segunda-feira, 31 de maio de 2010

COMENTÁRIOS ACADÊMICOS

Pedi aos meus alunos do 2º de economia - disciplina economia política - para que escrevessem um texto com comentários sobre o primeiro bimestre. Alguns textos ficaram bem interessantes outros menos, mas vou publicar todos com o passar dos dias de forma aleatória, para que seja bem democrático.

ACADÊMICA: KÁTIA J. DA SILVA

Ao pensar em economia, quando escolhi esse curso, tinha uma visão totalmente diferente da que já conquistei até agora, é essencialmente interessante esse processo que se dá entre aluno e professor, a cada ano e cada um se identifica com certos pontos. Nesse me deparei com uma matéria e assuntos nos quais era extremamente leiga e que me fizeram ter uma concepção de mundo diferente.

No primeiro dia de aula sobre economia política confrontei-me com uma total ignorância a respeito do que se tratava esquerda e direita e essa disciplina e o qual envolvidas, mesmo sem perceber, as pessoas estão.

No decorrer das aulas e debates percebi uma realidade a qual meus olhos não enxergavam claramente. Não há como se pensar em economia política sem se ter em mente as desigualdades, isto me assombrou, até então quão insensível eu era. Meus problemas se resumiam futilmente em qual roupa usar, qual sapato comprar e enquanto isso existem milhares de pessoas passando ou até morrendo de fome, frio e em condições desumanas.

Os conhecimentosa que havia adquirido até aqui eram mais ligados a conceitualização, confesso que pensei em desistir, no entanto e agora recordo e utilizo um exemplo posto em sala "a colocação de um professor pode mudar sua vida, mesmo que não propositalmente"

Enfim, considerando o que foi trabalhado nesse bimestre poderia concluir que esse alterou minha vida pessoal, a maneira de como via o curso e a profissional que buscarei ser.

ACADÊMICO: JOSÉ AROLDO DOS SANTOS

Primeiramente deve-se salientar que economia política, ao primeiro contato, teve pouca utilidade à minha vida pessoal, acadêmica e profissional, porém, ao me apronfundar mais neste assunto, através dos debates, das aulas e da leitura de alguns artigos relacionados, devo reconhecer que o impacto desta matéria na minha vida foi maior que o imaginado.

Pude notar, principalmente, mudanças de opinião, não apenas por meu professor ser de esquerda "roxo", mas porque, todas aquelas citações e aulas realmente, utilizando a linguagem bíblica, tive as "escamas de meus olhos" arrancadas e pude ver que o modelo político ao qual fui criado, não é tão maravilhoso assim, o modelo ao qual me refiro é o da direita, que por tanto tempo meus pais e avós defenderam e ainda defendem.

Passei a ver um pouco mais, não completamente, como disse Fernando Nogueira da Costa, no material estudado em sala, com o coração (referente à esquerda).

Outro positivo a ser notado após este contato, foi a defesa, muitas vezes com "unhas e dentes", da minha opinião, o que antes era difícil de se convencer em meus debates, agora torna-se, gradualmente, mais convincente , se antes defendia que a distribuição de renda deve ser mais igualitária, simplesmente porque "sim", hoje tenho argumentos não só para defender esta opinião, mas para defender quem a faz valer.

Devo confessar que na prática falho em não aplicar todos os conceitos que adquiro em sala de aula, mas reconheço que posso, e estou, me voltando mais crítico daquilo em que analiso, seja participando, ouvindo ou vendo apenas como expectador, isto se deve , em grande parte ao conhecimento e a vivência que estou tendo em sala de aula.

Não posso dizer que me tornei uma pessoa de esquerda, mas saí da posição de conforto que vivia e passei a me incomodar com, por exemplo, o noticiário, as doutrinas pregadas pelas emissoras que nos tornam "escravos" com apenas uma opinião a seguir, estou me tornando mais livre, através da minha opinião.

ACADÊMICA: LORENA DALISSA QUADROS

Tendo em vista as análises discutidas, associamosas medidas que são aplicadas em nosso país com ass teorias citadas durante o corrente bimestre.

Analisando a economia política pude perceber que é uma linha diferente do contexto que imaginava ser, após algumas aulas notei o quão fundamental é compreender sobre cota, é importantíssimo que tenhamos estas visões de direita e esquerda para que possamos em nossa vida profissional aplicar a quel seja mais coerente.

Pude notar que até mesmo para solucionar um problema comum como o orçamento da família é necessário aplicá-la, pois deve se levar em conta o tempo em que estamos vivendo, a condiçãodos integrantes familiares, entre outras variáveis, para que seja solucionado tal problema.

