Ontem, na condição de membro do Comitê Gestor do Trabalho Decente no Estado do Paraná, pela Unespar, participei das discussões sobre Emprego e Renda, no auditório do Palácio das Araucárias (que abriga algumas Secretarias de Governo) CLIQUE AQUI para ler a matéria que o governo do Estado produziu.
Vou fazer um breve relato de algumas falas importantes.
O professor Mauro José Corbellini que atua na Secretaria de Indústria e Comércio e Assuntos do Mercosul, como coordenador de Promoção Industrial e Comercial, tendo como a principal função atrair empresas para o Paraná, informou que já foram atraídas quase uma centena de importantes empresas para o Paraná, mas o grande problema está em encontrar mão-de-obra qualificada. Segundo ele, a mão-de-obra gerada pelas universidades são primárias e as necessidades das empresas são muito específicas. A Secretaria está com carência de mão-de-obra de alta qualidade nas áreas de metalurgia sub-aquática e plataformas no litoral paranaense e também para empresas em Ponta Grossa, Castro e no Vale da Ribeira.
O Sr. Nuncio Mannala da diretoria das relações do Trabalho da Secretaria do Trabalho, Emprego e Economia Solidária destacou a importância da articulação de várias Secretarias de Estado envolvidas, órgãos de classe, Sindicatos e Universidades em prol do trabalho decente no Estado do Paraná.
O Secretário do Trabalho Luiz Cláudio Romaneli além das informações constantes na matéria que sugeri acima, fez uma declaração importante sobre a situação do Brasil e do Paraná no momento. Ele afirmou que é de uma geração mais velha, que viveu duas décadas perdidas 80 e 90 no que se refere a avanços econômicos e sociais. Ressaltou que o Brasil e o Paraná vivem um momento extraordinário em termos de geração de empregos e ganhos sociais. Destacou os trabalhos do PRONATEC do governo federal e administrados pelos Estados e fez uma referência sobre a formalidade do Micro Empreendedores Individuais.
Também assisti a uma fala importantíssima da Dra. Stella Maris Machado Natal do Núcleo Estadual de enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que também acontece com paranaenses. Ela destacou o Comitê Estadual para Refugiados e Migrantes no Estado do Paraná e as Políticas Públicas de Direitos Humanos e Cidadania. Um trabalho que merece todo o nosso respeito.
A participação no Comitê Gestor do Trabalho Decente me proporcionou entender que o mundo do trabalho no Paraná e no Brasil é muito mais complexo do que se possa imaginar.
Ao mesmo tempo que temos situações em que há vagas com salário médio de R$ 6.000,00 para trabalhadores na indústria e que pelos relatos, as universidades não dão conta de qualificar trabalhadores sem novos treinamentos, temos situações de pessoas que atuam precariamente no mundo do trabalho mas precisam dos apoios para empreendimentos de economia solidária (área em que eu pesquiso) e há situações muito mais graves como o caso de trabalho escravo e tráfico de pessoas.
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