sábado, 15 de novembro de 2025

LANÇAMENTO DO LIVRO "AS MULHERES QUE EU VI: POESIA DE FLOR E DE FORÇA" DO AUTOR JEFFERSON NERY CORREIA


 



















Vídeo com a escritora Giselta Veiga

Vídeo com a escritora Dalva Helena de Medeiros

Vídeo com a escritora Aline Ambrósio

Vídeo com o autor da obra

Vídeo com o autor da obra

Vídeo com o autor da obra

O Blog do Maybuk desde 2008 tem como um de seus objetivos, eternizar momentos felizes e importantes da região em especial Campo Mourão e dentre eles estão os lançamentos de livros, os quais são ao mesmo tempo, nascimento, batizado, ritual de iniciação e fundamentalmente inspiração para outros/as escritores/as. Escrever é abrir-se para o mundo que pode admirar, odiar, julgar, invejar, copiar, ressaltar, divulgar o texto produzido.

A obra da presente publicação é intitulada “As mulheres que eu vi: poesia de flor e de força” do autor Jefferson Nery Correia, membro da AME – Associação Mourãoense de Escritores, lançado no dia 07 de novembro de 2025 as 19h30 na 4ª Festa Literária de Campo Mourão, no Auditório da Biblioteca Municipal Prof. Egydio Martello.  

O editor do Blog, professor Sérgio Luiz Maybuk não pode participar do lançamento, embora esteja curioso para ler a obra. Já havia feito a promessa ao autor, lá no Sesc, ocasião do lançamento do livro da Giselta Veiga que faria uma matéria sobre o lançamento. E aqui com fotos e vídeos fornecidos pela amiga e associada da AME Dalva Helena de Medeiros e também fotos e comentários externos obtidos junto ao próprio autor, o professor Maybuk fará as observações do evento.      

A escritora Giselta Veiga, sempre simpática e autêntica, fez a leitura da biografia do escritor Jefferson Nery Correia e dentre várias colocações importantes, destacou que ele é filho de imigrantes mineiros que vieram para o Paraná (o autor confidenciou para o Blog que os pais vieram para cá na década de 1950, pela “febre do café” e a promessa de ficarem ricos).

Ela destacou que ele é membro da AME – Associação Mourãoense de Escritores, nascido em Campo Mourão em 21 de fevereiro de 1978. Ressaltou que ele é casado com Simone e pai de dois filhos, Gabriel e Maria Clara.

Afirmou que ele passou a infância na cidade de Iretama-PR onde despertou o gosto pela literatura citando ali vários autores importantes, começou a ler os livros aos 8 anos de idade, com incentivo de professoras de português, aos 12 anos já começou a produzir os primeiros versos e com tempo passou a receber prêmios da região. Admirador das letras de  Renato Russo e Caetano Veloso (com um gosto assim só podia enveredar para a poesia) e encontrou na música outra fonte de inspiração poética. Posteriormente, cursou enfermagem na Unioeste de Cascavel e integrou turma de teatro (outra fonte inesgotável de sensibilidade para a escrita e a poesia).

Em outro momento a escritora Dalva Helena de Medeiros, com sua característica de sempre, para quem a conhece há anos, alternando seriedade com aquele sorriso e praticamente interpretando o prefácio que foi escrito pela Ana Paula, melhor amiga (31 anos de amizade) do escritor Jefferson.

Também brilhou no evento, a escritora Aline Ambrósio, com uma bela desenvoltura. Foi incumbida de ler uma poesia e antes da incumbência, demonstrou felicidade em relembrar que reencontrou o Jefferson no início do ano, na Associação Mourãoense de Escritores e especialmente, em saber que ela também serviu de inspiração ao escritor. Leu brilhantemente a poesia “A flor e a força de Angela”, a alma do livro segundo o autor.   

O próprio autor da obra fez o papel de cerimonialista e dentre outras falas e leituras, leu a poesia “As framboesas de Maria” que é uma homenagem a filha Maria Clara. Leu também posfácio do livro escrito pelo seu filho Gabriel. Na sequência, segue a publicação na íntegra do texto que o autor produziu e leu no evento:  

Boa noite a todos — e, especialmente, a todas as lindas e incríveis mulheres aqui presentes. Sim, pois em um lançamento de livro que fala do universo feminino, considero essencial que as mulheres recebam a devida saudação.

