Hoje por acaso, ao preencher um cheque percebi que era 13 de maio e aí lembrei-me da abolição da escravatura. São 121 anos de uma "conquista" destes bravos homens e mulheres que ajudaram a construir o Brasil e que infelizmente a maioria absoluta de seus descendentes vivem em condições não satisfatórias, em relação ao restante da população.
Já lecionei a disciplina formação econômica do Brasil e por ela pode ser observado o papel marcante dos negros no Brasil, nas atividades do açúcar e depois na mineração. Atualmente estou lecionando a disciplina economia brasileira contemporânea e por ela pode ser observado o momento em que os escravos tornam-se "livres" e ao serem substituídos pelos imigrantes europeus, passaram a perambular a procura de trabalho. Muitos deles chegaram a voltar aos antigos donos para não morrerem de fome. A discriminação era muito grande.
A abolição da escravatura não foi acompanhada de medidas governamentais que abrigassem aquele povo castigado de todas as formas possíveis. A saber como eram considerados quando chegaram ao Brasil vou dar um exemplo extraído do livro "As lutas dos povos brasileiros" de Júlio José Chiavenato:
"Negro não era gente, era "fôlego vivo" comprava-se como "peça". Uma peça era geralmente 1,75 metro de negro: cinco negros somando 8,34 metros, por exemplo, eram reduzidos a 4,76 peças. Dois negros de 1,60 m eram apenas 1,8 peça de escravo. Não é apenas curioso detstacar isso: faz parte de todo um processo ideológico que explica o direito de reduzir um ser humano, "desalmadado", a escravo. Desnecessário dizer que eram brutalizados. A vida útil de um trabalhador negro era de 7 anos. Quando os negros chegavam ao Brasil, as famílias eram separadas e vendidas a diferentes senhores, para que se impedisse que membros de uma mesma tribo ficassem juntos"
Os descendentes sobreviveram graças aos morros que ninguém queria para agricultura e passaram a viver de economia e subsistência e a procriar-se como brasileiros excluídos e abandonados a própria sorte, sem educação formal. Graças a resistência, característica muito forte deste povo, atualmente negros e mulatos formam praticamente 50,00% da população.
E a situação hoje como está? É importante refletir.
Excluíndo-se os atletas e artistas do referido grupo, que aliás vem crescendo bastante devido ao talento que possuem, e as demais profissões como está o quadro?
Quantos gerentes de Bancos, de grandes empresas nós conhecemos que seja brasileiros negros ou mulatos?
Quantos professsores universitários? Quantos juizes? Quantos Bispos? Quantos deputados, vereadores, governadores no Brasil que conhecemos?
E no nível universitário, quantos estudantes negros e mulatos encontramos em cada sala? Este é um belo exercício para refletirmos.
Alguém numa análise simplista pode dizer: as oportunidades estão aí basta querer? Será? A formação histórica não conta? Para mim é fundamental e portanto sou totalmente a favor de todas as formas de se tentar corrigir a dívida histórica que o Brasil tem com eles.
Já lecionei a disciplina formação econômica do Brasil e por ela pode ser observado o papel marcante dos negros no Brasil, nas atividades do açúcar e depois na mineração. Atualmente estou lecionando a disciplina economia brasileira contemporânea e por ela pode ser observado o momento em que os escravos tornam-se "livres" e ao serem substituídos pelos imigrantes europeus, passaram a perambular a procura de trabalho. Muitos deles chegaram a voltar aos antigos donos para não morrerem de fome. A discriminação era muito grande.
A abolição da escravatura não foi acompanhada de medidas governamentais que abrigassem aquele povo castigado de todas as formas possíveis. A saber como eram considerados quando chegaram ao Brasil vou dar um exemplo extraído do livro "As lutas dos povos brasileiros" de Júlio José Chiavenato:
"Negro não era gente, era "fôlego vivo" comprava-se como "peça". Uma peça era geralmente 1,75 metro de negro: cinco negros somando 8,34 metros, por exemplo, eram reduzidos a 4,76 peças. Dois negros de 1,60 m eram apenas 1,8 peça de escravo. Não é apenas curioso detstacar isso: faz parte de todo um processo ideológico que explica o direito de reduzir um ser humano, "desalmadado", a escravo. Desnecessário dizer que eram brutalizados. A vida útil de um trabalhador negro era de 7 anos. Quando os negros chegavam ao Brasil, as famílias eram separadas e vendidas a diferentes senhores, para que se impedisse que membros de uma mesma tribo ficassem juntos"
Os descendentes sobreviveram graças aos morros que ninguém queria para agricultura e passaram a viver de economia e subsistência e a procriar-se como brasileiros excluídos e abandonados a própria sorte, sem educação formal. Graças a resistência, característica muito forte deste povo, atualmente negros e mulatos formam praticamente 50,00% da população.
E a situação hoje como está? É importante refletir.
Excluíndo-se os atletas e artistas do referido grupo, que aliás vem crescendo bastante devido ao talento que possuem, e as demais profissões como está o quadro?
Quantos gerentes de Bancos, de grandes empresas nós conhecemos que seja brasileiros negros ou mulatos?
Quantos professsores universitários? Quantos juizes? Quantos Bispos? Quantos deputados, vereadores, governadores no Brasil que conhecemos?
E no nível universitário, quantos estudantes negros e mulatos encontramos em cada sala? Este é um belo exercício para refletirmos.
Alguém numa análise simplista pode dizer: as oportunidades estão aí basta querer? Será? A formação histórica não conta? Para mim é fundamental e portanto sou totalmente a favor de todas as formas de se tentar corrigir a dívida histórica que o Brasil tem com eles.
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