PALESTRA SOBRE CHÃ DE JARDIM COM A HISTORIADORA LUCIANA BALBINO

No dia 30 de novembro de 2015, na Casa da Cultura de Campo Mourão-Pr, assisti a uma bela palestra sobre turismo rural, empreendedorismo e economia solidária.

O evento foi organizado pelo professor do curso de ciências econômicas da Unespar campus de Campo Mourão, João Carlos Leonello em parceria com a própria universidade e o SEBRAE e teve a presença na mesa de autoridades, além do professor já citado, também o diretor do campus professor Eder Rogério Stela, o diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas professor Adalberto Dias de Souza e a pessoa mais importante da noite a historiadora Luciana Balbino.

A palestra foi emocionante porque a palestrante contou uma história carregada de emoção, luta, perseverança e sucesso de um grupo de jovens de uma comunidade pobre chamada Chã de Jardim, pertencente ao município de Areias na Paraíba.

A palestrante Luciana Balbino, pessoa maravilhosa, humilde, simpática com um espírito solidário incrível foi aplaudida de pé ao final da palestra.

Ela contou uma história de um grupo de jovens de uma igreja católica, que resolveu começar a mudar alguma coisa na comunidade e com  a ajuda desta, começaram exatamente pela reforma da capela, depois fizeram um salão de baile e festas, depois em mutirão construíram uma casa de alvenaria para uma senhora bem pobre e na sequencia, partiram para busca de alternativas de renda.

Começaram a proporcionar turismo no Parque  Estadual Mata do pau ferro, último remanescente da mata atlântica do nordeste brasileiro. Lá foram buscando alternativas, fizeram curso de trilhas na mata, depois começaram a fazer técnicas de relaxamento na mata, depois passaram a vender produtos da comunidade no piquenique dentro da mata.

Depois num capítulo à parte, a historiada e professora de jovens e adultos Luciana Balbino, que passou por muita dificuldade para se formar em outra cidade, na sua comunidade resolveu tentar mudar a sorte de suas alunas, todas mulheres casadas, com o aprendizado do artesanato feito com folhas de bananeiras.

Tudo foi feito com planejamento e espírito solidário, onde todos da comunidade passaram a ganhar de alguma forma, embora com muita luta e muita torcida contrária.

Com o tempo surgiram atividades de poupa de frutas e aumento de árvores frutíferas nas comunidades rurais, guias de turismo, feirinha de orgânicos, oficina de artesanato, restaurante regional, venda de produtos  artesanais no próprio local e fornecimento de pastas feitas de folha de bananeiras para eventos e congressos, substituindo a pastas de papel e também o trabalho de divulgação por meio de palestra que a contagiante Luciana Balbino faz, inclusive para mais de 1000 pessoas e universidades como a USP por exemplo.  

Foi um grande aprendizado para os professores e os estudantes do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Unespar campus de Campo Mourão-Pr.