terça-feira, 21 de novembro de 2017

SARAU LITERÁRIO DA AME - NOVEMBRO DE 2017






















Neste sábado, 18 de novembro de 2017, a AME, Associação Mourãoense de Escritores (Coordenação  Fátima Saraiva e Fátima Braga)  em conjunto com a Biblioteca Pública Biblioteca Municipal Egydio Martello, (Coordenação Luciana Demetke)  promoveu um Sarau Literário, com expressões em forma de poesias, poemas, prosas e músicas. Foram horas agradáveis com bons textos de autoria dos próprios participantes ou de autoria de grandes autores.
Fotos da publicação cedidas pela professora Dalva Helena de Medeiros
Eu tive o prazer de assistir todo o evento e fazer uma pequena intervenção. Tal qual após o Sarau do mês passado fiz um relato em versos, considerando algumas frases e situações lá ocorridas
Somente que estava lá vai entender. Um motivo para você internauta participar do próximo e entender a brincadeira poética.
 
Segue meu relato:
 
ELES E ELAS ENVOLTOS EM POESIA

Era um sábado de novembro de dois mil e dezessete .
Ao meio dia uma tromba d´água de alagar o quintal.
As três da tarde, até mesmo para quem duvidasse,
O sol saiu bonito e com o povo da AME eu fui para o Sarau.

No centro da sala um cenário  com um tapete no meio.
Aos poucos chegavam eles e elas quando de repente.
Alguém de vestido vermelho avisou que quase todo mundo veio,
Aí o silêncio impera para abertura que faria a presidente.

Ela declamou um texto que publicado teria sido o primeiro.
Ele por sua vez, contou causos e questionou o nome guarda-chuva,
quando  pequeno sem nunca ter visto o objeto ficou meio sorrateiro,
Se guardasse chuva deveria ser como uma caixa que guardava.

Ele falou sobre crônicas e que está escrevendo livro com elas.
Ele por sua vez, tal qual o guarda-chuva questionou o nome ventilador.
Se ventila a dor, deveria melhorar os machucados das pernas.
Percebe-se que além de poeta e contador de causos é um grande questionador.

Dali para frente a coisa seguiu firme e teve muita intervenção.
Ela de cabelo colorido que prefere texto de melancolia.
Ele cantou  Renato Russo e a dançarina, que de nós cortou o coração.
Ela cantou Paula Fernandes e o menino tocou no violino, Aleluia.    

Cantou-se, é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.
E a estreante Aline declamou concluindo “com certeza encantadora”  
Era dela que falava e quem contraria precisa ir logo para o divã.
E o radialista de memória incrível declamou de forma arrasadora.

Ele dos cabelos compridos mostrou a poesia do cidadão comum.
Ela falou das mulheres discriminadas da América Latina.
Ele estreante na intervenção falou de racismo, mas fez algo incomum.
Desprevenido emprestou óculos da premiada poetisa.

A meiga tesoureira da AME foi corajosa e declamou sem  a cola.
A outra meiga trouxe a mãe escritora e na crônica falou dos grandes papos.
A outra por sua vez que trouxe a filha, veio para ver o que no Sarau se fala.
E ela que é mãe e filha, declama, discute o racismo e ainda tira fotos.

A mineira agora mourãoense, declamou as marcas registradas das Minas Gerais.
Falou da neta branca na África, misturada com as crianças, sem discriminação.
Declamou a poesia do menino que era chamado “de cor” e por isso fez mais,
Disse que o tal “branco” conforme as sensações,  muda de coloração.    

Duas juntas declamaram “Me gritaram negra” da peruana Victoria Santa Cruz.
Poesia fortíssima de resistência, transformar a dor e a discriminação em alegria.
Foi mais uma tarde deliciosa em que cada intervenção é algo que reluz.
Crônicas, contos, música, ele e elas envoltos em poesia.     
 


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