A vida e os vários momentos que passamos ou enfrentamos não são por acaso. Um encontro agora pode significar um outro encontro no futuro e portanto uma boa relação na primeira ocasião, significará uma bela lembrança nas próximas ocasiões.
Eu ingressei na condição de professor, na então Fecilcam (hoje Unespar) no ano de 1995. Certo tempo depois, ingressei também na FHEPE, Fundação Horácio Amaral que era dirigida pelo querido e saudoso professor Agenor Krul.
Nós prestávamos alguns tipos de serviços em municípios da região especialmente Concursos Públicos. Em certa ocasião, não tenho certeza do município, me parece Mato Rico-PR (próximo de Pitanga-PR), contratamos uma Van e o empresário e motorista era um tal de Osvaldo Broza, muito simpático e cuidadoso. Eu não o conhecia.
Passado um tempo, fui saber que ele era escritor e que fazia parte da Academia Mourãoense de Letras e lembrei daquela viagem.
No dia das premiações do Concurso de Poesias da Biblioteca Municipal professor Egydio Martello, que aconteceu no dia 10 de outubro de 2019, eu estava no evento e acabei sentando perto da escritora Prescila Francioli. Num dos intervalos das apresentações, ela perguntou se eu não iria ao evento do lançamento do livro do Broza que estava acontecendo a meia quadra dali, no Hotel Paraná Palace do saudoso ex-deputado Darci Deitos. Ela disse que se encantou com a capa do livro que tinha visto pela imprensa e é claro já sabia do talento do escritor.
Antes do resultado final do evento em que estávamos, fomos rapidinho até o outro evento e que estava acontecendo à "todo vapor". Compramos o livro, apreciamos um pouco da fala do escritor todo feliz com mais uma obra nas mãos. Ao término, entramos na fila e pegamos autógrafo do autor, não é todo dia que se tem um privilégio assim, porque todo lançamento de livro para mim é um momento mágico, pois alguém doou parte do seu tempo para produzir um escrito que ficará para a eternidade.
A Prescila se despediu e foi embora e eu ainda voltei à Biblioteca e tive o privilégio de cumprimentar alguns dos vencedores, uma inclusive do Rio de Janeiro e tirar umas fotos.
De posse do livro comecei a viagem nele. Todo livro pode ser lido à prestação especialmente um livro de crônicas e eu sou doido para saber as coisas de Campo Mourão. Nasci aqui por acaso porque em Roncador-PR não tinha hospital em 1968 e segundo minha mãe, o parto se deu aqui e quem a levou para o hospital era uma tal de Amélia Hruschka. Quis o destino que à pedido do saudoso prefeito de Roncador Augusto Becher, em determinada ocasião eu votasse nela para deputada estadual anos depois.
Fui lendo as crônicas e me deliciando, as vezes rindo muito imaginando estar no lugar do autor em momentos extremamente constrangedores ou até lembrando de "bolas foras" que todos nós damos no decorrer da vida e ficamos vermelhos só de lembrar. E até chorando em alguns momentos delicados que ninguém gostaria de passar como a crônica em que ele relata seu tratamento de câncer e outros problemas de saúde.
Nesse meio tempo em que eu estava lendo o livro, recebi fotos e texto da ex-presidente da Associação Mourãoense de Escritores - AME - Fátima Saraiva e escrevi uma matéria aqui no Blog do Maybuk, referente um belo projeto do Colégio Dr. Osvaldo Cruz – CEDOC, Direção Rosimere Scheffer Hundsdorfer, que abriu suas portas mais uma vez, à Literatura Mourãoense. E realizou a Terceira Edição do Projeto Celeiro Cultural que tem como mentora do projeto a professora Maria Soares Sampaio Pasquini, que encontrou apoio na instigante e também professora, Édina Sacramento.
Diferentemente das outras edições, nesse ano os escritores foram ao colégio em datas diferenciadas e quando eu fiz a matéria, fui alertado de que o próximo escritor seria o Broza e em momento oportuno as fotos chegariam até mim.
Parabéns pelo belíssimo texto.
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