Ontem 16 de janeiro de
2018, na Sede da AML - Academia Mourãoense de Letras no espaço da Biblioteca
Pública Prof. Egydio Martello, foi realizada a "Sessão
Solene Extraordinária em Homenagem póstuma ao Acadêmico da cadeira nº 2 AGENOR KRUL" – (Sessão Saudade).
Foi um momento de pura
emoção, tamanho o carinho demonstrado ao querido professor Agenor Krul, que foi
meu amigo e colega de trabalho na então Fundação Horácio Amaral da qual ele foi presidente . Eu estive
presente no velório e também na missa de sétimo dia, percebi que muitos acadêmicos
que estiveram em um ou nos dois eventos citados, não puderam se fazer presente
ontem.
Estavam presentes os
acadêmicos das cadeiras nºs 6 – Giselta da
Silva Veiga, 7 – Fábio Alexandro Sexugi, 11 – Gilson Mendes de Gois, 13 –
Benedita Lima Cristófoli, 14 – Sinclair Pozza Casemiro, 17 – Jurandir Coronado
Aguiar, 19 – Assabido Rhoden, 22 – João Maria de Lara, 23 – Jair Elias Santos
Junior, 28 – Ilivaldo Duarte de Campos, 29 – Ester de Abreu Piacentini (atual
presidente), 32 – Helder Martinez Dal Col, 37 – Dirce Bortotti Salvadori e 38 –
Cristina Glaucia Schreiner Mota.
Entre os presentes que prestigiaram a cerimônia, estavam
a viúva querida Janina Izabel, o filho Fabiano e sua esposa Fabiana , o filho
Evandro e sua esposa Erica, netos e netas, Antonio Carlos Aleixo (que já
recebeu comenda da AML), Evaldina Rodrigues, Matheus Mamede, o Nicolas Cavalheri
netinho da acadêmica Giselta e Sérgio
Luiz Maybuk.
A presidente da AML – Ester
de Abreu Piacentini conduziu os trabalhos e dentre várias intervenções, disse: (já publicado na imprensa) "Esta
é uma homenagem, que destaca o grande legado do professor Agenor para a
educação e história de Campo Mourão, é uma sessão que ficará gravada para
sempre nos anais da AML e em nossos corações, com uma saudade profunda e
concreta, para perpetuar o seu sacerdócio em prol da educação" e em outro
momento ao falar da personalidade do homenageado, destacou que ele era um homem
que agia com mansidão, no sentido de reflexão antes do agir, sem deixar-se
dominar pela ansiedade. Na ocasião também declarou vaga a cadeira pertencente
ao professor.
O acadêmico Ilivaldo Duarte
de Campos fez uma leitura emocionada de algumas respostas que o professor
Agenor lhe deu em 2010, contando sua trajetória de vida, ao Blog do Ilivaldo
Duarte. Quem tiver interesse pode ler a entrevista completa pode CLICAR AQUI.
Eu observava
atentamente a leitura por parte do acadêmico Ilivaldo e o semblante da dona Janina Izabel e ela segurava o choro
até que não se conteve, quando o leitor se referiu às primeiras cirurgias do coração
do homenageado que sem dúvida, causou muitos problemas de saúde
posteriores.
O acadêmico Assabido
Rhoden com seus 91 anos , muito lúcido, e por ser grande amigo deu um depoimento emocionado, destacando a
trajetória sacerdotal do homenageado e seu
desejo em servir as pessoas, mas que por ter sido seminarista, não gostava de
aparecer e muitas vezes queria contribuir mas não era chamado. Deu vários
exemplos de contribuições do professor Agenor na área da educação e revelou que
certa ocasião, o homenageado teria lhe dito que se o Papa liberasse pessoas
casadas para serem padres, ele iria imediatamente fazer teologia em Curitiba, para também tornar-se padre.
