domingo, 11 de abril de 2021

CERIMÔNIA DE POSSE DA NOVA DIRETORIA DA AML BIÊNIO 2021-2023


















 

No dia 10 de abril de 2021, aconteceu a cerimônia de posse de modo virtual, da nova diretoria da AML – Academia Mourãoense de Letras - Biênio 2021-2023 – com os seguintes membros:  Presidente DALVA HELENA DE MEDEIROS, Vice-Presidente MARLENE KOHTS, Secretário Geral JAIR ELIAS DOS SANTOS JÚNIOR, Primeiro Secretário HERMÍNIA CAMARGO PERDONCINI, Tesoureiro Geral ANDRÉ PINTARO, Primeiro Tesoureiro LEANDRO MOREIRA, Orador ARLÉTO ROCHA, Coorador SILVANIA MARIA COSTA, Dir. do Acervo Bibliográfico GILSON MENDES DE GÓIS.

O evento foi muito rico e emocionante do início ao fim, mas antes dos registros e as impressões do editor do Blog do Maybuk, é necessário ressaltar um detalhe sobre as fotos, as primeiras e de ótima qualidade, foram disponibilizadas pela própria presidente  Dalva Helena de Medeiros e as outras foram tiradas no momento da transmissão. Em alguns registros de fotos observa-se comentários do público de casa, e há fotos de pessoas com máscaras, para se adequar de forma responsável em virtude da pandemia. O Blog que não está  alheio à situação do país, registra que o novo corona vírus, já tirou a vida, só no Brasil de 350 mil pessoas (citado pelo Fábio Sexugi no seu discurso) e em Campo Mourão-Pr 157 pessoas. Neste ato, respeitosamente,  presta uma homenagem a todas estas pessoas que se foram, e se solidariza com a dor de todas as famílias enlutadas. Também condena veementemente os brasileiros e as brasileiras que criminosamente, ainda insistem em frequentar lugares públicos sem máscara, colocando a vida de outras pessoas em risco e estimulando outras a fazerem o mesmo.

Seguindo sobre o evento, registra-se que a  secretaria da posse foi conduzida pela acadêmica Marlene Kohts e a Mestre de Cerimônia foi a acadêmica Edcleia Basso Didyk, que conduziu os trabalhos brilhantemente, apresentando a sequência de falas, apresentando o Hino Nacional Brasileiro sempre emocionante e o Hino da AML de autoria da acadêmica Silvania Maria Costa e muito bem interpretado pelo Anderson Brito “Skema”. Ela também leu especiais textos e poesias. 

Entre os textos e poesias , citando partes ou todo o conteúdo, foram apresentados “ Nada fica de nada. Nada somos” de Fernando Pessoa, “Resíduo” de Carlos Drummond de Andrade, “Sinfonia da vida – Quem vai cantando ... Quem pintará a voz e a canção? Para quem viaja ao encontro do sol ... Quando sonho sou outra ...” Helena Kolody, “Durante a nova vida: ... texto de Charles Chaplin, “Sou como você me vê ...” de  Clarice Lispector, “O tempo” de Mário Quintana.   

Nos momentos musicais ocorridos intercalados entre outros da cerimônia, foram muito bem interpretadas três lindas canções, uma delas tão significativa “Pais e filhos” composta pelo Renato Russo e que na composição cita “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã” muito válido no momento atual. Outra canção  do cantor e compositor Djavan “um dia frio”, que faz referência ao livro e finalmente outra canção do cantor e compositor Martinho da Vila com a música “Devagar, devagarinho” (devagar e sempre). Os dois últimos artistas são negros. Que bom a presença de negros em eventos importantes por meio da música. Que bom seria se nas Universidades (no corpo docente e discente), nos espaços decisórios políticos, nos cargos de diretorias nas empresas e nos espaços diversos das Letras, estivessem presentes mais negros e negras, considerando que indiscutivelmente, não lhes faltam capacidade.

Ainda no momento cultural do evento, a acadêmica Silvia Fernandes com aquela voz encantadora, interpretou uma de suas centenas de poesias, sempre muito lindas, intitulada UM DESTINO DESEJADO em que se publica na íntegra aqui:

O tempo é agora e o momento é meu!