Foi possível a melhor compreensão das políticas aplicadas em nossa sociedade, os quais muitas vezes são criticadas por falta de conhecimento dos ideais políticos de determinados partidos ou governantes.

Enquanto acadêmica observei que a ciência econômica pode ser sim muito utilizada, porém ela é "incompleta" pois suas análises isoladas, o que para um economista não é muito interessante. Já em economia política as análises se tornam mais completas pois as pesquisas vão além dos números e gráficos, elas investigam a sociedade, tendo em vista que esta é formada por seres humanos e nós mudamos constantemente, a economia política torna a ciência mais adequada para analisarmos e ajudar a compreender os problemas sociais.

Fica claro para mim que a economia política, surgiu para que nós possamos resolver os problemas socioeconômicos existentes em qualquer lugar, em qualquer situação, independentemente do tempo, das quantidades e diferenças que existam . É ela que nos dará os meios para finalizar as ações políticas.

MARIA LUIZA DA FECILCAM NO EGITO

MARIA LUIZA CARNEIRO (AGENTE UNIVERSITÁRIA DA FECILCAM) NO EGITO - CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR
A TERCEIRA DA ESQUERDA PARA DIREITA - MARIA LUIZA CARNEIRO (AGENTE UNIVERSITÁRIA DA FECILCAM) NO EGITO - CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR
A SEGUNDA DA ESQUERDA PARA DIREITA - MARIA LUIZA CARNEIRO (AGENTE UNIVERSITÁRIA DA FECILCAM) NO EGITO - CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR

Hoje 31 de maio de 2010, tive um imenso prazer de receber um email da Maria Luiza Carneiro, que é agente universitária da Fecilcam e está curtindo a sua merecida licença que tem direito.

No final de 2009, quando tive a honra de ser convidado pelo Diretor professor Antonio Carlos Aleixo, para assumir a recém criada Secretaria Geral, tive um apoio extraordinário da Maria Luiza, que por anos auxiliou vários diretores na função de chefia de gabinete.

No email que ela me mandou, diz que "O Egito é surpreendente e maravilhoso. Superou minhas expectativas, é uma viagem à civilização milenar cuja cultura ímpar nos faz repensar na existência de um povo que ultrapassa em muito a tecnologia e evolução do século XXI".

Maria Luiza, curta seu passeio que nós ficamos aqui trabalhando. Quem sabe no futuro eu e meus internautas possamos curtir a beleza do Egito também.

domingo, 30 de maio de 2010

ARTIGO DE MARCOS COIMBRA

Resolvi publicar o artigo escrito pelos sociólogo e Diretor Presidente do Instituto Vox Populis Marcos Coimbra que trata da campanha presidencial deste ano.

Marcos Coimbra - Correio Braziliense - 30/05/2010


Foi nas oposições que os efeitos da manutenção da popularidade do governo em patamares tão altos foram mais profundos. Como ser contra um presidente que três, em cada quatro pessoas, consideram ótimo ou bom? Como fazer oposição a alguém aprovado por 85% dos eleitores?

O tamanho da aprovação popular do governo Lula é impressionante, pelo que conhecemos em nossa curta história como democracia moderna. Pode ser que em outros países — como alguns de nossos vizinhos — números iguais aos seus não causem tanta impressão. Aqui, no entanto, deixam todos boquiabertos.

Eles não chamam atenção apenas pela magnitude, mas, também, pela permanência em níveis elevados. A rigor, não param de crescer desde quando Lula enfrentou seu inferno no segundo semestre de 2005, nas profundezas do mensalão. Subiram durante o processo eleitoral de 2006, o que foi considerado natural, pois decorria da superexposição trazida pela campanha, mas não cederam em 2007, mesmo sem a mídia excepcional. Do começo de 2008 em diante, o que era bom melhorou, e a popularidade do governo entrou em rota ascendente. Nela, prossegue atualmente. Ao contrário de seus antecessores, que terminaram pior (ou muito pior) do que quando começaram, parece que Lula vai continuar subindo até sua despedida em dezembro.

Esses altos níveis de aprovação tornaram-se o mais importante elemento do jogo político brasileiro e produziram efeitos em todos os lados. Dentro da coalizão governista, acentuaram a característica centrípeta de nosso sistema político, aumentando a concentração do poder no seu núcleo. A candidatura de Dilma é a manifestação mais visível desse fenômeno. Nas relações internacionais, funcionaram como um endosso da liderança pessoal do presidente, fazendo com que fosse percebido, mundo afora, como uma unanimidade nacional. Seus interlocutores externos passaram a se relacionar com ele a partir dessa premissa.

