Hoje
fui fazer umas compras com o meu filho na cidade de Campo Mourão e por onde
andei enfrentei filas. É evidente que numa véspera do dia dos pais, o movimento
esteja grande, mas embora em menos quantidade o povo mantém-se comprando e comprando, a meu ver temos um país
economicamente falando, BEM diferente do que se apresenta especialmente nos
telejornais da globo e na cada dia mais decadente, rumo à morte, revista veja.
No
final do texto voltarei a tratar da economia, preciso tecer minha opinião sobre
o grave momento político que estamos vivendo, graças especialmente ao papel
sujo, fedido e deprimente de alguns personagens.
O
Brasil atualmente está com a carga máxima de hipócritas contribuindo para uma
crise política grave.
Primeiro
vamos tratar dessa tal Lava Jato, totalmente parcial, partidarizada e
espetaculosa. Admito de início, que boa parte do que está sendo delatado seja
verdadeiro e é provável que muita gente esteja envolvida e tenha cometido
crimes, INCLUSIVE membros do PT, partido
do qual sou filiado. (eu escrevi INCLUSIVE e não SOMENTE).
Pois
bem, para mim todo delator é o tipo mais canalha que existe e possivelmente o
mais sem escrúpulo. Se ele delata coisas de um partido, o PT por exemplo, e isso é considerado verdadeiro e
imediatamente permite-se o vazamento para a imprensa (algo que acontece pela
covardia do nosso “Ministro” da justiça) e o mesmo delator fala sobre o
envolvimento até os ossos do Aécio Neves com as Furnas e isso é totalmente
desconsiderado (quem delatou foi o doleiro Alberto Youseff e eu assisti a
gravação), que moral tem uma operação dessas? E mais, se as mesmas empresas
doaram praticamente os mesmos valores para a candidata Dilma e foi considerado
propina e praticamente os mesmos valores
foram doados para o candidato Aécio e considerado como doações legais de
campanha, que moral tem uma operação dessas? Sem contar os métodos medievais
adotados condenados inclusive pela OAB.
O
juiz Sérgio Moro é o novo herói nacional, mas é só acabar a tal operação que sumirá
do mapa tal qual o Joaquim justiceiro Barbosa que desapareceu depois que a
globo largou dele para dar foco ao juiz. O tal magistrado pode convencer outras
pessoas, mas a mim, desculpe, não me
convence.
Outra
operação a todo o vapor é o tal julgamento das “pedaladas fiscais” que a presidenta
Dilma cometeu (não é desvio de dinheiro e corrupção), apenas uma sistemática
feita desde antes do deplorável governo FHC que quebrou o Brasil três vezes.
Pois agora é possível que as contas dela sejam reprovadas por causa disso, na
tentativa de se criar condições para um impeachment. Além da possibilidade da
reprovação de acordo o “novo olhar das contas”, é necessário destacar que alguns
dos membros do TCU são acusados de uma série de delitos inclusive o relator que
já deu manifestação de que vai reprovar as contas. Aí eu pergunto, que moral tem um tribunal desses para mudar as
regras do jogo de uma hora para outra e querer derrubar uma presidenta reeleita
pelo voto popular? Para mim nenhuma.
Outra
operação é a do todo poderoso Eduardo Cunha, que além de ter uma ficha corrida
de infindáveis processos por várias maracutaias, foi delatado e teria exigido
uma propinazinha de U$ 5 milhões no Tribunal mediaval do Sergio Moro. Se o
referido juiz é o herói nacional e ele é considerado implacável, então o
presidente da Câmara está em maus lençóis. O procurador geral Rodrigo Janot foi
reeleito e teve seu nome indicado novamente pela presidenta e vai fazer a denúncia
contra o “imaculado” deputado junto ao STF. O tal deputado para chantagear e
tentar escapar do processo, é quem conduzirá o processo caso as contas não
sejam aprovadas e isso poderá resultar num processo de impeachment. Aí eu
pergunto, que moral tem um deputado
desse naipe? Que moral tem os deputados federais que seguem a cartilha de um
cidadão desses?
A
presidenta Dilma pode ser turrona, se atrapalhar nas falas, demorar para tomar decisões quando as coisas tem que ser
rápidas, pode ter nomeado um Ministro da
Justiça frouxo, pode ter feito um ajuste fiscal duro para a classe trabalhadora
e ter esquecido de atacar os grandes endinheirados,
mas desonesta ela não é. Até o FHC quase matou a metade dos golpistas tucanos
ao afirmar que ela é honesta e honrada.
No
meio de tudo isso, tem os golpistas, a começar pelo cambaleante e baladeiro
Aecio Neves, mais sujo do que pau de galinheiro, quem quiser provar isso, é só dar
uma chegadinha lá em Minas Gerais, terra dele, onde perdeu a eleição no próprio
Estado e que a maioria do povo mineiro disse: quem não te conhece que te
compre. Esse mesmo Aécio está desesperado e quer outra eleição agora, porque
sabe que é sua última chance, porque o Alckmin ou o rasteiro José Serra deverá
ser o candidato do PSDB em 2018. Ele
está convocando a população vestida de camisa amarela da suja CBF para dar o
golpe a partir do dia 16. E dentre os comandantes da manifestação estão os
carinhas do “vem para rua” que PASMEM, afirmaram que sabem da denuncia contra o
Eduardo Cunha, mas seletivamente, vão poupá-lo porque o deputado mesmo sendo
corrupto vai ser importante no golpe. Um espetáculo de coerência.
Diante
de tudo isso tem uma rede globo desesperada perdendo expectadores dia a dia e
sendo desmentida diariamente pela internet e uma revista veja também
desesperada (o Grupo Abril está à beira da falência) pintando um quadro muito
mais feio do que a própria realidade. Afirmando dia a dia que estamos em crise
e esquecendo-se de comparar o Brasil com
países europeus como Espanha e Grécia por exemplo, que estão com níveis de
desemprego altíssimos e situação desesperadora.
O
professor, economista e ex-ministro da fazenda do Brasil, com seus 80 anos, muito
lúcido, Antonio Delfim Netto, deu uma
belíssima entrevista para o jornal Estado de São Paulo. Fez duríssimas críticas
a presidenta Dilma, mas afirmou três coisas importantes: a primeira é que
querer condenar e derrubar a presidenta (a qual considera honesta) pelas tais “pedaladas
fiscais” não tem outro nome a não ser golpe. A segunda é que a situação econômica
do Brasil está ruim, mas longe de ser uma tragédia e a terceira é que a
economia vive de expectativas, ou seja, quando todos usam a palavra crise,
inclusive piorada por meio de jornalismo podre, os brasileiros estão cavando
suas próprias sepulturas, porque se a idéia da crise é generalizada, ninguém
investe, ninguém emprega, ninguém consome, ninguém arrecada e todos vão para o
caos.
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