Em minha frente se abre um caminho colorido, desconhecido, por onde passo.

Mas sem receio prossigo.

Tenho às mãos a minha rota traçada, detalhada, e uma bússola na mente.

Quero a surpresa da hora a cada passo que dou.

Vou seguindo seguro ao destino sonhado, planejado, escrevendo minha história:

autor e personagem saboreando a vitória que com certeza irei ter.

É  importante destacar a presença no evento, do Secretário da Cultura do município de Campo Mourão Roberto Cardoso. É imprescindível para um município, Estado ou país que governantes ou representantes apoiem tudo o que se refere à educação, cultura e arte.  

Finalmente para registro histórico o Blog publica os discursos do presidente que sai e da presidente que assume.

Discurso do ex-presidente Fábio Sexugi:

Caríssimos Acadêmicos,

Caríssimas Acadêmicas,

Prezados amigos que nos prestigiam virtualmente nessa noite especial,

Ilustríssimo Secretário de Cultura, Sr. Roberto Cardoso,

Querida Profª Dalva que, com sua equipe, liderará a AML pelo próximo Biênio,

É com muita alegria que transmito a Presidência a essa grande colega, de guarda-pó e de pelerine, que nossos confrades e confreiras escalaram para conduzir a Academia Mourãoense de Letras até 2023, nesses tempos que nos desafiam e que pedem de nós coragem e empenho redobrados.

O júbilo que sinto nesse momento reflete, sobretudo, o sentimento de dever cumprido. Devo dizer que, em 2018, quando aceitei reiterados convites dos colegas, mesmo sendo de Peabiru, para presidir uma das principais instituições mourãoenses, confesso que essa capa acadêmica se tornou bem mais pesada aos ombros: “se já é grande a incumbência de integrar a Academia, bem maior – pensava – será a de presidi-la”. Mas, apesar disso, devo dizer, essa enorme responsabilidade nunca nos amedrontou: certamente porque o apoio e o auxílio recebidos nesses anos por parte dos colegas da diretoria e do Colegiado nos impeliam a seguir em frente, com destemor, balizando ações que intensificaram a abertura da AML e a sua presença na comunidade. É que, como disse Beatriz a Dante, no Paraíso da Divina Comédia:

 “La spada di qua sù non taglia in fretta

né tardo, ma’ ch’al parer di colui

che disiando o temendo l’aspetta.”

“Do céu a espada pune sem tardança,

Mas sem pressa, conquanto o não pareça

A quem no medo aguarde e na esperança”

Assim, na opinião do “Poeta da misericórdia de Deus e da liberdade humana”, como chamou a Dante Alighieri o Papa Francisco na Carta Apostólica Candor Lucis Aeternae, publicada no mês passado, a ação divina independe do medo ou da esperança dos homens. A ação dos mortais, porém, inevitavelmente, fundamenta-se em uma dessas duas dimensões.

É nesse sentido, aliás, que a Compadecida – personagem da obra do grande Ariano Suassuna inspirada na obra dantesca – lamenta, ao advogar pelos réus diante do divino Tribunal,  que “os homens começam com medo, coitados, e acabam por fazer o que não presta, quase sem querer. É medo!” E, um a um, são elencados os receios que os colocaram naquela posição digna de pena: “Ah, senhor, medo de muitas coisas”, “medo do sofrimento”, “medo da solidão” e, no fundo de tudo, “medo da morte”...

Felizmente, ao chegarmos ao desfecho dessa gestão – que, como a vida de João Grilo no mesmo Auto nordestino, ganhou uma prorrogação inesperada –, podemos dizer que foi a esperança, e não o medo, a pautar nossas ações até aqui.

Pela esperança de que todos tenham acesso democrático aos bens culturais é que fizemos, juntos, tantas coisas: abrimos as portas da Academia à comunidade e à diversidade, com sessões públicas, nas quais aprendemos, por exemplo, um pouco mais da cultura indígena, ouvindo os próprios índios; ou dando espaço a pesquisadores e pesquisadoras que nos detalharam, com entusiasmo próprio da juventude, a importância e as particularidades da literatura de autoria feminina.