Mas foi nas oposições que os efeitos da manutenção da popularidade do governo em patamares tão altos foram mais profundos. Ela desnorteou os adversários, deixando-os sem discurso e sem capacidade de reação. Como ser contra um presidente que três, em cada quatro pessoas, consideram ótimo ou bom? Como fazer oposição a alguém aprovado por 85% dos eleitores? Com exceção de algumas lideranças (mais corajosas ou mais inconsequentes, conforme o ponto de vista), as bases dos partidos de oposição — seus líderes locais, vereadores e, especialmente, prefeitos —, bem como muitos deputados e até alguns senadores, preferiram não se desgastar com seus eleitores, evitando polêmicas e embates com o presidente. Com isso, só reforçaram a tendência ascendente de sua aprovação.

Neste momento, quando entramos na reta final do processo sucessório, os impasses vividos pela oposição nos últimos anos estão se tornando mais agudos. Se foi difícil opor-se ao governo, como convencer os eleitores de que é preciso mudar? Se a grande maioria de seus parlamentares, prefeitos, governadores, fez questão de não radicalizar em um discurso oposicionista ao longo de todo o segundo mandato de Lula, seria agora que o assumiriam?

Veja-se o caso de Serra. Nos quatro anos em que conviveu com Lula como governador de São Paulo, sempre se apresentou como parceiro do governo federal, com desavenças apenas pontuais. Houve, até, quem dissesse que Lula ficaria tranquilo se fosse ele o vencedor este ano, tão boas eram suas relações e tão profundos seus laços de amizade. Quem quis se iludir chegou a pensar que, para Lula, perder para Serra não era perder.

E o que vai acontecer na campanha este ano? Salvo o ex-governador, obrigado a desempenhar o indesejável papel de adversário de Lula, a maioria dos candidatos dos partidos de oposição vai querer tudo, menos arriscar-se à derrota, confrontando os sentimentos dos eleitores. Aqui ou ali, quem concorre ao Legislativo talvez fale claramente que é contra Lula e o que ele representa. Mas não esperemos o mesmo dos candidatos a cargos majoritários, aos governos estaduais e ao Senado. Quem precisa de maiorias não vai se indispor com elas.

Enquanto aumentam as pressões, vindas dos núcleos de oposição ao governo na sociedade e na mídia, para que Serra diga, sem rodeios, o que pensa, ele reluta. Tem consciência de que, fazendo isso, suas chances na eleição, que já são pequenas, podem desaparecer.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

TESTE

ATRIZ MARISA ORTH (MESTRE DE CERIMÔNIA) E MUHAMMAD YUNUS (BANQUEIRO DOS POBRES E PRÊMIO NOBEL DA PAZ EM 2006 - CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR
PAULA DE ASSIS FERNANDES (JORNALISTA DO CORREIO DO CIDADÃO (CM), FERRÉZ (ROMANCISTA, CONTISTA E POETA) E LARISSA MENEZES (JORNALISTA DA FECILCAM) - CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR

EM PÉ: JORNALISTA ANDRÉ TRIGUEIRO
DE TERNO: RAINER NOLVAK (QUE LIMPOU A ESTÔNIA EM 1 DIA, MOBILIZANDO 40 MIL PESSOAS.
DE TÊNIS: TIÃO SANTOS (PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DO ATERRO METROPOLITANO DO JARDIM GRAMACHO - RJ (QUE FALOU SOBRE OS PROBLEMAS DA COLETA RECICLÁVEL NO BRASIL - CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR

MESA DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ, SUB TEMA: RESPONSABILIDADE DA COMUNICAÇÃO COM RELAÇÃO À SOCIEDADE E O IMPACTO DAS REDES SOCIAIS NOS NOVOS MODELOS DE COMUNICAÇÃO.
DA ESQUERDA PARA A DIREITA: RIGOBERTA MENCHÚ TUM, LUCIAN TARNOWSKI, GOG, DÉBORA GARCIA, VINCENT DEFOURNY, GILBERTO PUIG MALDONADO, MONA DORF (MEDIADORA) - CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR

A nossa jornalista Larissa Menezes da Fecilcam participou de um evento importantíssimo no Rio de Janeiro - Rj e eu pedi a ela que escrevesse para o meu Blog a experiência.

