Ao contrário da economia como a conhecemos, a economia criativa está focada na imaginação e na capacidade intelectual.
Uma nova forma de abordagem econômica, impulsionada por uma necessidade de repensar determinada atividade — que passe por momentos de estagnação, declínio ou crise — recebe o nome de Economia Criativa.
O nome refere-se aos novos modelos de negócio criados a partir de produtos ou serviços culturais e desenvolvidos pelo conhecimento ou capital intelectual. Se a explicação deste primeiro parágrafo ainda não é clara, vamos aos exemplos. Com o declínio de sua indústria de carvão e aço, a cidade inglesa de Shefield transformou-se num polo de desenvolvimento de mídias digitais. Fabricar um CD não é economia criativa. O game gravado nesta mídia, este sim, integra a nova onda.
Ao contrário da economia como a conhecemos – envolvendo indústria, comércio ou agronegócio – a economia criativa está focada na imaginação e na capacidade intelectual para o desenvolvimento de algo que gere renda. Como não envolve a criação de um objeto a ser consumido – como um pão, um sapato ou um relógio – a atividade passa, forçosamente, pelo talento e criatividade: cultura, design ou música, por exemplo, e ainda o desenvolvimento de softwares ou games que envolvem tecnologia e inovação.
Os sites de financiamento colaborativo são um bom exemplo desta corrente que busca dinamizar e diversificar o jeito de fazer negócio. Interessado em trazer uma banda para uma série de shows no Brasil, o site consulta o preço do cachê e demais despesas – frete, staff e hospedagem. Feito o levantamento, o promotor divulga aos navegantes que deverão colaborar com determinada quantia para comprar o ingresso e garantir a vinda do artista. Outra pessoa poderá até mesmo investir uma quantia maior, transformando-se em acionista daquele evento. O montante que ultrapassar o preço da venda das entradas irá para o bolso do investidor – como lucro. Resultado: todos ganham – promotor, espectador, artista e investidor.
A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) elaborou o Relatório Economia Criativa 2010 que aponta queda de 12% no comércio global em 2008. No mesmo estudo, os serviços e bens da economia criativa cresceram até 14%. Ainda segundo a Unctad, a China lidera a produção na economia criativa. Os Estados Unidos vêm em segundo e a Alemanha, em terceiro. O Brasil não está na lista dos 20 maiores, embora o IBGE, em 2007, tenha indicado que o setor representa 4% do PIB, o equivalente a R$ 2,4 trilhões naquele ano.
Foi o consultor e autor britânico John Hawkins, em 2001, o primeiro a usar o termo, no livro “Economia Criativa: Como as pessoas fazem dinheiro com ideias”, onde defendia que o sucesso não depende apenas de investimento, máquinas ou equipamentos, mas de boas ideias. O novo olhar surgiria como aliado dos avanços específicos da tecnologia da informação, do talento empresarial e midiático e, ao mesmo tempo, inimigo do baixo custo de mão-de-obra – uma saída para remunerar melhor os talentos vítimas do achatamento salarial.
De olho nas novas tendências, o BNDES elevou em três anos a dotação orçamentária para a economia criativa de R$ 135 milhões para R$ 1 bilhão, oferecendo linhas de crédito para os setores de jogos eletrônicos, editorial e cadeia produtiva de espetáculos ao vivo. Relatório do governo do Reino Unido, em 1998, descrevia o setor como a força motriz do futuro econômico. A nova economia já é discutida no desenvolvimento regional de cidades como Berlin, Milão, Helsinki, Frankfurt, Lyon e Rotterdam. Não pode ser um negócio ruim.
A economia Criativa devera ser um bom negocio a ser introduzida na nossa economia, ja que ela nos faz repensar determinadas atividades, principalmente aquela que esta em declínio ou crise. Essa economia visa estabelecer mudanças intelectuais, de um determinado ramo, com objetivo de poder usar com maior proveito nossos recursos, que podem ajudar e muito no processo de desenvolvimento de um pais.
ResponderExcluirA economia com todo seu dinamismo está em constante transformação, e se tem a necessidade de surgirem novas ideias para suprir as iminentes demandas do mercado. Na minha percepção acredito que a economia criativa se trate disso, de acompanhar o mercado e suas transformações com soluções criativas e inusitadas. Antigos conceitos somente podem ser superados pela inteligência de novos modelos de negocio,e novos processos,decorrentes da criatividade, imaginação e inovações constantes.
ResponderExcluirMirian Tomiato Pereira 2ºB Economia
Se trata de uma economia dinâmica e que explora novos campos.
ResponderExcluirA economia criativa utiliza da criatividade para gerar empregos melhores, produtos inovadores e crescimento econômico. É muito importante o suporte para os novos criadores, que é o mesmo que suporte para um maior desenvolvimento.As exportações de serviços ligados a economia criativa no Brasil ainda é inferior aos outros países, mas está em crescimento. E conta com o mais importante capital, o capital intelectual, trata-se de novas ideias buscando um espaço, para se transformar em grandes negócios.
Kelli Patrícia Pereira 2°ano B - Economia