sábado, 9 de maio de 2020

UMA UNIÃO DE ENTIDADES A PARTIR DE BELÍSSIMO GESTO SOLIDÁRIO DO MST





























Nas tardes dos dias 07 e 08 de maio de 2020, o editor do Blog do Maybuk juntamente com companheiros e companheiras de luta, participou de uma ação prazerosa e importantíssima nesse momento tão carente de solidariedade, a partir de um belíssimo gesto do MST aqui da região de Campo Mourão-Pr, da doação à famílias e entidades de "produtos como frutas, arroz, feijão, abóboras, batata doce, mandioca, milho verde cultivados por 264 famílias que vivem nos assentamentos e acampamentos nos municípios de Peabiru (Santa Rita e Monte Alto), Quinta do Sol (Marajó, Roncador e Valdeir Roque) e Irmã Dorothy (Barbosa Ferraz" tais informações e outras a serem citadas no texto, extraídas de matéria publicada no site da Unespar e produzida pela jornalista Aline de Oliveira Silva - CLIQUE AQUI para ler.

Na dinâmica da consolidação da ação, primeiro e mais importante de tudo foi o esforço e dedicação na produção dos produtos citados anteriormente pelas famílias, depois também tão importante, veio a grandeza do gesto de solidariedade que foi muito bem expresso pela guerreira e sempre presente nas boas causas - Martina Unterberger, integrante da direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) "Essas doações não são sobras, nós estamos dividindo o que produzimos para consumo de nossas próprias famílias com outras famílias que podem estar com mais dificuldades que nós".

A Afirmação da Martina tem uma profundidade tamanha, porque diferencia o gesto citado por ela, daqueles gestos de "caridade" de uma ou duas vezes por ano, praticados pelos bem servidos que separam algumas migalhas e doam para aliviar a consciência. Porem, como normalmente se vê na nossa sociedade capitalista, sempre tão egoísta e cruel,  em que esses mesmos bem servidos na imensa maioria, passam o restante do ano  explorando trabalhadores e trabalhadoras, menosprezando,ignorando e as vezes até humilhando eles e elas e especialmente com os menos favorecidos à margem até do mundo do trabalho por diversas situações.

O restante da ação foi operacional, mas que também teve um gesto nobre porque foi a dedicação de um tempo dedicado a uma linda causa. 

A Casa Terra Coletiva representada pela Alana Lima e o Caio de Oliveira, na articulação, busca dos produtos, separação  e higienização dos mesmos e preparação das cestas e na entrega. 

O Sindicato dos Bancários da região de Campo Mourão, nas pessoas da presidente Nivalda Sguissardi e Leonice Mattos cedendo espaço físico para os trabalhos e auxiliando na entrega das doações.

O Comitê de Apoio às Pessoas em Situação de Risco Social do campus de Campo Mourão da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), capitaneado pelos professores Áurea Andrade Viana de Andrade (que na ocasião trabalhou na preparação e entrega das doações)  e Adalberto Dias de Souza,  Analéia Domingues, José Carlos Palma,  com apoio da direção do campus professor João Marcos Borges Avelar.

No trabalho específico do último final de semana O Comitê contou com o apoio dos agentes universitários Marcos Rogério Senger  Specalski  e Genésio Neres Domingos e o estagiário Felipe Alves de Morais (busca dos produtos) e os voluntários, Joab Jacometti (preparação e entrega),  Juliana Andrade Viana (preparação), Mário Lima (preparação), Nair Massoquim (preparação e entrega), Sérgio Luiz Maybuk (preparação e entrega) Tamires da Silva Ribeiro (preparação). 

Atitudes iguais pelo MST fazem parte de uma ação nacional do movimento que já distribuiu mais de 500 toneladas de alimentos em diversos Estados do norte ao sul do país, só no Paraná, fora 85.   

Na publicação tem fotos em frente à Santa Casa e várias moradias da periferia de Campo Mourão. 

Os que tiveram o privilégio de ir entregar os produtos nas casas, com certeza aprenderam um pouco e constataram as condições difíceis que muitas famílias estão enfrentando. Há casos de várias naturezas e não foi fácil entregar para uma ou duas famílias cadastradas numa determinada rua e outras famílias chegando próximo pedindo também. Havia pessoas nas famílias que vivem de "bicos" e ninguém está contratando, outras são diaristas também dispensadas até por questão de risco na saúde, há pessoas que ficaram desempregadas, há pessoas que vivem de compras e vendas de produtos do Paraguai e a ponte só voltará abrir daqui uns meses. Mas o que foi inegável sem dúvida era a alegria e a emoção de verem produtos ali, fresquinhos saudáveis para se alimentarem e todos agradecendo e abençoando o MST pelas doações.      

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