Comunicação e Sustentabilidade nas mãos, e o sentimento de mudar o mundo

III Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade (http://comunicacaoesustentabilidade.com/2010/ ) – Rio de Janeiro

“O caos que vive a humanidade, o caos que vive a humanidade”. Esta frase foi usada com frequência pelos palestrantes do fórum. Falando assim, em humanidade, a coisa nos parece distante. Na cidade grande esse caos é mais visível, as favelas são maiores, tem mais gente dormindo na rua. Nossa realidade, Campo Mourão, mesmo que deficitária, mesmo com uma desigualdade social gritante, é mais amena. Somos menores, porém, ainda demasiadamente necessitados das mudanças que foram propostas no fórum, então, fica aqui a minha colaboração, a pedido do professor Maybuk, de dois dias de intensa disseminação e absorção de conhecimento. Rabiscos de ideias e vontades que devem ser divulgadas:

“Existem dois tipos de negócios: o de ganhar dinheiro e o de mudar o mundo” - Muhammad Yunus

Muhammad Yunus é homem pelo qual me apaixonei, tanto pela sua simplicidade quanto pela sua genialidade. Yunus é o cara. Ganhador do prêmio Nobel da Paz em 2006, ele é o idealizador do Banco dos Pobres, é um dos protagonistas na luta para erradicar a pobreza no mundo, por meio do micro-crédito – termo que ele próprio inventou. Ele encanta, porque tem uma visão e uma prática socialmente responsável acerca do mercado empresarial.

Seu banco empresta dinheiro sem juros. “Se você pega 10 meus, você me devolve os mesmos 10”, afirmou. O Banco dos Pobres não exige garantias legais, não aceita empréstimos de governos, os clientes são visitados em suas casas. É propriedade do povo. A população de Bangladesh é o exemplo dos bons resultados. Yunus comentou que muitas crianças de famílias pobres conseguiram chegar à universidade através do micro-crédito, ele também garante que várias comunidades miseráveis conseguiram sustentabilidade através do banco.

Perguntado sobre o programa bolsa família, Muhammad disse que “é bom, mas é preciso dar condições aos que integram o programa”. Ele sugere que o bolsa família seja transformado em empreendedorismo social.

“Existem dois tipos de negócios: o de ganhar dinheiro e o de mudar o mundo”, salienta, afirmando que num futuro próximo haverá uma espécie de museu da pobreza, onde levaremos nossos filhos para mostrar o que é a pobreza, pois até lá ela estará erradicada. A ideia de Yunus é brilhante, e pelo que parece sua aplicação também. Seus conceitos ainda são poucos divulgados, conheci um acadêmico de economia da Unioeste que está produzindo um TCC acerca do tema, sobre empresas sociais, um dos poucos estudos, se não for o único na área, no Brasil.

“Será que a comunicação vai continuar sendo entendida por pessoas que têm mais de 1500 palavras em seu dialeto?” - GOG

Também, o rapper GOG me chamou a atenção. Desconhecia-o. Altamente perspicaz, GOG é da periferia do Distrito Federal, segundo o próprio, é “fruto de uma diáspora africana”. “Será que a comunicação vai continuar sendo entendida por pessoas que têm mais de 1500 palavras em seu dialeto?”, indagou em defesa de uma comunicação mais universal, menos elitista. Em poucas palavras, o rapper que também é poeta, puxou a orelha dos comunicadores sociais que estavam no fórum, defendo a propagação de mais informação e menos notícia.

“Como é possível alguém pegar o diploma, colocar na moldura e sair analfabeto ambiental?” – André Trigueiro

O jornalista André Trigueiro, da Globo News, fez bonito. Abordou o termo sustentabilidade, apontando soluções práticas para o lixo brasileiro, bem como sua termologia. “O Brasil se encontra na pré-história dos resíduos sólidos”, afirmou, explicando que faltam projetos, políticas públicas que deem conta do lixo das cidades de forma que cause menos impacto ambiental.

O jornalista criticou a vulgarização do termo sustentabilidade. “Os colegas publicitários brincam com a palavra sustentável, essa palavra merece respeito, seriedade”, destaca, citando exemplos como o Banco Bradesco, BNDS, Petrobras, Vale, entre outros, que “tiram casquinha do termo sustentabilidade para se afirmar num mundo que descobriu no termo sustentabilidade um valor”, mas que na prática acabam não sendo nada sustentáveis. “Então, um banco se diz sustentável, uma universidade se diz sustentável”, ironiza a banalização da palavra.

Sobre a comunicação, André acredita na informação que transforma e nos seus agentes: jornalista, comunicadores, professores, que devem apontar rumos, perspectivas, incentivar a “pegada ecológica”. “Este assunto é abordado perifericamente nas universidades. Como é possível alguém pegar o diploma, colocar na moldura e sair analfabeto ambiental?”.

Acerca da econômica e sustentabilidade ele atenta para os prejuízos de um crescimento econômico desenfreado que não combina com um desenvolvimento sustentável. Lembrou da China que resolveu desacelerar seu crescimento, porque a longo prazo o prejuízo ambiental seria gigante. Também concordou que o consumo demasiado prejudica o meio ambiente.