A acadêmica Dirce Bortotti
Salvadori quase não conseguiu se expressar no início de sua fala porque estava
muito comovida. Destacou que foi aluna do professor e que ele ao ser um dos
primeiros professores a ir fazer pós graduação em Londrina-Pr, à medida que ia
tomando conhecimento de novos autores, imediatamente repassava para os
alunos no curso de pedagogia. Destacou que o professor contribuiu muito para a estadualização e transformação
em Fecilcam (hoje Unespar campus de Campo Mourão-Pr) e ela testemunhou por ser
líder estudantil na época. Disse também que aprendeu muito com ele quando
trabalhou junto na instituição e no período em que fizeram um curso de
doutorado no Rio Grande do Sul. Também por um momento provocou risos
testemunhando algumas passagens sobre o temperamento rígido do homenageado que
ao mesmo tempo tinha um coração enorme.
A acadêmica Benedita
Lima Cristófoli, com aquela simpatia contagiante, fez um destaque à dona Janina Izabel,
porque elas têm famílias originadas no município de Farol-Pr. Disse que por ser
muito falante, tinha até um certo medo de se aproximar do professor Agenor que
era de um jeito meio fechado, mas que admirava muito o conhecimento dele e
também do amigo professor Assabido.
A acadêmica Sinclair Pozza
Casemiro, que também foi diretora da Fecilcam, destacou a grande importância do
professor Agenor para o ensino superior e reconheceu seu trabalho e sua forma
de agir, mesmo que em alguns momentos estivessem de lados opostos.
O acadêmico Jurandir
Coronado Aguiar, que é padre, sempre muito sereno e simpático, falou muito
sobre a saudade que vamos sentir do professor Agenor e com autorização da
presidente da cerimônia fez uma oração e pediu bênçãos aos presentes.
O único não acadêmico a
se manifestar foi o reitor da Unespar professor Antonio Carlos Aleixo. Ele
destacou que quando ingressou na instituição na condição de professor, o homenageado
já não era mais diretor e também por ficarem em departamentos distintos, não
mantiveram muito contato. Disse que conhecia um pouco do homenageado, por
contato com o amigo Sérgio Luiz Maybuk que trabalhou um tempo na Fundação
Horácio Amaral (da qual o professor Agenor foi presidente e que está
desativada). Mas destacou que teve um imenso prazer em trabalhar, quando foi
diretor do campus com a víuva funcionária Janine e o filho Fabiano, o que segundo ele, no
seu jeito de ser pelo que se sabe, traz muito do professor Agenor. Destacou também que por estar
representando um instituição de ensino superior naquele momento, era necessário reconhecer o
professor Agenor pelo trabalho que executou e que com sua liderança e junto com outros do seu período deram muita contribuição para
o ensino superior.
Passado o evento,
encontrei no facebook do professor Antonio Carlos Aleixo, a última foto que
está na presente matéria e nela, que é do ano de 1989 se vê um jovem (Aleixo) na sua
formatura em letras e ao seu lado o diretor da época, professor Agenor Krul com
um olhar firme para o novo graduado. Não se sabe o que ele pensava naquele
momento, mas quis o destino, que no auditório da Unespar campus de Campo
Mourão-Pr, em 2016, ou seja, 27 anos depois, numa cerimônia da Academia Mourãoense
de Letras, os dois ex-diretores da instituição estivessem lado a lado recebendo
a comenda “vida e liberdade” que todos podem se recordar lendo a matéria CLICANDO AQUI.
Foi sem dúvida uma
cerimônia de muita emoção, saudade, mas também de descontração como as fotos acima (parte delas cedidas pela amiga Giselta
Veiga) podem demonstrar.
Parabéns, Maybuk! Um texto claro e objetivo, onde o leitor assimila a mensagem com precisão. Já tem aqui material suficiente para uma excelente biografia, que tal? Conte comigo se aceitar esse desafio. Sou fã do Jornalismo literário, que você desenvolve com maestria.
ResponderExcluirMuito obrigado Giselta Veiga. Seu elogio me deixa lisonjeado e a proposta é bem interessante. Vou estudar com carinho a proposta. Abraço.
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