Sou
o que sou
Acordo
calado
Clima acinzentado
Eu sou o culpado
E tenho que pagar.
Pela
ganância
Que me destrói
E pela vingança
Que
me corrói.
Ser
ou não ser
Eis
a questão
Sou
o que sou
Um mero ladrão.
Eu roubo nas noites
Desejos e sonhos
Eu
sou perigoso
Pequeno
demais.
Meu mundo é pequeno
E as pessoas são grandes
São grandes tolos
Sem
coração.
Com
solidão
Medo
então
Poucas opções
Muitas frustações.
Me encontro deitado
Sozinho, isolado
Estou bem distante
Sonhando acordado.
O mundo acaba bem ao meu lado
Sorrisos passados foram apagados
Entediante foi à madrugada
Não me recordo da noite passada.
Sem muita sorte dias são sórdidos
Muita
intensidade, neblina no ar
Não sei aonde ir e nem o que falar
Será
que um dia isso vai acabar?
Nas
redondezas
O mal se espreita
Mas com a alegria
O
tempo clareia.
Fazendo lembrar-me de
Que não sou tão ruim
E que somente as pessoas
Veem-me
assim.
Sou
o que sou
Com medo estou
O tempo parou
O silêncio pairou.
Podemos
parar
Não quero mais brincar
Cansei
de jogar
Eu
quero parar.
Perdido estou
Ninguém me encontrou
Ou se quer procurou
Sozinho
estou.
A alegria se assustou
Com tanto ódio e rancor
E esse mundo ela deixou
E
o mal dominou.
A esperança continua
Mas poucos os que têm
Sigo
firme na luta
Enfim sou ninguém.
Um
ninguém que espera por uma nova vida
E
principalmente pela volta da alegria
Aquele
que não crê na esperança
E
que perdeu a confiança.
Mas
espera relutante
Por uma segunda chance
Roubando sonhos e desejos
Em uma rua cheia de medo.
Em busca de algo passado
Cego
pelo seu ego
Calado
em sua própria voz
Mudo ele não é, pois o
silêncio lhe constrói!
Ninguém não é ninguém
Assim como eu sou o que
sou
Cheio
de culpa
Com um toque de amor.
Anna Beatriz Dal Pasquale de Souza
Novembro /2022
Parabéns Ana Beatriz que venha outrasetapas
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