“O Banco Mundial estima que 20% da humanidade consuma aproximadamente 80% dos recursos, portanto os grandes problemas ambientais da atualidade estão vinculados a padrões de consumo insustentáveis concentrados no hemisfério norte e em ilhas de prosperidade, como Leblon”, alertou, fazendo referência ao bairro mais rico do Rio de Janeiro.

“Eu acredito que ter sustentabilidade, auto-gestão, é fazer do seu meio algo não exploratório. Você pode fazer uma coisa com dignidade” - Ferréz

A questão da desigualdade social também dominou o discurso do escritor e rapper Ferréz. Morador do Capão Redondo, periferia de São Paulo, Ferréz fundou a 1DASUL (nome vem da idéia de todos sermos 1, na mesma luta, no mesmo ideal, por isso somos todos 1 pela dignidade das periferias), uma marca própria do bairro produzida pelos moradores do Capão. A marca, que fabrica desde roupas até chaveiros, hoje, é uma resposta do Capão Redondo e outras áreas para toda violência que nele é creditada, fazendo os moradores terem orgulho de onde moram e lutarem para um lugar melhor, com menos violência e mais esperança”.

Gozador, Ferréz contou que nunca entendeu o ritmo da favela. “Eu nunca entendi porque que o cara comprava sunga, se não tinha praia. ‘Olha esse shorts aqui, seca em duas horas’”, brinca, afirmando que o pessoal comprava produtos caríssimos por causa de uma determinada marca, mesmo que nunca usassem tal produto, mesmo sem utilidade nenhuma. Foi aí que ele resolveu estudar as marcas.

Observou a maneira como os produtos das grandes marcas eram feitos, sem grandes tecnologias ou maiores empreendimentos, e através da exploração. “A marca que você usa tumultua, ela agride, ela decepa, ela mata”, ressaltou. “Você saber a procedência de tudo que você usa também é compromisso, é compromisso social e com você mesmo”. Então resolveu criar uma marca para o Capão. “Eu acredito que ter sustentabilidade, auto-gestão, é fazer do seu meio algo não exploratório. Você pode fazer uma coisa com dignidade”, frisou.

Ferréz relata que o menino periferia paga caro na camiseta que a mãe dele costura no barracão da favela só porque tem a logo da marca X. Paga pelo preço da marca, o preço da ‘inserção social’, já que para eles esses produtos ‘abrem portas’.

“Eu entendo o cara da comunidade, porque o cara quer ser alguém melhor. Ele vê todo dia na televisão loiro, olho azul, cabelo alisado, padrão europeu. ‘Pô eu quero ser isso’. Daí ele chega perguntando como que ele faz para alisar o cabelo, para ter olho azul. ‘Você é preto cara’, eu digo. Então o cara só se sente feliz com um tênis de R$500,00”.

“O pobre tem autoestima baixa, não tem ninguém mais que odeia o pobre que o próprio pobre”, explicou. Ainda, sobre as etiquetas que enlouquecem os jovens, Ferréz falou que o brasileiro tem nojo do que é brasileiro e contou que a 1DASUL demorou para dar certo, principalmente porque os moradores do Capão Redondo tinham vergonha de serem de onde eram, da periferia. “Um povo sem identidade é um povo morto, um povo cadáver”, declarou.

Ferréz também falou sobre a editora independente que montou para vender livros mais baratos. Ele conta que não adianta fazer palestra na Feben e depois oferecer um livro de R$ 40,00. “Isso é um tiro intelectual na cara dos caras”, destacou. “A gente quer popularizar a literatura. Quer que a nossa obra seja como tubaína tuti-fruti, como o refrigerante Dolly, que todo mundo pode tomar. A gente quer prostituir a porra, prostituir tudo para que você tenha acesso”, finalizou.

Eu poderia relatar mais, e enumerar mais projetos, mais ideias, mais ações, mas ficaria cansativo. Para aqueles que se interessaram entrem no site http://comunicacaoesustentabilidade.com/2010/palestrantes. Acredito que os assuntos tratados sejam altamente relevantes aos professores e estudantes da Fecilcam, que podem reverter tais ideias em práticas, seja em pesquisa ou extensão. A comunidade em geral também deve estar atenta aos temas, principalmente na hora de votar, preocupar-se com as propostas políticas que vão ser expostas neste ano, ano eleitoral.






quinta-feira, 27 de maio de 2010

BRASIL TEM A MENOR TAXA DE DESEMPREGO DESDE 2002

A economia brasileira continua "bombando". Agora saiu a pesquisa sobre o desemprego e apontou a menor taxa desde 2002. Contra fatos não há argumentos. CLIQUE AQUI para ler a matéria.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

SEGUNDO O IPEA, O INVESTIMENTO PÚBLICO EM 2009 FOI O MAIOR EM 15 ANOS

Excelente notícia divulgada pelo IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada atestando que em 2009 o investimento público brasileiro foi o maior nos últimos 15 anos, ou seja, 4,38% do PIB. Em economia aprendemos que quanto maior o investimento, maior o emprego, a renda e evidentemente o bem estar social. CLIQUE AQUI para ler a matéria.