Em primeiro lugar, agradeço a Deus pelo dom da vida.

Agradeço também à minha família: à minha amada Simone e à minha filha-princesa Maria Clara, que são as principais inspirações deste livro; e ao meu filho primogênito, Gabriel, motivo de tanto orgulho para mim.

Gostaria de começar com uma fala de uma mulher que me fez refletir sobre o sentido deste livro: minha querida amiga e escritora Giselta Veiga. Tive o privilégio de prestigiar o lançamento de seu livro no ultimo dia 24 de outubro deste ano, e, em sua fala, ela se apresentou como “uma mulher feminista e feminina”.

Essa definição resume a alma da minha obra — poesias que falam de mulheres que podem e devem ser feministas, sem deixar de serem femininas. É nesse contexto que nasce o subtítulo do livro: poesia de flor e de força.

O projeto deste livro surgiu em um momento da minha vida em que viver havia se tornado um caos existencial. Foi então que, ao olhar pela janela, vi uma flor e uma força — a minha esposa, Simone.

Percebi, naquele instante, a importância imensa que ela tem na minha vida. E que eu tinha dezenas de poesias escritas para ela ou inspiradas nela. Simone é uma mulher singular — foi o anjo que trouxe de volta o sentido da minha existência. É bondosa, carinhosa, humilde e dona de uma força descomunal.

É uma mulher de fé, e foi por essa fé que escolheu seu caminho: servir para a Igreja Católica, não em busca de bens materiais, mas para levar o amor de Jesus e de Nossa Senhora aos que mais necessitam.

Minha amada é uma mãe-leoa. Cuidou — e cuida — de nossos filhos com amor e dedicação desde a gestação: amamentando, nutrindo e protegendo.

Para mim, ela é a mão que nunca, em hipótese alguma, soltou a minha — nem nos dias de escuridão, nem sob o sol de um lindo passeio à beira-mar.

Eu te amo.

Foi então que decidi: este seria um livro somente sobre mulheres.

O livro “As mulheres que eu vi” é fruto da minha experiência com o feminino — presença constante em minha vida.

Nasci cercado por mulheres: elas orbitavam a casa, os ambientes, as conversas, os livros, as novelas, os filmes.

Por razões que a vida nem sempre explica, não tive meu pai por perto. Em contrapartida, nasci de uma mulher e fui criado por uma mulher: minha mãe, dona Ivone Nery, que ocupava tudo.

Dona Ivone era um tipo singular de mulher. Na minha meninice, eu a via como “a Zorro”: fazia tudo o que podia — e o que não podia — para criar os filhos. Era linda, pintava as unhas de vermelho rebu, usava batom vermelho, era perfumada e sempre bem-vestida. Vaidosa, sim — mas também forte.

Andava a cavalo, tocava o gado no sítio, enterrava palanques na terra, dava ordens aos empregados. Gostava da política: acompanhava semanalmente as reuniões da Câmara de Vereadores, que tinha apenas uma mulher entre seus membros — sua amiga. Iam juntas para fiscalizar, reclamar, reivindicar e exigir.

Ela já se foi, mas a força da mulher que ela era está tatuada na minha memória.

Além de minha mãe, havia minhas tias, minha avó, a babá, as colaboradoras da loja de roupas de que minha mãe era dona, as funcionárias da casa, as amigas de minha mãe e as professoras que eu tanto admirava.

Mais tarde vieram as amigas e colegas — uma longa caminhada desde a infância e adolescência. Aqui eu falo da minha amiga-irmã Ana Paula, que gentilmente fez o prefácio do meu livro, uma mulher que escolheu tudo que seria e viveria intensamente, nunca aceitou ser padrão social feminino, eu e ela 31 anos de amizade e admiração.

Na faculdade de Enfermagem, eu era o único homem entre 39 mulheres. Depois de formado, trabalhei sempre em locais onde as mulheres representavam 90% das pessoas.

Escrevi também uma poesia-lamento para uma mulher de enorme bondade e humanidade, de fé soberana e carinho de mãe de todos — a querida tia-avó da minha esposa, Tia Léo.

E, claro, há as mulheres dos livros — escritoras e poetisas que me inspiraram: Helena Kolody, Cecília Meireles, Cora Coralina, Clarice Lispector, Adélia Prado, Conceição Evaristo.

