sábado, 4 de setembro de 2010

ATÉ OS ANALISTAS PRÓ-SERRA ADMITEM QUE A DERROTA É PRATICAMENTE INEVITÁVEL

O blogueiro Josias de Souza, feroz defensor do PSDB analisa em texto que só uma hecatombe tira a eleição de Dilma. Leia:


Datafolha indica que voto pró-Dilma está solidificado

Fernando Donasci e Sérgio Lima/Folha

Saiu mais uma pesquisa Datafolha. Revela que o humor do eleitorado se que manteve estável nos últimos dez dias.

Dilma Rousseff oscilou de 49% para 50%. Serra, de 29% para 28%. O fosso que separa a novata favorita do veterano azarão é, agora, de 22 pontos.

Quem quiser entender o que está prestes a acontecer deve esquecer por um segundo os índices de intenção de voto atribuídos aos candidatos.

Convém prestar atenção a um dado escondido no miolo da pesquisa: 81% dos eleitores declaram que estão “totalmente decididos” quanto à opção que fizeram.

Apenas 18% afirmam que podem trocar de candidato nos 30 dias que faltam para o encontro com as urnas, em 3 de outubro.

A taxa de eleitores feitos 100% dee certezas é maior entre os que preferem de Dilma (85%) do que os que optam por Serra (77%).

Significa dizer que só uma hecatombe política retiraria a pupila de Lula da trilha que parece conduzi-la à cadeira de presidente.

Hoje, segundo os dados do Datafolha, muito semelhantes aos do Ibope, Dilma prevaleceria sobre Serra no primeiro turno.

Considerando-se apenas os votos válidos –sem os nulos e brancos, desprezados pelo TSE— Dilma vai a 56%. Serra fica nos 32%. E Marina Silva, 11%.

Como a grossa maioria dos eleitores se diz decidida a não rever a opção de voto, a hipótese de uma virada de Serra está escorada na surpresa improvável.

Um pedaço minoritário do tucanato enxerga no caso da violação de sigilos da Receita um escândalo com potencial para levar a eleição ao segundo turno. Tolice.

À luz das informações disponíveis até aqui, a fumaça do caso do fisco não se assemelha ao fogaréu da encrenca dos “aloprados” de 2006.

O curto-circuito que eletrificou a disputa entre Lula e Geraldo Alckmin envolveu petistas notórios –do churrasqueiro do presidente ao assessor de Aloizio Mercadante.

No choque elétrico de agora, há, por ora, um contador com cara de estelionatário, que se filiou ao PT no longínquo diretório de Mauá (SP).

De resto, há a suspeita de que os dados vazados da Receita seviam de matéria-prima para um grupo de inteligência que Dilma apressou-se em desativar.

Há outra diferença: o flagrante dos aloprados de 2006 rendera uma imagem forte. Um monturo de cédulas (R$ 1,7 milhão), que seriam usadas na compra de um dossiê.

Somada à ausência de Lula no último debate do primeiro turno, na Globo, a imagem da dinheirama deve ter contribuído para que Alckmin fosse ao segundo round.

Para desassossego de Serra, o novo escândalo não mobiliza a base do eleitorado, composta de gente que, com renda miúda, nem precisa declarar Imposto de Renda.

Para esse pedaço do eleitorado, pobre e majoritário, o Bolsa Família que lhe pinga na conta bancária mensalmente é um valor mais relevante do que o sigilo fiscal.

Por isso, a despeito dos esforços do comitê de Serra, o número de pessoas que se dizem convencidas de que Dilma será a próxima presidente aumentou.

Há dez dias, 63% dos eleitores achavam que a pupila de Lula prevalecerá sobre Serra. Hoje, 69% compartilham dessa opinião.

Ainda que Serra conseguisse repetir Alckmin, levando a eleição a um improvável segundo turno, apenas adiaria o infortúnio.

Repise-se: a essa altura, o êxito de Serra está condicionado a uma hecatombe política.

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