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BLOG DO MAYBUK - NA LUTA DO BOM COMBATE Este espaço é destinado a compartilhar com a comunidade minhas ações acadêmicas e profissionais. Também será utilizado para divulgar especialmente as ações de colegas economistas e outros profissionais e/ou pessoas da comunidade quando for necessário. O espaço servirá para debate sobre economia e política, onde serão manifestadas minhas opiniões a respeito, enquanto cidadão e professor universitário.
sábado, 8 de dezembro de 2012
O GRANDE NIEMEYER PELA ÓTICA DA GLOBO
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Um comentário:
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Sempre achei que Jesus estava a aconselhar quem dá esmola a não ser fanfarrão. A sugerir uma discrição hiperbólica, tão discreta que uma parte do corpo nem se aperceberia do que estava a acontecer mesmo ao lado. (Como sucede a quem toma LSD e garante que a perna se separou do corpo e foi jantar fora.) Mas não. Embora Cristo tivesse uma invulgar capacidade para a parábola, dessa feita estava a ser literal. Avisou que a esquerda é contra a caridade.
ResponderExcluir(Outra altura em que Jesus também foi denotativo: quando ficou enjoado depois de comer porco com molho de ostras num restaurante chinês, advertiu que não se dessem pérolas a porcos.)
Só que vem aí o Natal e as pessoas, mesmo as de esquerda, tendem a resvalar para comportamentos solidários (e a apanhar gripe). Embora sabendo que a caridade é feia, é difícil refrear os impulsos altruístas que surgem nesta época. É cleptomania invertida.Para ajudar (cá está, não consigo evitar) sugiro a forma correcta de enquadrar esses desejos filantrópicos. São as respostas adequadas que uma pessoa de esquerda deve dar à abordagem de um pedinte:
- Tenho fome.
- Isso é grave! Não devia haver fome.
- Pois. Há alguma. Faço desde já um mea culpa.
- Vou ajudar-te.
- Vai dar-me uma moeda?
- Claro que não.
- Olhe que não é para a droga.
- Se fosse para a droga, eu dava. Para comer, é que não. Seria contribuir para a tua opressão. Anda comigo.
- A um café, para me oferecer uma sopa?
- Melhor. A uma manifestação contra a fome, seguida de colóquio sobre a pobreza.
- Vai haver sandes nessa manifestação? Rissóis no colóquio?
- Não, vai haver esclarecimentos sobre o combate à fome.
- Quem combate bem é o pão com mortandela.
- É mortadela que se diz. E nós combatemos as causas da fome.
- Desculpe, deve ser da falta de glicose no cérebro. A causa da fome é falta de comida. Se eu papar, ela desaparece.
- Esse é o caminho mais fácil, resolver o teu problema de curto prazo. Eu almejo solucionar o problema da fome no geral.
- É possível que solucione, porque se eu morrer deixo de ter fome.
- Estás alienado pela tua condição, não percebes. Toma um panfleto que explica a fome que estás a sentir.
- É um panfleto com manteiga?
- Não.
- Então vá à merda.
A impertinência mostra que ele ainda não percebe o que lhe está a acontecer, acha que padece só de uma fome dilacerante. Há que obrigá-lo a reagir. Da próxima vez que encontrar este pobre, ele não lhe vai pedir nada. Vai até olhá-lo com desprezo, sinal de que recuperou a dignidade e recusa sujeitar-se ao conceito burguês de "refeição".
Se no Natal sentir vontade de alimentar alguém, lembre-se de que dar comida a quem tem fome é ruim. Porque o problema da fome é que, quando se a mata, acaba por voltar. Já o pobre, não.