Essa mesma esperança nos fez intuir a necessidade de não apenas trazer a comunidade para dentro de nossas portas – cujo ingresso, ao contrário daquele umbral aflitivo que Dante descreveu, clama por “toda a esperança” –, impeliu-nos a levar a Academia lá onde estão as pessoas. Por isso, criamos o “Café com Letras”, projeto que divulga o trabalho de nossos acadêmicos num espaço comunitário, como a Feira Criativa de Campo Mourão... Por isso, lançamos o I Concurso de Poesias Prof. Rubens Luiz Sartori, que mapeou e aplaudiu inúmeros poetas de vários municípios da Região da Comcam, difundindo e premiando seus trabalhos... Por isso aprofundamos, como nesse momento, nossa presença na Internet – espaço democrático por natureza –, divulgando literatura e os trabalhos de nossa Academia no Facebook, no Instagram e, mais recentemente, no nosso novo portal, totalmente reformulado, modernizando nossa Academia... Por isso, criamos o Troféu José Moser, honraria coletiva e popular que coroa o trabalho de gente simples que, como o grande escultor austro-brasileiro de Peabiru, colabora no desenvolvimento sociocultural da nossa região... Por isso lançamos o livro “Ad Immortalitatem”, colocando nas mãos das pessoas a história da Academia e de seus membros...

Ao mesmo tempo em que tal abertura se intensificava, ancorando nossas ações na esperança de ver nossas letras escrevendo mais equidade e apagando, pouco a pouco, a injustiça social que aparta as pessoas dos livros – separação intensificada por uma pandemia assustadora que já vitimou quase 350 mil brasileiros, num cenário de embrutecimento que prioriza a ignorância, em detrimento da ciência, privilegiando superstições em prejuízo da vacina –, tivemos de nos adaptar: essa live e os demais eventos virtuais, inéditos à Instituição até então, provam a capacidade de a nossa Instituição ler e interpretar as vicissitudes desses tempos em que é chamada a tomar parte.

Não tivemos medo também de atualizar-nos internamente: propomos a alteração de nossos documentos norteadores; criamos um uniforme próprio para o trabalho; firmamos parcerias com outras instituições literárias; completamos a galeria de nossos símbolos.

Também não tivemos medo de, institucionalmente e no momento oportuno, posicionar-nos diante de temas sensíveis à sociedade, sempre de modo democrático e plural. É que, como dizia o grande pastor e ativista Martin Luther King, inspirado em Dante, “os lugares mais quentes do Inferno estão reservados para aqueles que permaneceram neutros em tempos de crise moral”. As notas oficiais que publicamos darão testemunho, no futuro, que de a indiferença e a inércia não nos dominaram nem quando o silêncio nos era mais conveniente.

Agradeço de coração a todos aqueles e aquelas que, generosamente, colaboraram para o sucesso dessa gestão, que também é o sucesso da própria Academia. À Tesoureira Cristina, que sempre nos encorajou, tendo atuado com excelência, minha gratidão especial! À Vice-Presidenta Profª Dirce, igualmente nosso reconhecimento sincero pelo suporte e amizade. Às Secretárias Marlene e Nelci, minha admiração e apreço pela valiosa contribuição. À ex-Presidente Ester, muito obrigado por apoiar concretamente nossas ações de modo tão generoso, assim como à Acadêmicas Giselta e Sílvia! Agradeço também aos Acadêmicos Ilivaldo e Sid Sauer, pela divulgação dos trabalhos da Instituição, assim como aos veículos de comunicação de Campo Mourão, que sempre repercutiram, gratuitamente, nossos trabalhos... Muito obrigado, queridas professoras Edcleia, Hermínia e Sinclair, por aceitarem, com bom ânimo e muita paixão, todos os desafios que lhes foram apresentados nesse período! Agradeço de coração aos Acadêmicos Helder e Robervani, que nos deram suporte jurídico para conduzir nossa AML! Gratidão ao Acadêmico Leandro Moreira que, antes mesmo de empossado, já dava sua contribuição musical e voluntária à Academia. Reconhecimento também ao ex-Presidente Jair Elias, pelas sugestões, amizade e parceria, assim como aos colegas João Lara, Gilson – ex-Presidente – e Prof. Maciel, que nos deram um grande suporte, e igualmente aos acadêmicos Arleto, Profª Rita, Profª Cida – ex-Presidente –, Benedita, Pe. Jurandir, Profª Silvânia, Prof. Frank, Márcia, Gilmar e a todos os colegas que, de alguma maneira, contribuíram, do seu jeito, para que tivéssemos êxito em nossas atividades. Entre eles, e já concluindo o discurso, nosso agradecimento especial à Prof. Dalva, sempre presente em todas as iniciativas, e a quem terei a honra de, dentro de instantes, transmitir esse colar presidencial.