ELEIÇÃO SE GANHA NO VOTO

Depois das últimas pesquisas eleitorais que indicam a Candidata Dilma (que nunca disputou uma eleição) 37% e Serra (que foi prefeito, governador, senador e candidato a presidente uma vez) com 37% e ainda que na pesquisa espontânea (aquela em que o eleitor diz em quem vota, antes de ver os nomes dos candidatos) Dilma vence Serra por 19% a 14%, sem contar os votos daqueles que votam no candidato do Lula, mas que não sabem que é a Dilma, o percentual subiria para 28%, ou seja, o dobro, começa a surgir a única alternativa para a grande mídia, a oposição e uma parte do judiciário que parece tomar partido: Tentar impedir que Dilma seja candidata, ou se ela ganhar que não assuma. CLIQUE AQUI para ler matéria.

OCDE ELEVA PREVISÃO DE CRESCIMENTO PARA O BRASIL

A OCDE- Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico eleva previsão de crescimento econômico brasileiro em 2010 para 6,5%. Excelente notícia, embora para a oposição isso seja péssimo. CLIQUE AQUI para ler.

terça-feira, 25 de maio de 2010

BELÍSSIMO EXEMPLO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO-FECILCAM

O curso de administração da Fecilcam, coordenado pelo professor Adalberto Dias de Souza está de parabéns pelo evento III administração solidária que aconteceu no último domingo. Quero parabenizar todos os envolvidos e especialmente ao professor Marcos Junio Ferreira de Jesus que é o idealizador do evento.

A jornalista Larissa Menezes da Fecilcam fez matéria a qual recomendo a leitura. CLIQUE AQUI para ler.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

HINO NACIONAL COM MARTINHO DA VILA

Fiquei emocionado em assistir ao vídeo em que o grande sambista Martinho da Vila canta uma nova versão do Hino Nacional Brasileiro. Em época de copa do mundo; de grande prosperidade econômica; de Presidente da República recebendo um prêmio atrás do outro no mundo afora; Vale a pena cantar o nosso hino.

Cantar o Hino Nacional sempre me deixou emocionado. No momento atual ainda mais. CLIQUE AQUI para assistir.

sábado, 22 de maio de 2010

VEJAM O QUE ENCONTREI NO BLOG DO JOSIAS

Josias de Souza é jornalista da Folha de São Paulo, odeia o PT mas fez uma análise maravilhosa a favor de Dilma Rousseff.

Vale a pena todos lerem. Quem vota na Dilma ficará muito feliz e quem vota ou votaria no Serra vai ficar muito preocupado.

Datafolha: Dilma sobe e empata com Serra em 37%

No 2º turno, a petista tem 46%, contra 45% do tucano

ABr

Saiu do forno a última pesquisa do instituto Datafolha. Está apinhada de boas e de más notícias.

As boas, para Dilma Rousseff e Lula. As más, para José Serra e a oposição. Vai abaixo um resumo:

1. Comparando-se a nova pesquisa com a sondagem anterior, divulgada em abril, Dilma escalou sete pontos percentuais. Foi de 30% para 37%.

2. Nesse intervalo de um mês para o outro, Serra declinou cinco pontos percentuais. Tinha 42%. Desceu para 37%.

3. Ou seja, os candidatos estão, pela primeira vez no Datafolha, empatados. Ambos amealham 37%.

4. A despeito da igualdade, a pesquisa traz em suas dobras dados que conferem a Dilma, aos olhos de hoje, a aparência de favorita.

5. Na sondagem espontânea, quando os entrevistados se manifestam sem que os pesquisadores exponham uma lista de nomes, Dilma bate Serra: 19% X 14%.

6. Resgatando-se os dados do baú, verifica-se que Dilma, nessa sondagem espontânea, tomou o elevador e embica para o alto.

7. Ela tinha 8% das intenções de voto em dezembro de 2009. Em abril, fora a 13%. Agora, amealha 19%.

8. A sondagem espontânea é ainda mais reveladora: 5% dizem que vão votar em Lula, que não é candidato...

...Outros 3% afirmam que votarão “no candidato do Lula”; e 1% declaram que vão votar “no PT” ou “no candidato do PT”.

9. É lícito intuir que, na espontânea, Dilma tende a agregar aos seus 19% mais 9%. Com os votos de Lula, os do “candidato do Lula” e os do PT, Dilma iria a 28%.

