Neste sábado, 18 de novembro de 2017, a
AME, Associação Mourãoense de Escritores (Coordenação Fátima Saraiva e
Fátima Braga) em conjunto com a Biblioteca Pública Biblioteca Municipal Egydio Martello, (Coordenação Luciana Demetke)
promoveu um Sarau Literário, com expressões em forma de poesias,
poemas, prosas e músicas. Foram horas
agradáveis com bons textos de autoria dos próprios
participantes ou de autoria de grandes autores.
Fotos da publicação cedidas pela professora Dalva Helena de Medeiros
Eu tive
o prazer de assistir todo o evento e fazer uma pequena intervenção. Tal qual após o Sarau do mês passado fiz um relato em versos, considerando algumas frases e situações
lá ocorridas
Somente que estava lá vai entender. Um motivo para você internauta participar do próximo e entender a brincadeira poética.
Segue meu relato:
ELES
E ELAS ENVOLTOS EM POESIA
Era um sábado de novembro de dois mil e
dezessete .
Ao meio dia uma tromba d´água de alagar
o quintal.
As três da tarde, até mesmo para quem
duvidasse,
O sol saiu bonito e com o povo da AME eu
fui para o Sarau.
No centro da sala um cenário com um tapete no meio.
Aos poucos chegavam eles e elas quando
de repente.
Alguém de vestido vermelho avisou que
quase todo mundo veio,
Aí o silêncio impera para abertura que faria
a presidente.
Ela declamou um texto que publicado
teria sido o primeiro.
Ele por sua vez, contou causos e
questionou o nome guarda-chuva,
quando pequeno sem nunca ter visto o objeto ficou
meio sorrateiro,
Se guardasse chuva deveria ser como uma
caixa que guardava.
Ele falou sobre crônicas e que está
escrevendo livro com elas.
Ele por sua vez, tal qual o guarda-chuva
questionou o nome ventilador.
Se ventila a dor, deveria melhorar os
machucados das pernas.
Percebe-se que além de poeta e contador
de causos é um grande questionador.
Dali para frente a coisa seguiu firme e
teve muita intervenção.
Ela de cabelo colorido que prefere texto
de melancolia.
Ele cantou Renato Russo e a dançarina, que de nós cortou o
coração.
Ela cantou Paula Fernandes e o menino
tocou no violino, Aleluia.
Cantou-se, é preciso amar as pessoas como
se não houvesse amanhã.
E a estreante Aline declamou concluindo “com
certeza encantadora”
Era dela que falava e quem contraria
precisa ir logo para o divã.
E o radialista de memória incrível declamou
de forma arrasadora.
Ele dos cabelos compridos mostrou a poesia
do cidadão comum.
Ela falou das mulheres discriminadas da
América Latina.
Ele estreante na intervenção falou de
racismo, mas fez algo incomum.
Desprevenido emprestou óculos da premiada
poetisa.
A meiga tesoureira da AME foi corajosa e
declamou sem a cola.
A outra meiga trouxe a mãe escritora e na
crônica falou dos grandes papos.
A outra por sua vez que trouxe a filha,
veio para ver o que no Sarau se fala.
E ela que é mãe e filha, declama,
discute o racismo e ainda tira fotos.
A mineira agora mourãoense, declamou as
marcas registradas das Minas Gerais.
Falou da neta branca na África,
misturada com as crianças, sem discriminação.
Declamou a poesia do menino que era
chamado “de cor” e por isso fez mais,
Disse que o tal “branco” conforme as
sensações, muda de coloração.
Duas juntas declamaram “Me gritaram
negra” da peruana Victoria Santa Cruz.
Poesia fortíssima de resistência,
transformar a dor e a discriminação em alegria.
Foi mais uma tarde deliciosa em que cada
intervenção é algo que reluz.
Crônicas, contos, música, ele e elas
envoltos em poesia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
LEIA COM ATENÇÃO!
Este espaço é para você fazer o seu comentário sobre a postagem ou mesmo sobre o blog como um todo. Serão publicados todos os comentários a favor ou contra, desde que não contenham textos ofensivos.
Os comentários serão publicados até 24 horas após o envio.
Se você NÃO quiser se identificar, marque o seu perfil como ANÔNIMO e envie. Se você QUISER se identificar, marque o seu perfil como NOME/URL, escreva o seu nome no campo NOME e deixe o URL em branco e envie.