sexta-feira, 21 de maio de 2010

RESPOSTA DE COMENTÁRIO DA ACADÊMICA E INTERNAUTA TATIANY DALLE MOLLE

Recebi um comentário no Blog da minha acadêmica do segundo ano de economia Tatiany Dalle Molle, indicando uma publicação da Revista britânica The Economist http://noticias.uol.com.br/bbc/2010/05/21/economia-brasileira-pode-estar-voando-alto-demais-diz-economist.jhtm - indicando que a economia brasileira pode estar voando alto demais e quer saber minha opinião a respeito.

Eu sou um professor universitário, mas acima de qualquer coisa um cidadão que respeita a opinião dos outros embora nem sempre concorde. Como já disse o escritor francês Voltaire traduzido para o portugues "Posso não concordar com nenhuma de suas palavras, mas vou morrer defendendo o direito de expressá-las".

A Revista The Economist é muito famosa no cenário mundial, mas toda publicação é movida por ideiais distintos de outros (o que é saudável) e a vezes até sem escrúpulos como é o caso, por exemplo, das publicações da Revista Veja no Brasil e Folha de São Paulo que são explicitamente partidárias, no caso atualmente PSDB e a vezes ou na grande maioria , maquiando notícias a favor do seu candidato, que só não colam mais, porque a grande maioria da população brasileira já não é boba e sabe exatamente diferenciar o sabor da coca-cola em relação à tubaína .

Para quem não sabe, outro dia Paulo Henrique Amorim afirmou que o brasileiro ficou bebendo coca-cola durante quase oito anos (governo Lula) e agora querem convencê-lo a beber tubaína (governo PSDB/DEM/PPS) e dizer que á mais gostoso.

Primeiro a Revista afirma que estamos crescendo igual a China e isso é ruim porque não somos a China. Graças a Deus que não somos a China, pois temos liberdade de imprensa (ainda que meio camuflada) e não temos metade da população vivendo na miséria como é lá. O que o britânicos não sabem é que podemos crescer de forma consistente, mas não exagerada porque graças ao governo Lula por meio da valorização do salário mínimo e dos programas de transferências, juros mais baixos e mais crédito temos um mercado interno robusto que fez com que entrássemos por último na crise internacional e saíssemos primeiro.

A revista tem razão quando diz que investimos pouco, países de primeiro mundo investem muito mais na economia, mas qualquer PSDBista apaixonado sabe no seu íntimo (sem revelar é claro) que o investimento que o atual governo fez no Brasil nos últimos sete anos é coisa estrondosa em relação ao desastrado segundo governo FHC (quando o presidente jogou a biografia no lixo, pela forma como conduziu o processo de mudança constitucional para a aprovação do direito de re-eleição para Presidentes da República.

A revista não tem razão quando diz que não economizamos, pois embora ainda existam desperdícios e desvios de verbas e corrupção no Brasil, a política fiscal no Brasil é ativa, o que os neo liberais dizem que são gastos, nós economistas políticos dizemos que são investimentos, pois contratar mais professores, mais médicos, criar mais universidades e fazer programa bolsa família é dar mais dignidade à população e robustez na economia, justamente porque ninguem come dinheiro, é preciso consumir e quando se consome, movimenta o comércio, a indústria, a agricultura, os prestadores de serviço e se arrecada mais impostos (política Keynesiana).

A Revista afirma que a política fiscal no Brasil é frouxa (esta que acabei de explicar no parágrafo anterior) e que obriga o Banco Central a ser mais cauteloso, quando teve que subir os juros para conter inflação. A minha opinião é justamente o contrário, penso que o Brasil melhorou extraordinariamente nos últimos sete anos, apesar do Banco Central e do Banqueiro (ex-PSDB e atual PMDB) Henrique Meireles. Explico: para os monetaristas o que importa é o controle da moeda e dos preços na economia, não importa se o crescimento econômico seja zero e que famílias inteiras fiquem desempregadas e vivam "a míngua". O Banco Central brasileiro se pudesse, mandaria a polícia federal atras de todo consumidor impedindo que gastasse muito para não gerar inflação.

Finalmente a revista afirma que o Brasil já acabou com todos os impostos que tinha reduzido no período da crise. É evidente que acabou com incentivos de redução do IPI principalmente para o ramo automobilístico e está certo. As deduções foram feitas para alavancar a economia na crise, as que continuam estão nos produtos da cesta básica e nos materiais de construção em função das grandes quantidades de chuvas que destruíram muitas moradias recentemente.

O Brasil cresce e assusta os Estados Unidos da América e a Inglaterra porque é a bola da vez e com o pré-sal, que para o desespero da oposição que quer, por que quer assumir de novo, para privatizar o que restou (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras) tem um volume muito maior que o previsto inicialmente e isso será o grande diferencial brasileiro.

No mais querida Tatiany e demais internautas, esses CARAS (americanos e britânicos), lembrando que o CARA é o Lula (foi o Obama quem disse) já disseram pouco tempo atrás que a economia mundial ia bem, que o negócio era privatizar tudo e desregulamentar a economia e depois ficaram abestalhados com os próprios governos americanos e britânicos e outros governos europeus que no desespero, tiveram que nacionalizar bancos (o que fbrigou a Miriam Leitão - urubóloga da Globo, fazer terapia até hoje).

Eu sou mais Brasil. Não tem para ninguém, se continuarmos no caminho certo a partir de janeiro de 2011, o que é muito provável, meu filho Giordano Bruno que hoje tem 12 anos quando tiver minha idade 42 anos, vai se orgulhar de viver em um país de primeiro mundo.

Um comentário:

  1. com certeza todos nos esperamos que o nosso Brasil seja país de primeiro mundo, mas cada um com sua opiniao. agradeço pela resposta. Tatiany.

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