10. Outro dado que favorece Dilma é a taxa de rejeição. Em abril, 24% dos pesquisados diziam que jamais votariam nela. O índice caiu para 20%.

11. Em movimento inverso ao de sua rival, Serra era rejeitado por 24% em abril e agora 27% dos pesquisados dizem que não votam nele de jeito nenhum.

12. O quatro de empate se mantém no cenário de segundo turno, com ligeira vantagem numérica para Dilma. Ela, 46%. Ele, 45%.

13. Marina Silva, a terceira colocada, manteve em maio o índice que ostentara em abril: 12%.

14. O quadro se mantém praticamente inalterado no cenário em que os presidenciáveis nanicos são incluídos na consulta.

15. Com os nanicos, Dilma e Serra empatam em 36%. Marina oscila para baixo: 10%.

16. O Datafolha aferiu também a popularidade de Lula ‘Cabo Eleitoral’ da Silva. Em abril, recuara para 73%. Agora, volta a 76%, o recorde de Lula.

17. Afora os que o consideram “ótimo ou bom”, há os 19% que atribuem a Lula a menção “regular”. Só 5% o consideram “ruim ou péssimo”.

18. Desde o fim da ditadura, é coisa nunca antes vista na história desse país. A maior marca de Fernando Collor foi de 36%. O ápice de FHC foi 47%.

19. Assim, a três semanas das convenções que oficializarão as candidaturas, em junho, Dilma alcançou Serra...

...E, carregada pelo superpadrinho, a petista que jamais disputou eleições vai à campanha mais bem-posta que o rival, em sua segunda disputa presidencial.

20. A estrela do jogo não é Dilma. Tampouco Serra é o centro-avante. Para desassossego do time da oposição e júbilo da "ex-poste", o dono da bola e do campo é Lula.

DILMA ROUSSEFF REBATE CRÍTICAS DA REVISTA ECONOMIST

A minha aluna Tatiany Dalle Molle do segundo ano de economia, nesta semana enviou uma matéria no meu blog sobre uma crítica da revista economist sobre o crescimento econômico brasileiro.

Primeiro eu fiquei muito feliz, pois alunos participativos como é o caso da Tatiany que eu quero e todo professor que aceita questionamentos também. É preciso que mais alunos sigam os passos dela. Na sequência fiz uma matéria publicado no blog no dia 21 de maio de 2010, respondendo a ela de acordo com minha visão econômica que é de economista político, que é diferente dos monetaristas, marginalistas etc., e também pelo meu ideal político que é de esquerda, com muito orgulho.

Agora pouco navegando na internet, encontrei uma matéria da candidata Dilma respondendo a mesma revista e resolvi publicar. CLIQUE AQUI para ler matéria.

ATÉ O DATAFOLHA SE RENDEU, OS 10% A FAVOR DE SERRA DESAPARECERAM

Até que enfim o datafolha mostrou seriedade. Na pesquisa anterior, enquanto outros partidos davam empate técnico entre Serra e Dilma, ele saiu com um tal de 10% na frente para o Serra, que nem os partidários dele acreditaram, que dirá o PT e aliados. Hoje foi divulgada uma pesquisa que dá empate técnico, isso é um avanço. Contra fatos não há argumentos. CLIQUE AQUI para ler matéria.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

MANUAL DO JORNALISTA QUE VAI ENTREVISTAR O SERRA: É MARA

Paulo Henrique Amorim, experiente jornalista, contribuindo com os jovens jornalistas, fez um manual indicando como fazer perguntas para o Serra. Ultimamente, não sei porque, talvez por causa das pesquisas ele anda meio nervosinho, até com a Miriam Leitão foi indelicado, para não dizer cavalo na rádio CBN. CLIQUE AQUI para conhecer o manual que é simplesmente MARA.

RESPOSTA DE COMENTÁRIO DA ACADÊMICA E INTERNAUTA TATIANY DALLE MOLLE

Recebi um comentário no Blog da minha acadêmica do segundo ano de economia Tatiany Dalle Molle, indicando uma publicação da Revista britânica The Economist http://noticias.uol.com.br/bbc/2010/05/21/economia-brasileira-pode-estar-voando-alto-demais-diz-economist.jhtm - indicando que a economia brasileira pode estar voando alto demais e quer saber minha opinião a respeito.

Eu sou um professor universitário, mas acima de qualquer coisa um cidadão que respeita a opinião dos outros embora nem sempre concorde. Como já disse o escritor francês Voltaire traduzido para o portugues "Posso não concordar com nenhuma de suas palavras, mas vou morrer defendendo o direito de expressá-las".

