domingo, 28 de outubro de 2018

POESIA "MINHA CASA" ESCRITA POR JOSÉ LUIS SILVA

O Blog do Maybuk é um incentivador de escritores e escritoras. Combinei com o escritor, poeta e ator mourãoense José Luis Silva simpatizante da Associação Mourãoense de Escritores - AME , que publicarei uma poesia dele todo domingo e assim os internautas começarão a semana pensando em poesia. E aí vai a poesia de número 18:


Hoje precisei refletir
Sobre a minha casa
Evidentemente foi
Tomada de metáforas
Construída dia a dia, mas
Não veio à consciência
Como foi tecida a base
De pó em pó? ou foi
Subitamente como um
Grito lançado ao vento
Agora depois de tudo
Sempre Imaginava ela
Pronta, pronta iria me
Deitar e acalmar o coração
Descubro que ela ruiu
Ou pior acho que ela
Nunca existiu, foi apenas
Um sonho, um sonho

Desses que a gente embala
Quando é criança, onde
Tudo tem o inicio, o meio
E o fim, gostaria tanto de
Continuar acreditando assim
Mas não dá, sabe porque?
A nossa casa metafórica
Reconstrói-se a cada manhã
E é demolida toda noite
É como um salto d’água
Onde cada queda
Mostra-se diferente
Porque as águas são
Outras; como é duro!
Ter consciência disso
E se atirar todos os dias
Destruindo e reconstruindo
A minha casa eterna.

A DUPLA FEMININA G-CLAN RAP DE CAMPO MOURÃO






Hoje de manhã, quando saí de casa para votar, armado com meu livro, encontrei a Bruna Camargo cantora de RAP aqui de Campo Mourão-Pr.

Ela é muito simpática e me disse que faz RAP com a amiga Ruany Francy e formam a dupla G-CLAN RAP.

Já fizeram apresentações em Campo Mourão-Pr, Maringá-Pr e Sarandi-Pr.

Explicou que o movimento desse estilo já existe há vários anos. E que elas tem um canal do You tube .

Ela me explicou o quanto a música a ajuda na sua vida pessoal e achei interessante.

Já conversei na Associação Mourãoense de Escritores - AME e pretendo convidar a dupla para se apresentar lá no próximo Sarau. Nos eventos da AME sempre tem jovens artistas se apresentando.

A seguir alguns links dos trabalhos de dela para quem desejar conhecer:

    

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

PAULO BETTI NA LUTA 38 ANOS DEPOIS

Eu tenho maior apreço por pessoas que lutam pelo bem comum e mesmo que passem muitos anos elas continuam firmes.
Hoje vi um vídeo e confesso que chorei de emoção e me trouxe uma recordação.
Em 1980 em tinha 12 anos e morava em Roncador-Pr, e a redemocratização estava começando no Brasil e algumas vezes por semana, apareciam no vídeo alguns artistas com uma camiseta vermelha de um tal PT - Partido dos Trabalhadores e um deles era o jovem ator Paulo Betti.
Hoje, 38 anos depois, o talentoso e bem sucedido ator Paulo Betti, sabedor de que a democracia brasileira vai para o lixo se o fascista Bolsonaro ganhar as eleições, foi ao metrô do Rio de Janeiro fazer campanha e virar voto. 
Dá orgulho de ver quando uma pessoa permanece firme e íntegra por´muitos anos seguidos.
CLIQUE AQUI para assistir
 

terça-feira, 23 de outubro de 2018

PROJETO CELEIRO CULTURAL MOURÃOENSE - 2ª ED. CEDOC
























































































No dia 19 de outubro de 2018, mais uma vez, tive o prazer de participar no Colégio Estadual Dr. Osvaldo Cruz - CEDOC , dirigido pela guerreira professora Rosemere Scheffer Hundsdorfer, do encerramento da 2ª Edição do Projeto Cultural "Celeiro Cultural Mourãoense. Evento que busca aprimorar a leitura e a escrita por meio das obras de escritores mourãoenses.

O projeto foi idealizado pela visionária professora Maria Soares Sampaio Pasquini, nesse ano com a grande parceria da professora Edna Sacramento e ainda estava lá, colaborando nos trabalhos a professora Leoni Alexandro.

Quem provocou o projeto no ano passado, foi o garoto Renan (que aparece na foto logo abaixo da lista de escritores feito a caneta ) ao lado da mentora professora Pasquini. No ano passado ele  falou para outro menino:"véio a professora fica mandando a gente só pesquisar coisas antigas de gente que já morreu".

