O ATAQUE AOS/AS SERVIDORES/AS PÚBLICOS E A HIPOCRISIA

O Editor do Blog do Maybuk  leu  o "boneco" da "reforma" administrativa, que os/as nobres parlamentares vão debater e aprovar em breve.

Três coisas causam indignação:

Primeira:

Afirmação - Quase todo o orçamento é para folha de pagamento.

Ninguém tem a decência e a honestidade de dizer que a folha de pagamento é simplesmente a contabilização em dinheiro, para compensar o trabalho de servidores públicos que atuam diariamente para servir a população.

Aqueles e aquelas que tocam a parte administrativa dos órgãos públicos são fundamentais. Sem eles e elas não há serviço público e todos os segmentos da sociedade travam.

E tem aqueles e aquelas que atendem a população diretamente. Administradores/as, Agrônomos e técnicos agrícolas, Agentes penitenciários, Arquitetos, Assistentes Sociais, Bombeiros, Contadores/as, Coveiros, Cozinheiras nas escolas, Delegados/as, Dentistas, Economistas, Enfermeiros/as, Engenheiros Civis, Escrivães, Fiscais, Psicólogos/as , Médicos/as, Membros do Judiciário e Ministério Público, Motoristas de Ambulância, Policiais Militares, Policiais rodoviários, Pedagogos/as, Pesquisadores/as, Professores/as de todos os níveis, Servidores de creches e atendimentos de idosos, Servidores do IML, Servidores do Meio Ambiente, Servidores de recuperação de menores infratores, Servidores do Trânsito, Servidores do Tribunal de Contas, Zeladores/as, para citar apenas alguns. Todos e todas têm sua importância e em um momento ou outro alguém precisa deles e delas.

E cada vez que há crise econômica e social como agora, mais os e as servidores/as públicos são requisitados.

Segunda:

Todo o dinheiro pago aos/as servidores públicos é gasto no comércio e as três esferas de governo recebem em impostos uma parte significativa. E salientando que os/as servidores/as públicos pagam imposto de renda rigorosamente pois é descontado na fonte. E são todos e todas fiscalizados/as e expostos/as nos Portais de Transparência. Há certeza absoluta , que existem sonegadores de impostos aos montes, especialmente, de imposto de renda que falam mal de servidores públicos.

Terceira:

Dizem que há ineficiência e corrupção no serviço público. Com certeza sim. Um pequeno percentual se encaixa nisso e deve ser constantemente combatido. Mas a absoluta maioria é composta por gente decente, honesta e comprometida.

E há de se salientar que a quantidade de servidoras e servidores doentes, por excesso de trabalho e por falta de reconhecimento é imensa no Brasil.

E na iniciativa privada não há ineficiência e corrupção?

Existem empresários que trapaceiam e prejudicam consumidores?

Existem empresários que sonegam impostos?

Existem empresários que praticam assédio moral contra seus funcionários?

Existem empresários que exploram acima da lei seus funcionários?

Existem empresários que praticam conluio com servidores públicos para roubar?

Existem empresários que destroem o meio ambiente para obterem lucros?

Existem agricultores que sonegam impostos?

Existem empresários que se beneficiam de "jeitinhos" para manterem suas atividades? Todo tipo de Jeitinho é corrupção. Até cortar fila é corrupção , mesmo que seja em restaurante.

E nas igrejas católicas, evangélicas e de demais denominações há corrupção?

Vereadores/as, Prefeitos/as, Deputados/as Estaduais, Deputados/as Federais, Senadores/as, Governadores/as, Presidente da República, e Secretários estaduais e Federais e Ministros praticam corrupção? Filhos e Filhas dessas autoridades praticam corrupção?

É preciso cada um e cada uma , fazer um profundo exame de consciência primeiro, para depois falar mal de servidor público.

É preciso que público e no privado não haja corrupção.

É preciso melhorar o serviço público e torná-lo mais eficiente?

É preciso valorizar servidores e servidoras para que a maioria não adoeça e morra antes do tempo?

Sim, com certeza mas é necessário um debate profundo, honesto, com audiências públicas em todos os lugares, com participação de todos os segmentos e com tempo de maturação. Do contrário o que resultará, será a "deforma" administrativa.