E por que não citar também Sílvia Fernandes, Ana Ceola, Cleire Arcaim, Dalva Medeiros, Zilma Assad, Aline Ambrósio e todas as colegas e amigas da Associação Mourãense de Escritores (AME), da qual tenho orgulho de ser membro.

Mas, afinal, quem são as mulheres que eu vi?

Além de todas essas, vi também as que nasceram do meu imaginário — arquétipos das mulheres que cruzamos em todos os espaços e tempos.

Mulheres que se apaixonam que lutam que são frágeis, livres, às vezes tristes.

Mulheres reais.

Mulheres que eu amei e amo.

As mulheres precisam e devem ocupar todos os espaços possíveis. Elas são poderosas, inteligentes, competentes — e absolutamente necessárias para um mundo melhor.

Para encerrar, gostaria de ler a contribuição do meu filho Gabriel Morás Correia, que escreveu o posfácio do livro:

“Este livro é uma coletânea de poesias que homenageia, com delicadeza e intensidade, as muitas mulheres que passam por nossas vidas”.

Cada poema é dedicado a uma figura feminina marcante — amante, amigas, musas efêmeras ou eternas — todas vistas com um olhar que mistura admiração, amor, saudade e respeito.

Cada mulher que passa por nossa vida deixa rastros — às vezes suaves como a brisa, outras profundas como raízes.

Este livro é um gesto de memória e afeto.

Não se trata de retratar as mulheres como musas intocáveis ou figuras idealizadas, mas como presenças reais: luz e silêncio, presença e ausência, doçura e força.

As poesias que compõem este livro não têm a pretensão de dizer tudo, tampouco de resolver o que ficou suspenso no tempo.

São fragmentos sinceros de encontros que, mesmo breves, carregam densidade.

É possível que o leitor reconheça nelas algo seu — um olhar, uma lembrança, um nome que não se diz em voz alta.

O autor não escreve para exaltar, julgar ou explicar.

Escreve porque sente — e porque, ao escrever, transforma memórias em palavras que não se perdem.

“Há aqui uma forma delicada de gratidão: a poesia como moldura para aquilo que viveu e ainda vive dentro dele.”

Muito obrigado!

Só de ler esse belo texto do autor para o lançamento do seu livro já dá para ter uma ideia da sensibilidade poética dele.

Se você apreciar sua trajetória na biografia como descreveu a escritora Gilselta no início da publicação, vai aguçar sua curiosidade.

Se você acompanhar por um dos vídeos aqui, o prefácio escrito pela amiga Ana Paula e interpretado pela escritora Dalva, vai ter vontade de conhecer o autor.

Ou assistir outro vídeo aqui da publicação com a poesia“A flor e a força de Angela” interpretada pela escritora Aline, vai se encantar com o mundo poético do autor.

E ainda se tiver o privilégio de ler a poesia “As framboesas de Maria” que ele leu no lançamento e você leitor/a só terá o prazer se adquir o libro rsrs, (eu a recebi por mensagem),  você vai até ter uma inveja boa da sensibilidade do olhar do autor e quem sabe até para tentar escrever uma poesia também.

Eu não conhecia o autor, talvez tivesse o encontrado em algum local aqui por Campo Mourão, mas quando começou a participar das reuniões da AME, percebi de cara que era uma pessoa intensa tanto nas colocações quando em alguns textos que leu para nós. Depois o assisti, interpretando uma linda poesia selecionada no “Varal de Poesias” da Unespar em Campo Mourão, parecia um ator e hoje descobri que participou de peças de teatro.

Hoje me contou uma passagem triste, vou guardar para mim apenas. E contou uma passagem interessante “Meus pais são migrantes mineiros que vieram para o Paraná ... famílias de cidades vizinhas em Minas que não se conheciam mas compraram terras em Iretama... assim se conheceram  e se casaram aos 16 anos, mas só foram ter filhos depois de minha mãe fazer 35 anos (ninguém explica nem ela).

Fiquei pensando com meus botões, com essa demora da mãe, quase que não teríamos o prazer em conhecer o Jefferson e sua bela obra.  

Destaco que pelas fotos é possível perceber várias associadas da AME que marcaram presença no evento.    

Recomendo a leitura do livro dele e que acompanhe o autor no instagram @jeffersonnerycorreia para acompanhar quando ele declama poesias.         

 

 


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