quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

AML DE CAMPO MOURÃO FAZ SESSÃO DE HOMENAGEM PÓSTUMA AO ACADÊMICO AGENOR KRUL
























Ontem 16 de janeiro de 2018, na Sede da AML - Academia Mourãoense de Letras no espaço da   Biblioteca Pública Prof. Egydio Martello, foi  realizada a "Sessão Solene Extraordinária em Homenagem póstuma ao Acadêmico da cadeira nº 2 AGENOR  KRUL" – (Sessão Saudade).

Foi um momento de pura emoção, tamanho o carinho demonstrado ao querido professor Agenor Krul, que foi meu amigo e colega de trabalho na então Fundação Horácio Amaral da qual ele foi presidente . Eu estive presente no velório e também na missa de sétimo dia, percebi que muitos acadêmicos que estiveram em um ou nos dois eventos citados, não puderam se fazer presente ontem.

Estavam presentes os acadêmicos das cadeiras nºs  6 – Giselta da Silva Veiga, 7 – Fábio Alexandro Sexugi, 11 – Gilson Mendes de Gois, 13 – Benedita Lima Cristófoli, 14 – Sinclair Pozza Casemiro, 17 – Jurandir Coronado Aguiar, 19 – Assabido Rhoden, 22 – João Maria de Lara, 23 – Jair Elias Santos Junior, 28 – Ilivaldo Duarte de Campos, 29 – Ester de Abreu Piacentini (atual presidente), 32 – Helder Martinez Dal Col, 37 – Dirce Bortotti Salvadori e 38 – Cristina Glaucia Schreiner Mota.

Entre os  presentes que prestigiaram a cerimônia, estavam a viúva querida Janina Izabel, o filho Fabiano e sua esposa Fabiana , o filho Evandro e sua esposa Erica, netos e netas, Antonio Carlos Aleixo (que já recebeu comenda da AML), Evaldina Rodrigues, Matheus Mamede, o Nicolas Cavalheri netinho da acadêmica Giselta e  Sérgio Luiz Maybuk.

A presidente da AML – Ester de Abreu Piacentini conduziu os trabalhos e dentre várias intervenções, disse: (já publicado na imprensa) "Esta é uma homenagem, que destaca o grande legado do professor Agenor para a educação e  história de Campo Mourão, é uma sessão que ficará gravada para sempre nos anais da AML e em nossos corações, com uma saudade profunda e concreta, para perpetuar o seu sacerdócio em prol da educação" e em outro momento ao falar da personalidade do homenageado, destacou que ele era um homem que agia com mansidão, no sentido de reflexão antes do agir, sem deixar-se dominar pela ansiedade. Na ocasião também declarou vaga a cadeira pertencente ao professor.

O acadêmico Ilivaldo Duarte de Campos fez uma leitura emocionada de algumas respostas que o professor Agenor lhe deu em 2010, contando sua trajetória de vida, ao Blog do Ilivaldo Duarte. Quem tiver interesse pode ler a entrevista completa pode CLICAR AQUI.

Eu observava atentamente a leitura por parte do acadêmico Ilivaldo  e o semblante da dona Janina Izabel e ela segurava o choro até que não se conteve, quando o leitor se referiu às primeiras cirurgias do coração do homenageado que sem dúvida, causou muitos problemas de saúde posteriores.

O acadêmico Assabido Rhoden com seus 91 anos , muito lúcido, e por ser grande amigo  deu um depoimento emocionado, destacando a trajetória  sacerdotal do homenageado e seu desejo em servir as pessoas, mas que por ter sido seminarista, não gostava de aparecer e muitas vezes queria contribuir mas não era chamado. Deu vários exemplos de contribuições do professor Agenor na área da educação e revelou que certa ocasião, o homenageado teria lhe dito que se o Papa liberasse pessoas casadas para serem padres, ele iria imediatamente fazer teologia em Curitiba, para também tornar-se padre.

