Talvez alguns estejam eufóricos com alguns pontinhos perdidos que a candidata Dilma teve atestados pelos institutos de pesquisa (por ordem de divulgação) DATAFOLHA, IBOPE, VOXPOPULI, mas analisando-se a fundo, praticamente são apenas variações dentro da margem de erro que qualquer estudante da disciplina de estatística sabe que é perfeitamente normal ocorrer, para cima ou para baixo.
Os institutos possuem metodologias de abordagem diferentes uns dos outros junto aos eleitores, mas algumas coisas não dá para negar:
Primeiro, quando eventualmente a Dilma perde alguns pontinhos, esses vão para os indecisos ou anulados e praticamente não vão os dois principais adversários.
Segundo, o candidato do PSDB Aécio Neves não consegue desempacar "nem a pau Juvenal". Os índices do PSDB nessa mesma época em outras eleições passadas foram quase 10 pontos a mais que o dele atualmente.
Terceiro, o candidato do PSB Eduardo Campos que fez um ótimo governo no Pernambuco, mas boa parte, com investimentos vultuosos do governo federal, especialmente no período de Lula que é quase endeusado no Estado porque nasceu lá, não consegue achar um discurso. Ele foi Ministro do Lula e sempre elogiou o conterrâneo, como explicar para os eleitores que é contra a candidata do ex-presidente que saiu do governo com 80% de avaliação. Além disso, a Marina Silva que é uma boa pessoa e foi uma boa ministra do Lula, é a mágoa em pessoa. Até hoje ela não se conforma com o Lula tê-la preterida para escolher Dilma sua candidata e também ainda não consegue transferir intenções de voto para o companheiro de chapa, porque muitos dos seus seguidores odiaram essa composição da REDE com o PSB.
Os dois candidatos opositores, se valem das "manchetes" da grande mídia, que bate sistematicamente, quase 24 horas por dia na Presidenta exaltando coisas ruins, desvirtuando notícias boas e escondendo outras. Infelizmente não possuem um discurso. O Aécio, além de não ter projeto as vezes vem com aquele slogam "vamos conversar' e aí a população já vem em mente com alguns assuntos que ela tenta esconder da vida pessoal que abalaram sua credibilidade. O Eduardo vem com uma conversa mole de Podemos fazer mais, mas não diz como e usa o tal discurso ridículo da "nova política" e se alia aos ultraconservadores e raposas velhas da política Ronaldo Caiado e Jorge Bonhausen, fala sério, isso não envolve ninguém.
Quarto, a candidata Dilma terá muito provavelmente quase o triplo de tempo na TV e Rádio e as pesquisas anteriores em campanhas passadas atestam que todos os candidatos governistas subiram pontos nesse período, ou seja, FHC e Lula, por um simples motivo, quem está no governo não consegue rebater as notícias "negativas" dos meios de comunicação a tempo hábil, mas no horário político de rádio e televisão sim. É o único momento, principalmente nas últimas semanas que as pessoas vão se ligar definitivamente na campanha.
Quinto, a candidata Dilma tem como apoiador e fazedor de campanha um político chamado Lula que se fosse candidato hoje teria mais votos que ela. Aí a oposição e a grande imprensa que é a mesma coisa, ficam num dilema desgraçado, ou seja, precisamos torrar a Dilma, mas não dá para exagerar, senão vem o Lula que tem mais votos que ela. E o Aécio tem o FHC que segundo o Paulo Henrique Amorim, não se elege nem vereador em São Paulo.
Muita água vai rolar ainda, muitos "escândalos serão produzidos pela Veja especialmente", haverá muita reza para que todos os estádios sejam demolidos pelos "manifestantes", a Miriam Leitão no Bom dia Brasil vai anunciar nova crise do tomate e outras como da salsinha, do alho, da crise enérgica (a crise de abastecimento de água em São Paulo do PSDB não pooooooode) e assim por diante, para tentar um segundo turno salvador e poderão conseguir como já conseguiram outras vezes, mas a dificuldade deles é enorme.
O retrato de hoje é o seguinte considerando as três últimas pesquisas divulgadas:
Dilma 38% + 40% + 37% = média 38,33%
Aécio 16% + 16% + 14% = média 15,33%
Eduardo 10% + 8+ 6% = média 8%
E o que realmente interessa, ou seja, em votos válidos A Dilma tem hoje pouco mais de 60% dos votos válidos e ela precisa para vencer no primeiro turno 50% mais um voto, o meu por exemplo.
Como hoje é sexta-feira santa e eu sou um católico que gosto muito das celebrações deste dia, vou almoçar e me dirigir à Igreja e no período noturno pretendo assistir o espetáculo artístico da "Paixão de Cristo" lá na praça.
E uma boa sequência de feriados para nós todos, especialmente uma boa Páscoa com nossas famílias.
A gente nota que quando a Dilma cai, os nulos crescem, numa clara indicação que quem desiste da Dilma prefere votar em branco do que votar em alguém que não seja melhor que ela.
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