A ela e aos integrantes da Gestão deixo o mesmo conselho que Virgílio deu a Dante, no Capítulo XXVII da Divina Comédia:

"Pon giù omai, pon giù ogne temenza; volgiti in qua e vieni: entra sicuro!”

“Deixa já, deixa o temor: volta-te para cá e vem: entra seguro!"

Desejo sucesso e muitas realizações!

Muito obrigado!

 

Discurso da presidente Dalva Helena de Medeiros:

Boa noite Acadêmicos e Acadêmicas da nossa querida Academia Mourãoense de Letras

Boa noite amigos, familiares e público em geral que nos acompanham pelo Facebook.

Em primeiro lugar, agradeço meus predecessores, na pessoa do presidente Fábio Sexugi, que representa sua Diretoria, pelo belíssimo trabalho desenvolvido durante a sua gestão, no sentido de democratizar a cultura e dar visibilidade à Academia Mourãoense de Letras como uma instituição, que não somente congrega intelectuais, mas que possui ações que repercutem na comunidade local e regional.

Em respeito, relembro os patronos de todas as cadeiras da AML, no total de 40, os quais por seus feitos, em relação à edificação da cultura, atuação nas áreas político-social e comunicação, têm seus nomes imortalizados.

Hoje é um dia muito especial na minha vida e na vida dos demais componentes da nova diretoria. Dia de assumirmos um grande compromisso que nos faz sentir um pouco de insegurança e, ao mesmo tempo, uma certa euforia por significar um novo desafio. São sentimentos que vão tomando forma, à medida que tomamos consciência da monumental responsabilidade que assumimos frente à possibilidade de contribuir com uma instituição de caráter literário e cultural cujo objetivo maior é cultivar, preservar e divulgar a Língua Portuguesa e suas literaturas em seus aspectos científico, histórico e artístico.

Assumir essa tarefa em um tempo tão conturbado, repleto de aflições e instabilidades, predominantemente na área de saúde, mas que lança tentáculos no campo sócio-político, gerando fome de alimentos, de paz, de justiça, aumenta o nosso compromisso e cautela em relação às metas propostas e meios para atingi-las.

Vivemos em um país, em que, infelizmente, as diferenças sociais, determinam, em grande parte, o acesso aos bens culturais, constituídos historicamente por toda humanidade, mas apropriados de formas distintas e muito desiguais.

Frente a esta constatação, buscamos arrego nos versos do poeta Drummond de Andrade quando diz: “Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade”... Com ele, podemos dizer que não estamos presos ao passado, nem conhecemos o futuro, vivemos no hoje, circunscritos na realidade que nos desafia. Com este quadro em mente, pusemo-nos a buscar o que sentimos ser essencial, de modo a balizar nossos projetos e ações para nossa gestão que acontecerá no biênio 2021-2023.