A professora foi atingida por uma "flecha" e pensou, deixe comigo. Assim, depois de contatos  na Biblioteca professor Egydio Martello e "costuras" no Colégio, os alunos e alunas enviam cartinhas para que os/as escritores/as de Campo Mourão leiam e esperam a presença deles no evento.

Acredito também que isso aconteceu, porque o CEDOC é um exemplo de escola pública e cada vez que visito o estabelecimento e participo de algum evento, fico encantado.    Precisamos trabalhar e lutar duro, para que o ensino presencial permaneça, pois esse tipo de evento só é possível na referida modalidade.

Da mesma forma como no ano passado, novamente fui recepcionado por alunos na entrada do Colégio e para minha surpresa, dois meninos gritaram, --- Você é o cara do Blog, me senti importante pelo reconhecimento rsrs. 

A abertura do evento foi feita pela diretora do Colégio, que agradeceu a presença dos visitantes, enalteceu o sucesso do Projeto, salientando que já está sendo copiado por outros colégios, o que é muito bom. Depois a professora idealizadora do Projeto fez seu pronunciamento toda emocionada e finalmente a professora Edna Sacramento leu emocionada,  uma carta dos filhos do falecido escritor e ex-prefeito de Goioerê-Pr Antonio Bernardino de Sena Neto que escreveu vários livros. Ele faleceu em 2018,  mas chegou a ler as cartinhas dos alunos e teve um momento muito feliz por isso. Na carta  os filhos fazem referência à criação do Instituto Antonio Sena que irá publicar obras literárias . O projeto Celeiro o homenageou com um banner que aparece aqui na publicação da matéria.

Dos/as convidados/as para o evento vários/as apareceram, emocionaram os alunos e as alunas e também se emocionaram. Estavam Luciana Demetke Coordenadora da Biblioteca Pública Egydio Martello, o Blogueiro Sérgio Luiz Maybuk para fazer a cobertura jornalística e falar da Unespar e especialmente do Curso de Letras, Fátima Saraiva escritora e presidente da AME - Associação Mourãoense de Escritores, os/as escritores/as Gilson Mendes de Gois, Antonio José, Oswaldoir  Capeloto, Osvaldo Broza, Ana Aparecida Ceola Ribeiro, Prescila Alves Pereira, Benedita Cristófoli, Giselta Veiga, Zilma Assad, Cristina Schreiner Mota, Silvia Novaes Fernandes, Fabíola Eliza Araújo e Dalva Helena de Medeiros. 

Teve encenação de alguns escritos pelas alunas Júlia, Ketelyn, Isabelle e Carol. Toda encenação teatral é sempre um momento raro, porque para mim é uma das mais belas artes. As meninas fizeram sua parte e abrilhantaram o encerramento do Projeto.     

O contato com os/as alunos e alunas se deu em dois momentos. No primeiro, quem recebeu as cartinhas, citava os nomes, e a garotada se apresentava, uns mas tímidos outros menos, causando um contato quase mágico de ser ver aqueles e aquelas futuros  e futuras escritores e escritoras, dialogando  com os veteranos.

Nas falas dos veteranos para testemunhar o que os levou escrever ou o que a escrita produz neles ou nelas, algumas observações. Alguém que se descobriu na escrita em um evento parecido com o Celeiro Cultural, alguém que disse que nasceu para escrita sem definir um período exato, alguém que ainda não escreveu um livro inteiro, mas bons pedacinhos de vários, alguém que escreveu realidade e romance, alguém que foi contestada pela professora, como vai escrever um livro se nem eu escrevi? A provocação já produziu quase uma dezena de livros, alguém carregado de emoção que escreveu poesia sem perceber e que saiu da depressão quando voltou a escrever, alguém que vê uma singela cena de criança e logo sai  escrevendo, alguém que ficou surpresa pelo aluno escolher sua poesia, alguém que diz só ter habilidade para contar a história dos outros, alguém que teve suas poesias avaliadas como "muito fracas" e que um bom tempo depois, teve  as mesmas poesias avaliadas "como muito boas" e deslanchou a escrever.  Para os pequenininhos que estavam na plateia, o que  puderam perceber que todos ali tinham derrotas e vitórias e todos falavam, eram de carne e osso e principalmente, estavam vivos.

Depois do primeiro encontro que acabei de relatar, nesse ano na segunda edição teve uma valiosa inovação. Cada escritor ou escritora se dirigia a uma sala e lá estava seus autores das cartinhas esperando para o bate papo, que com certeza será inesquecível para as duas partes. É só olhar pelas fotos o momento mágico.   

Eu volto a enaltecer a professora Maria Pasquini e pedir novamente que o projeto seja submetido aos concursos que existem pelo Brasil, ele precisa ser destaque, porque vai produzir uma lavoura de novos escritores e escritoras.