A Revista The Economist é muito famosa no cenário mundial, mas toda publicação é movida por ideiais distintos de outros (o que é saudável) e a vezes até sem escrúpulos como é o caso, por exemplo, das publicações da Revista Veja no Brasil e Folha de São Paulo que são explicitamente partidárias, no caso atualmente PSDB e a vezes ou na grande maioria , maquiando notícias a favor do seu candidato, que só não colam mais, porque a grande maioria da população brasileira já não é boba e sabe exatamente diferenciar o sabor da coca-cola em relação à tubaína .

Para quem não sabe, outro dia Paulo Henrique Amorim afirmou que o brasileiro ficou bebendo coca-cola durante quase oito anos (governo Lula) e agora querem convencê-lo a beber tubaína (governo PSDB/DEM/PPS) e dizer que á mais gostoso.

Primeiro a Revista afirma que estamos crescendo igual a China e isso é ruim porque não somos a China. Graças a Deus que não somos a China, pois temos liberdade de imprensa (ainda que meio camuflada) e não temos metade da população vivendo na miséria como é lá. O que o britânicos não sabem é que podemos crescer de forma consistente, mas não exagerada porque graças ao governo Lula por meio da valorização do salário mínimo e dos programas de transferências, juros mais baixos e mais crédito temos um mercado interno robusto que fez com que entrássemos por último na crise internacional e saíssemos primeiro.

A revista tem razão quando diz que investimos pouco, países de primeiro mundo investem muito mais na economia, mas qualquer PSDBista apaixonado sabe no seu íntimo (sem revelar é claro) que o investimento que o atual governo fez no Brasil nos últimos sete anos é coisa estrondosa em relação ao desastrado segundo governo FHC (quando o presidente jogou a biografia no lixo, pela forma como conduziu o processo de mudança constitucional para a aprovação do direito de re-eleição para Presidentes da República.

A revista não tem razão quando diz que não economizamos, pois embora ainda existam desperdícios e desvios de verbas e corrupção no Brasil, a política fiscal no Brasil é ativa, o que os neo liberais dizem que são gastos, nós economistas políticos dizemos que são investimentos, pois contratar mais professores, mais médicos, criar mais universidades e fazer programa bolsa família é dar mais dignidade à população e robustez na economia, justamente porque ninguem come dinheiro, é preciso consumir e quando se consome, movimenta o comércio, a indústria, a agricultura, os prestadores de serviço e se arrecada mais impostos (política Keynesiana).

A Revista afirma que a política fiscal no Brasil é frouxa (esta que acabei de explicar no parágrafo anterior) e que obriga o Banco Central a ser mais cauteloso, quando teve que subir os juros para conter inflação. A minha opinião é justamente o contrário, penso que o Brasil melhorou extraordinariamente nos últimos sete anos, apesar do Banco Central e do Banqueiro (ex-PSDB e atual PMDB) Henrique Meireles. Explico: para os monetaristas o que importa é o controle da moeda e dos preços na economia, não importa se o crescimento econômico seja zero e que famílias inteiras fiquem desempregadas e vivam "a míngua". O Banco Central brasileiro se pudesse, mandaria a polícia federal atras de todo consumidor impedindo que gastasse muito para não gerar inflação.

Finalmente a revista afirma que o Brasil já acabou com todos os impostos que tinha reduzido no período da crise. É evidente que acabou com incentivos de redução do IPI principalmente para o ramo automobilístico e está certo. As deduções foram feitas para alavancar a economia na crise, as que continuam estão nos produtos da cesta básica e nos materiais de construção em função das grandes quantidades de chuvas que destruíram muitas moradias recentemente.

O Brasil cresce e assusta os Estados Unidos da América e a Inglaterra porque é a bola da vez e com o pré-sal, que para o desespero da oposição que quer, por que quer assumir de novo, para privatizar o que restou (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras) tem um volume muito maior que o previsto inicialmente e isso será o grande diferencial brasileiro.

No mais querida Tatiany e demais internautas, esses CARAS (americanos e britânicos), lembrando que o CARA é o Lula (foi o Obama quem disse) já disseram pouco tempo atrás que a economia mundial ia bem, que o negócio era privatizar tudo e desregulamentar a economia e depois ficaram abestalhados com os próprios governos americanos e britânicos e outros governos europeus que no desespero, tiveram que nacionalizar bancos (o que fbrigou a Miriam Leitão - urubóloga da Globo, fazer terapia até hoje).

Eu sou mais Brasil. Não tem para ninguém, se continuarmos no caminho certo a partir de janeiro de 2011, o que é muito provável, meu filho Giordano Bruno que hoje tem 12 anos quando tiver minha idade 42 anos, vai se orgulhar de viver em um país de primeiro mundo.