Estamos plenamente convictos de que o conhecimento não é dádiva entregue a poucos e que o desenvolvimento humano não é inato, logo, precisa do outro.  E é, justamente, nesta necessidade do outro, para o desenvolvimento, para o conhecimento e para acesso aos bens culturais de uma sociedade, que entra a nossa querida AML. Desta forma, o nosso papel enquanto acadêmicos não é, e nem poderia ser, apenas uma distinção de personalismo no mundo, mas, sim, de divulgar, disseminar conhecimentos, de dar acesso à cultura, por meio, principalmente da leitura e da literatura. Nesta perspectiva, temos uma função social, enquanto membros da Academia Mourãoense de Letras.

Assim como eu, a maioria dos confrades e confreiras acadêmicos, descende de famílias simples, e teve sua formação básica e superior em escolas públicas. Além disso, muitos dos acadêmicos da AML, inclusive eu, são profissionais da educação. Devotaram sua vida à esta causa, mormente, em escolas públicas. Outros, atuaram ou ainda atuam em variadas profissões, em diversas instâncias, como no comércio, na prestação de serviços, no direito, na imprensa e comunicação, em instituições educacionais públicas e privadas, em instituições religiosas, de forma que cada um de nós dedica-se a contribuir com o desenvolvimento social no seu cotidiano.

Por esta, entre outras razões, a AML torna-se o espaço que congrega e envida esforços para que, ao nos identificar com a luta da maior parte dos brasileiros e brasileiras, possamos lutar pelos seus direitos de ter acesso aos bens culturais de uma sociedade. Assim, para além de nossas diversidades de atuação profissional e de distintas formas de pensar e de escrever, temos também sonhos e tarefas comuns.

Para este biênio, em que a AML estará sendo guiada por uma nova Diretoria, propomos metas e ações como: atividades literárias e científicas, publicações de livros e revistas, projetos de divulgação dos patronos, fundadores  e acadêmicos ocupantes das cadeiras, projetos de literatura e poesia, projetos de incentivo à leitura nas escolas básicas, participação em eventos culturais com associações e órgãos congêneres, parcerias com outras academias, com universidades e escolas e ampliação da participação nas redes sociais, entre outras. Desta maneira, estamos certos de estarmos realizando a função social da academia.

O respeito às diferenças, interna e externamente, se expressará pelo diálogo, respeito às liberdades democráticas, aos princípios expressos na missão da instituição, tais como:  o apreço à fraternidade universal, à liberdade e igualdade, aos direitos individuais e coletivos, contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A Arte e a Cultura, nossas matérias primas e resultado de trabalho em todos os momentos, em especial neste da pandemia, tem um papel importante, de trazer esperança, alegria, superação. Temos, mesmo diante da dor, diante da diferenças de classe, de gostos díspares, algo que nos une, acadêmicos e público participante, que  é a nossa cultura, a crença em um mundo melhor, a solidariedade, que nos permitirão, em breve, estarmos juntos, nas escolas, nas ruas, nas praças, nos auditórios, para ler, rir, dar um abraço, um aperto de mão, cantar, ler ou declamar poesia, contar histórias.

Encerro minha fala, com um poema de Helena Kolody, grande poeta paranaense:

Meus olhos estão olhando

De muito longe, de muito longe,

Das infinitas distâncias

Dos abismos interiores.

Meus olhos estão a olhar do extremo longínquo

Para você que está diante de mim.

Se eu estendesse a mão, tocaria a sua face.

 

Helena Kolody

 

 

 

 

 

9 comentários:

  1. Gratidão Maybuk, em nome de toda a diretoria! Sua matéria ficou perfeita! Bem completa, com detalhes.

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  2. Parabéns pelo texto-registro, querido amigo. Vc, como sempre, atuante e engajado no bom combate. Grande abraço.

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  3. Parabéns pelo texto- registro, querido amigo. Vc, como sempre, atuante e engajado no bom combate. Grande abraço.

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  4. Como sempre, seu blog é 10! Parabéns pela cobertura do evento de posse da nova diretoria da AML de maneira tão completa e bem feita
    Grande abraço

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    1. Obrigado Edcleia. Inclui os títulos e autores dos vários textos que apresentou. Grande abraço.

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  5. Parabéns Sérgio Luiz Maybuk,pelo empenho texto e material,de altíssimo nível que possamos continuar contando com as suas publicações,forte abraço!

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