MEU GIORDANO BRUNO COMPLETA 15 ANOS

Meu filho amado Giordano Bruno completa hoje 15 anos de idade.

Meu filho amado já foi uma pequena criança de colo. Troquei suas fraldas, servi-lhe mamadeira, embalei seu corpo e cantei para ele parar de chorar ou  dormir e várias vezes fiz ele adormecer no meu peito. Que saudade!! As lágrimas rolam só de lembrar.  

Meu filho amado engatinhou várias vezes até a porta quando eu chegava em casa e ficava doido para eu pegá-lo no colo. Que imagem na minha cabeça.

Meu filho amado firmou as perninhas e com o meu  incentivo e dos avós e  das tias em volta,  todo faceiro deu os primeiros passos. Que conquista.

Meu filho amado quando pequenininho adorava ver boi na televisão. Ele mandava no aparelho. Exigia: __ quero ver o “canário do boi” . Na sua inocência queria dizer “o canal do boi”.

Meu filho amado também queria ver os bois ao vivo. Quando tinha oportunidade eu mostrava a ele, mas a coragem dele não era das maiores. Ele dizia: __ pai, o boi vai fichar nós. Claro que ele queria dizer: pai, o boi vai chifrar nós. Era uma delícia acompanhar o seu esforço para se comunicar. Que saudade.

Meu filho amado quando já estava maiorzinho me obrigava a levá-lo nos rodeios em Roncador. Ele vinha com uma conversa mole: __  pai  vamos no rodeio hoje? Vai ser tão legal ? Para mim era programa de índio, mas só de ver a carinha de felicidade dele, eu não media esforços.

Quando às vezes eu já estava pronto para sair à noite e ir a um baile ou outro lugar qualquer, ele dizia: __ pai, não vá, fique dormindo comigo. Não tinha dúvida na minha escolha, nada no mundo era mais gostoso que dormir abraçado com ele, sentindo o cheiro do seu cabelo e acompanhando o seu respirar.

Desde os primeiros anos de vida eu o levava à praia. Era incrível como nos primeiros anos tinha tanto medo de água. Eu entrava no mar com ele no colo e ele a chorar. Passados alguns anos ninguém conseguia tirá-lo da água. Agora em fevereiro ele e sua prancha eram inseparáveis, ainda mais que tinha uma mocinha da idade dele por perto. Ele “torrou” no sol,  mas valeu a pena. Foi muito bom ir à praia mais uma vez com ele.

Quando ela era bem pequeno tinha um medo danado de entrar nos brinquedos do parque diversões. Eu sentia uma satisfação enorme em incentivá-lo e demonstrar que iria poder protegê-lo. Passou o tempo e  ano passado no Beto Carreiro, o medroso era eu. Ele me chamou para acompanhá-lo nos brinquedos mais emocionantes e não tive coragem, mas a alegria ao vê-lo se divertindo não tinha preço.    

Por causa dos desígnios da vida, por mais de 10 anos eu fui pãe (mistura de pai e mãe) e tive de ir em diversos aniversários de criança. Em várias ocasiões eu era o bendito fruto entre as mulheres. Mulher por perto é uma maravilha, mas em festinha de aniversário de criança tudo é muito chato. Mas valeu a pena ver o Giordano Bruno se empanturrar de doce e refrigerante todas às vezes e molhar a roupa de tanto correr e se divertir.

E quanto aos brinquedos alguns foram significativos porque a expressão no rosto dele ficou marcado na minha memória. Aquela motoquinha vermelha e amarela, aquela bicicletinha azul e tantos mais. 

E quanto às histórias que eu contava a ele, foram “trocentas”. À medida que eu ia inventando histórias com situações absurdas, ele ia ficando empolgado e queria fantasiar também. Imaginem dois pscianos (que vivem no mundo da lua) fantasiando? Um dia ele com 4 ou 5 anos disse: __ pai, o dinossauro apareceu e eu joguei um grão de feijão nele e ele caiu. Aí eu fiz uma cara de sério e disse quase gritando: GIORDANO, COMO É QUE UM GRÃO DE FEIJÃO PODE DERRUBAR UM DINOSSAURO? E ele com um sorriso nos lábios respondeu: __ pai, o feijão era mágico.

Foi muito legal também acompanhar os primeiros anos na escola e as várias apresentações de páscoa, festas juninas, dia da criança, natal, participações na igreja, etc e etc. Certa vez ele bem no comecinho da sua vida acadêmica, estava me apresentando os materiais escolares: Pegou o lápis e disse: __ pai,  este é para escrever e em seguida pegou a borracha: __ esta é para “demanchar”. Fiquei parado pensando, mas que diabo ele quis dizer com “demanchar” e aí minha mãe veio com a tradução: apagar o que foi escrito. Nunca mais na vida vou esquecer aquela passagem.

Fiquei emocionado com a primeira apresentação na feira de ciências. Com a primeira partida de futebol de salão. Senti-me muito agradecido a Deus por poder jogar bola  com ele várias vezes na grama da casa de meus pais em Roncador, especialmente nos dias de chuva. Quantas vezes,  deixei ele me ultrapassar para ele fazer o gol para que ficasse feliz. Agora em fevereiro jogamos bola juntos na praia, primeiro só nós dois e ele me deu um “baile” e tive que parar um pouco para tomar fôlego. Depois apareceram vários “fominhas” por bola e fizemos um time. Eu e meu filho jogamos no mesmo time e eu até fiz gol. Que experiência interessante.  

Fiquei orgulhoso, quando quis o destino que ele aos 10 anos de idade, viajasse sozinho de avião, saindo de Brasília, com escala em São Paulo e chegada em Maringá. Fazia quase um ano que eu não o via. Foi um dos dias mais felizes de minha vida. CLIQUEAQUI para ver matéria que fiz em 22/12/2008.

É claro que o “malinha” também me deu muito problema e já perdi a paciência com ele umas “trocentas” vezes, mas quem não passa por isso?. As coisas boas que passei compensaram as ruins. Talvez a coisa que mais me incomodou foi a escolha do time para torcer. Eu sou santista (cores oficiais preto e branco), o padrinho Toninho é botafoguense (cores oficiais preto e branco) e não é que o “malinha” talvez para agradar os dois ao mesmo tempo escolheu torcer pelo Corinthians? Afinal o uniforme oficial é preto e branco.  

Estou muito feliz hoje. Ele é um adolescente de ouro. Está mais estudioso. É muito carinhoso. Tem um humor maravilhoso e quando estamos juntos rimos à beça. Sei lá o que vida nos reserva para o futuro, só sei que até agora, faria tudo de novo. Tudinho mesmo. 

Feliz aniversário meu filho Giordano Bruno neste 06 de março de 2013. Te amo do fundo do meu coração. Que Deus te acompanhe sempre e que você seja um grande homem preocupado com as injustiças sociais, um grande profissional preocupando-se sempre com a honestidade, com o bom trato a todas as pessoas, sendo generoso e justo.