sexta-feira, 20 de junho de 2014

O EFEITO REQUIÃO NA ELEIÇÃO DE 2014

Hoje acompanhei via internet a convenção do PMDB do Paraná, havia dois grupos: aquele que defendia candidatura própria e aquele que defendia coligação com o PSDB, liderados por 10 dos 12 deputados estaduais do partido, o  ex-governador do Paraná Orlando Pessuti, que desistiu de ser candidato ainda no início da semana e anunciou apoio ao Beto Richa, considerando que assim colocaria uma pá de cal na candidatura própria. Mais  o presidente do partido Osmar Serraglio.

Eu vi algumas entrevistas e as duas mais empolgadas eram exatamente do Orlando Pessuti, que tem vários discípulos aqui em Campo Mourão, todo orgulhoso e com um olhar de vingança, imaginando a comemoração no final da convenção e a frustração do Requião, afirmou que o senador iria colher o que plantou em outras convenções. Outra entrevista com o arrogante deputado Stepanhes Junior, (aquele que bate no PT sem dó na assembleia) cheio de satisfação afirmou que a era do Requião tinha acabado e que este teria sido um péssimo governador.

Antes de divulgarem o resultado final, quando faltava apenas uma urna, eu vi que a expressão do Osmar Serraglio era de decepção, afinal de contas ele imaginava em seguida, disputar com o Caito Quintana a candidatura de vice do candidato Beto Richa.

Anunciado o resultado 319 a 250, vencia  o grupo da candidatura própria e eis que sobe ao palco o Requião e anuncia que ele não venceu. Quem venceu foi o velho MDB de guerra. Aliás, diga-se de passagem que sabemos que parte do PMDB no Brasil é uma desgraça e parte é progressista e de base, como é o caso do grupo do Requião no Paraná.

O efeito Requião na eleição pode ser o seguinte:

Na esfera federal, a candidata Dilma sai ganhando, porque como na maioria absoluta dos Estados ela tem mais de uma palanque eleitoral, aqui no Paraná terá dois muito fortes.

Na esfera estadual, tudo pode acontecer, tal qual a eleição da prefeitura de Curitiba no último pleito.

O candidato Richa tem chances de se reeleger, porque foi prefeito de Curitiba e a reeleição sempre favorece quem está no poder. Só perde se for ruim demais ou se tiver adversários muito fortes. A avaliação do governo dele dependerá da maioria dos paranaenses, mas quanto aos adversários, a pegada contra ele vai ser duríssima.

A candidata Gleisi, é forte adversária. Foi a senadora mais votada na última eleição, ficou no centro do poder por alguns anos como Ministra Chefe da Casa Civil, é boa de briga  e é mulher. As mulheres estão em alta nos governos, tem mais sensibilidade e normalmente se apresentam mais guerreiras.

E tem o Requião que é o político mais vencedor do Estado do Paraná. Só ele foi governador por 3 vezes e pode vencer novamente. Foi prefeito de Curitiba que é um grande diferencial. É autêntico, tem seguidores fiéis, tem ampla maioria nos municípios pequenos e é um dos melhores debatedores que conheço.

Uma coisa é certa. Vai ter segundo turno. E nenhum deles tem passagem garantida para a final, pois até o Richa pode reviver a experiência do Luciano Ducci que também ficou esperando apoio do PMDB e nem foi para o segundo turno.

O Paraná vai sacudir até o dia da eleição.      

Um comentário:

  1. Até que enfim o PMDB tomou uma decisão de verdade, sempre fica em cima do muro! Concordo com voce professor, acho que a eleição vai ser bem disputada, e vai colocar muitas duvidas nos eleitores.

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