 

              Meu mundo é pequeno

                 E as pessoas são grandes

       São grandes tolos

Sem coração.

Com solidão

Medo então

    Poucas opções

        Muitas frustações.

 

          Me encontro deitado

     Sozinho, isolado

       Estou bem distante

       Sonhando acordado.

 

    O mundo acaba bem ao meu lado

    Sorrisos passados foram apagados

                                                Entediante foi à madrugada

  Não me recordo da noite passada.

 

 Sem muita sorte dias são sórdidos

Muita intensidade, neblina no ar

  Não sei aonde ir e nem o que falar

Será que um dia isso vai acabar?

 

Nas redondezas

 O mal se espreita

  Mas com a alegria

O tempo clareia.

 

 

         Fazendo lembrar-me de

      Que não sou tão ruim

            E que somente as pessoas

Veem-me assim.

 

Sou o que sou

   Com medo estou

 O tempo parou

    O silêncio pairou.

 

Podemos parar

           Não quero mais brincar

Cansei de jogar

Eu quero parar.

 

 Perdido estou

              Ninguém me encontrou

         Ou se quer procurou

Sozinho estou.

 

      A alegria se assustou

          Com tanto ódio e rancor

          E esse mundo ela deixou

E o mal dominou.

 

 

    A esperança continua

       Mas poucos os que têm

Sigo firme na luta

  Enfim sou ninguém.

 

Um ninguém que espera por uma nova vida

E principalmente pela volta da alegria

Aquele que não crê na esperança

E que perdeu a confiança.

 

Mas espera relutante

      Por uma segunda chance

         Roubando sonhos e desejos

        Em uma rua cheia de medo.

 

   Em busca de algo passado

Cego pelo seu ego

Calado em sua própria voz

                      Mudo ele não é, pois o silêncio lhe constrói!

 

              Ninguém não é ninguém

                     Assim como eu sou o que sou

Cheio de culpa

             Com um toque de amor.

                                        Anna Beatriz Dal Pasquale de Souza

                                                                             Novembro /2022


 
 

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