A acadêmica Dirce Bortotti Salvadori quase não conseguiu se expressar no início de sua fala porque estava muito comovida. Destacou que foi aluna do professor e que ele ao ser um dos primeiros professores a ir fazer pós graduação em Londrina-Pr, à medida que ia tomando conhecimento de novos autores, imediatamente repassava para os alunos no curso de pedagogia. Destacou que o professor contribuiu muito para a estadualização e transformação em Fecilcam (hoje Unespar campus de Campo Mourão-Pr) e ela testemunhou por ser líder estudantil na época. Disse também que aprendeu muito com ele quando trabalhou junto na instituição e no período em que fizeram um curso de doutorado no Rio Grande do Sul. Também por um momento provocou risos testemunhando algumas passagens sobre o temperamento rígido do homenageado que ao mesmo tempo tinha um coração enorme.

A acadêmica Benedita Lima Cristófoli, com aquela simpatia contagiante, fez um destaque à dona Janina Izabel, porque elas têm famílias originadas no município de Farol-Pr. Disse que por ser muito falante, tinha até um certo medo de se aproximar do professor Agenor que era de um jeito meio fechado, mas que admirava muito o conhecimento dele e também do amigo professor Assabido.

A acadêmica Sinclair Pozza Casemiro, que também foi diretora da Fecilcam, destacou a grande importância do professor Agenor para o ensino superior e reconheceu seu trabalho e sua forma de agir, mesmo que em alguns momentos estivessem de lados opostos.

O acadêmico Jurandir Coronado Aguiar, que é padre, sempre muito sereno e simpático, falou muito sobre a saudade que vamos sentir do professor Agenor e com autorização da presidente da cerimônia fez uma oração e pediu bênçãos aos presentes.

O único não acadêmico a se manifestar foi o reitor da Unespar professor Antonio Carlos Aleixo. Ele destacou que quando ingressou na instituição na condição de professor, o homenageado já não era mais diretor e também por ficarem em departamentos distintos, não mantiveram muito contato. Disse que conhecia um pouco do homenageado, por contato com o amigo Sérgio Luiz Maybuk que trabalhou um tempo na Fundação Horácio Amaral (da qual o professor Agenor foi presidente e que está desativada). Mas destacou que teve um imenso prazer em trabalhar, quando foi diretor do campus com a víuva funcionária Janine e o filho Fabiano, o que segundo ele, no seu jeito de ser pelo que se sabe,  traz muito do professor Agenor. Destacou também que por estar representando um instituição de ensino superior naquele momento, era necessário reconhecer o professor Agenor pelo trabalho que executou  e que com sua liderança e junto com outros do seu período  deram muita contribuição para o ensino superior.

Passado o evento, encontrei no facebook do professor Antonio Carlos Aleixo, a última foto que está na presente matéria e nela, que é  do ano de 1989 se vê um jovem (Aleixo) na sua formatura em letras e ao seu lado o diretor da época, professor Agenor Krul com um olhar firme para o novo graduado. Não se sabe o que ele pensava naquele momento, mas quis o destino, que no auditório da Unespar campus de Campo Mourão-Pr, em 2016, ou seja, 27 anos depois, numa cerimônia da Academia Mourãoense de Letras, os dois ex-diretores da instituição estivessem lado a lado recebendo a comenda “vida e liberdade” que todos podem se recordar lendo a matéria CLICANDO AQUI.

Foi sem dúvida uma cerimônia de muita emoção, saudade, mas também de descontração como as fotos  acima (parte delas cedidas pela amiga Giselta Veiga) podem demonstrar.

2 comentários:

  1. Parabéns, Maybuk! Um texto claro e objetivo, onde o leitor assimila a mensagem com precisão. Já tem aqui material suficiente para uma excelente biografia, que tal? Conte comigo se aceitar esse desafio. Sou fã do Jornalismo literário, que você desenvolve com maestria.

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    1. Muito obrigado Giselta Veiga. Seu elogio me deixa lisonjeado e a proposta é bem interessante. Vou estudar com carinho a proposta. Abraço.

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